Informativo de Mercado, Quarta-feira – 19 de janeiro de 2022

Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em alta nos principais ativos acompanhando a alta do petróleo, que sobe em meio a tensões no Oriente Médio.

Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 1,72 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 13 de janeiro, contra 985 mil da semana anterior e 2,33 milhões do mesmo período do ano passado. Na temporada 2021/22 os embarques de soja dos EUA somam 33,45 milhões de toneladas, contra 43,46 milhões do mesmo período da temporada anterior. Os embarques de milho foram de 1,2 milhão de toneladas, contra 1,02 milhão da semana anterior e 934 mil do mesmo período de 2021. Na temporada os embarques de milho somam 15,29 milhões de toneladas, contra 17,5 milhões do mesmo período da temporada 2020/21.

A colheita de soja 2021/22 no Paraná atingiu 3,8%, levemente adiantado em relação aos anos anteriores, segundo a SEAB/DERAL. As condições das lavouras tiveram leve melhora durante a última semana, com as lavouras em boas condições subindo de 29% para 33%, as lavouras em condições médias caíram de 37% para 33%, enquanto as lavouras em condições ruins permaneceram em 34%.

Começou a colheita do milho 1^a safra 2021/22 no Paraná, com 1,11% colhido dos 435 mil hectares cultivados nesta safra. As condições das lavouras tiveram leve melhora durante a última semana, com as lavouras em boas condições subindo de 32% para 33% enquanto as lavouras condições ruins caíram de 29% para 28%. As lavouras em condições médias seguem em 39%.

O plantio do milho 2^a safra 2021/22 no Paraná atingiu 2,04% dos 2,56 milhões de hectares projetados para esta safra, área 2% maior do que a semeada na safra anterior.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas. As construções de novas moradias nos EUA cresceram 1,4% em dezembro ante novembro, para taxa sazonalmente ajustada de 1,702 milhão de unidades, segundo o Departamento de Comércio. Na comparação anual as novas construções tiveram crescimento de 2,5%. As permissões para novas construções cresceram 9,1% em dezembro ante novembro, para 1,717 milhão de unidades, 6,5% acima de dezembro de 2020.

No Brasil a moeda recua acompanhando o exterior. Ontem o dólar subiu 0,61%, a R$5,5598. O Banco Central realiza hoje leilão de 17 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem de contratos com vencimento em 2 de março. Os investidores seguem de olho no Orçamento de 2022, que precisa de um corte de R$ 9 bilhões para recompor gastos subestimados. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, pediu a assessores a lista de parlamentares que votaram contra as pautas do governo no Congresso e liberações de verbas que eles receberiam de ministérios. A economia brasileira cresceu 1,8% em novembro ante outubro, segundo dados do Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). No trimestre móvel encerrado em novembro a economia teve contração de 0,3% ante o trimestre imediatamente anterior.

As bolsas globais operam majoritariamente em alta.

No Brasil o Ibovespa sobe retomando os 108 mil pontos. Ontem a bolsa teve alta de 0,28%, aos 106.668 pontos.

Os futuros do petróleo voltam a subir após a correção de ontem com foco nos estoques apertados em meio a tensões geopolíticas no Oriente Médio.

A inflação ao consumidor do Reino Unido medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,5% em dezembro ante novembro, após alta de 0,7% em novembro, segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais. Na comparação anual o CPI acelerou para 5,4% em dezembro, de 5,1% novembro, para o maior nível desde 1992. A alta veio maior do que a esperada pelos analistas, que previam alta de 0,3% na base mensal e 5,2% na base anual.

No Brasil, tempo chuvoso em boa parte do país amanhã.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso em boa parte do país nos próximos dias.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Marte era bem diferente há 3 bilhões de anos e pode ter abrigado oceano

Flavia Correia, Olhar Digital

Embora Marte tenha hoje uma superfície árida e empoeirada, há cerca de 3 bilhões de anos provavelmente era um planeta frio e úmido, que poderia, inclusive, ter abrigado um oceano, segundo um novo estudo que usou simulações climáticas 3D.

Essas simulações da antiga atmosfera marciana sugerem que um oceano líquido já existiu na bacia das planícies do norte do planeta. Esse oceano potencialmente persistiu mesmo quando as temperaturas médias da superfície global estavam abaixo do ponto de congelamento da água, sugere o trabalho, revisado por pares e publicado no jornal científico Proceedings of the National Academy of Sciences, na última segunda-feira (17).

Oceano em Marte pode ter suportado vida?

Atualmente, Marte é um lugar frio e seco, no entanto, décadas de evidências sugerem que a superfície antiga estava coberta de rios, córregos, lagoas e lagos. Como a água na Terra geralmente aponta para a vida, esses velhos sinais de água levantam a possibilidade de que o Planeta Vermelho já teve alguma forma de vida – e ainda poderia ter.

De acordo com o novo estudo, Terra e Marte potencialmente tiveram climas semelhantes há cerca de três bilhões de anos, quando a vida estava se espalhando em nosso planeta. No entanto, os cientistas debatem se Marte era temperado o suficiente para hospedar um oceano de água, uma questão que poderia esclarecer se o planeta era habitável o suficiente para suportar a vida.

Conforme destaca o site Space.com, as novas descobertas contradizem pesquisas anteriores que sugerem que Marte não poderia apoiar tal oceano.

Há relativamente poucos vales fluviais ramificados que datam daquela época em Marte, por exemplo, sugerindo uma falta de chuvas intensas e generalizadas esperadas de um clima quente e úmido.

No entanto, nem todas as evidências apontam para um mundo seco; outras evidências de detritos de tsunami contemporâneos argumentam contra a versão de que o clima marciano era muito frio e seco para um oceano.

Pesquisadores explicam como o oceano líquido teria sido possível

Para os autores do novo estudo, um oceano líquido no norte teria sido possível porque os padrões de circulação oceânica podem ter aquecido a superfície daquela região até 4,5 graus Celsius, bem acima do ponto de congelamento da água.

Ainda de acordo com a pesquisa, o oceano norte poderia ter experimentado chuvas moderadas, assim como suas costas. Outra fonte potencial foram as geleiras fluídas das terras altas do sul do Planeta Vermelho, que hospedavam mantos de gelo.

Uma atmosfera marciana amigável ao oceano se parece um pouco com a versão cheia de dióxido de carbono que vemos hoje, com um porém: cerca de 10% da atmosfera era composta de 10% de gás hidrogênio, potencialmente sendo liberada por vulcões, impactos cósmicos ou interações químicas entre água e rocha. Hoje, em contraste, o hidrogênio só está presente em quantidades de traços.

Essa combinação atmosférica de dióxido de carbono e hidrogênio poderia ter retido calor suficiente do Sol para manter as temperaturas da superfície quentes o bastante para um oceano de água líquida, sugere o estudo.

Permanece incerto, no entanto, se o oceano poderia ter suportado a vida. “Estamos apenas estudando as condições em que a vida pode aparecer”, disse o autor principal do estudo, Frédéric Schmidt, cientista planetário da Universidade de Paris-Saclay. “Um grande corpo de água em pé estável por um longo tempo é importante, provavelmente necessário, mas talvez não suficiente para a vida aparecer”.

Schmidt revelou que os cientistas também não têm certeza para onde a água foi. “Grande parte pode ser congelada como gelo sob a superfície de Marte, ou quimicamente trancada em minerais. A radiação solar também pode ter quebrado moléculas de água em hidrogênio e gás oxigênio, com o hidrogênio finalmente escapando para o espaço”.

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