Bom dia, a Bolsa de Chicago recua com a soja realizando parte dos bons ganhos da véspera após piora nas condições das lavouras dos EUA.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou ontem o 9o Levantamento da Safra de Grãos 2022/23 do Brasil. Os produtores brasileiros deverão colher 315,8 milhões de toneladas na safra de grãos 2022/2023. O novo boletim aponta para novo recorde de produção podendo registrar um crescimento de 15,8%, o que representa um volume 43,2 milhões de toneladas superior ao estimado no ciclo anterior, como revela o 9º Levantamento da Safra de Grãos. De acordo com o documento, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 4,8% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 78,1 milhões de hectares. “Esta estimativa marca um recorde na produção de grãos no nosso país, reafirmando o campo agrícola como um setor fundamental para o desenvolvimento brasileiro”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto. “Vamos manter e aprimorar o trabalho de inteligência da Conab, focado na agricultura brasileira”, completou. Neste 9º levantamento, a Conab manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra 2022/23 para os principais produtos analisados. Com isso, ainda se espera um volume recorde para as vendas internacionais de milho e soja no país. Os bons volumes projetados de produção para milho e soja no Brasil permitem embarques em torno de 95,6 milhões de toneladas para a oleaginosa e 48 milhões de toneladas para o cereal.
A soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo. Com a colheita finalizada, a estimativa é de um volume de 155,7 milhões de toneladas. O resultado supera em 24% a produção da temporada passada, ou seja, cerca de 30,2 milhões de toneladas colhidas a mais.
Para o milho, a projeção também é de um novo recorde com produção estimada em 125,7 milhões de toneladas, somando-se as 3 safras do cereal ao longo do ciclo, é 11,1% acima do volume produzido em 2021/22, o que representa 12,6 milhões de toneladas. Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas.
O dólar opera em baixa frente a outras moedas em dia de decisão de juros nos EUA. A inflação ao consumidor dos EUA medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu menos do que o esperado em maio, registrando alta de 0,1% em maio ante abril, após alta de 0,4% em abril, segundo o Departamento de Estatísticas Trabalhistas (BLS). No acumulado dos últimos 12 meses o CPI desacelerou de 4,9% em abril para 4% em maio. O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, subiu 0,4% em maio, repetindo a alta de abril, e desacelerou de 5,5% em abril para 5,3% em maio.
No Brasil ontem o dólar fechou praticamente estável, com leve baixa de 0,08%, a R$ 4,8624. O mercado segue cauteloso antes da decisão dos juros nos EUA. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, anuncia na tarde de hoje a decisão de política monetária dos EUA, com expectativa de manutenção dos juros na faixa entre 5%-5,25%. A produção industrial nacional recuou 0,6% em abril frente a março, na série com ajuste sazonal, e 10 dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas negativas, segundo dados do IBGE. Os recuos mais acentuados foram no Amazonas (-14,2%) e Pernambuco (-5,5%). Já o Rio Grande do Sul (2,2%) apontou o avanço mais elevado. A média móvel trimestral foi positiva em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para os avanços mais acentuados assinalados por Bahia (3,8%), Pará (2,7%), Pernambuco (2,6%), Região Nordeste (2,2%) e Mato Grosso (1,0%). Por outro lado, Goiás (-2,5%), Amazonas (-1,1%), Paraná (-1,0%) e Espírito Santo (-0,9%) mostraram os principais recuos em abril de 2023. Frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria recuou 2,7% em abril, com resultados negativos em 12 dos 18 locais pesquisados. As quedas mais intensas foram no Maranhão (-16,4%) Ceará (-7,8%), Rio Grande do Sul (-7,2%) e Pernambuco (-6,7%).
As bolsas globais operam próximo à estabilidade com Fed no radar. A expectativa é de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve mantenha os juros na faixa entre 5%-5,25% ao ano.
Os futuros do petróleo sobem recuperando as baixas recentes. Ontem a (Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve estável sua previsão de crescimento da demanda global por petróleo em 2023. A demanda mundial de petróleo em 2023 aumentará em 2,35 milhões de barris por dia (bpd), ou 2,4%.
O Instituto Americano de Petróleo (API) estimou ontem que os estoques de petróleo bruto dos EUA subiram 1,024 milhão de barris durante a última semana, após recuo de 1,7 milhão na semana anterior. A alta contrariou a expectativa dos analistas, que previam o recuo de 1,3 milhão de barris no período.
No Brasil, a frente fria avança e provoca chuvas em boa parte do Centro-Sul hoje.
Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.
Na Argentina, tempo predominantemente estável nos próximos dias.
Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.
Nos EUA, tempo predominantemente estável no Meio-Oeste hoje.
Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.
Prêmios *referente ao dia anterior
Paranaguá
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
-90 |
-80 |
Jul |
-101 |
-87 |
Ago |
10 |
20 |
FARELO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
11 |
16 |
ÓLEO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
-13 |
0 |
Golfo do México – EUA
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
80 |
84 |
Jul |
65 |
69 |
Ago |
74 |
78 |
MILHO |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
62 |
67 |
Jul |
46 |
50 |
Set |
50 |
56 |
A urina humana é uma boa alternativa ecológica aos fertilizantes químicos?
Na França, pesquisadores e investidores apostam no uso da urina como fertilizante nas plantações. A ideia é evitar que o xixi da população se acumule nas estações de tratamento de água. Cerca de 60% dos rios, lagos e riachos franceses são considerados em “péssimo estado ecológico.”
Por RFI, via G1
O banheiro do restaurante Club 211, no norte de Paris, foi construído para separar os excrementos. Ou seja, urina de um lado, fezes de outro.
“É uma privada mecânica, sem água, que separa a parte líquida da sólida em coletores”, explica Fabien Gandossi, proprietário do estabelecimento.
Em vez de serem escoados pela descarga, a urina vai diretamente para um recipiente à parte e as fezes são evacuadas em uma esteira.
O sistema gera uma economia de centenas de milhares de litros de água potável, e permite a utilização das fezes como adubo.
A urina em seguida é recuperada por um caminhão, que aspira o líquido do recipiente, e é transformada em fertilizante, que será usado pelos agricultores da região parisiense, explica Gandossi.
Este é o caso da fazenda do “Trou Salé” (Buraco salgado em tradução livre), em Saclay, no sul de Paris. O agricultor Julien Thierry cultiva cereais na propriedade e aceitou testar a aplicação da urina em uma parte da sua plantação de milho.
“Normalmente usamos fertilizante químico ou mineral. A ideia é substituir esse adubo por urina. Na agricultura, sempre usamos adubos de origem animal ou estrume, o que dá na mesma, só que, neste caso, o adubo é de origem humana. Será que tem um problema de aceitação do público em geral? Não sei”, diz.
Os fertilizantes são indispensáveis ao sistema agrícola e são, na maior parte do tempo, fabricados no exterior. O processo gera a emissão de muitos gases causadores do efeito estufa, contrariamente à urina, lembra Benjamin Clouet, da empresa Ecosec, uma das pioneiras do setor.
“A urina contém 5 g/L de azoto e 2 g/L de fósforo. Esta é praticamente a mesma concentração da ureia, que é um adubo usado em toda a agricultura francesa”, explica.
Eficácia
Ele espera que, a longo prazo, a urina não seja mais considerada como um simples detrito. “Nos anos 1900, agricultores conhecidos no mundo todo recuperavam os excrementos nas fossas de Paris”, conta.
“Gostaríamos de reproduzir esse sistema, onde os agricultores viriam potencialmente com uma infraestrutura de transporte entregar verduras no centro da cidade, e, com essa mesma infraestrutura, recuperariam a urina do centro da cidade e trariam para as plantações”, diz.
No ano passado, os primeiros testes sobre a qualidade do adubo de urina, feitos pela associação Terre e Cité, tiveram resultados positivos.
“Fizemos os primeiros testes com o trigo. Chegamos a níveis de fertilização que são equivalentes aos dos fertilizantes químicos. Então sabemos que esse método funciona bem com o trigo. Agora queremos testar em culturas que predominam em Saclay, como milho e outros cereais. Mas o caminho ainda é longo.”
O risco de doenças no uso da nova tecnologia também foi descartado. De acordo com a OMS, o amoníaco utilizado na urina é tóxico para as bactérias e basta alguns meses de estocagem para que as urinas fiquem livres de eventuais micróbios.
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