Bom dia, a Bolsa de Chicago sobe pelo segundo dia seguido, ainda corrigindo as baixas do início da semana. O USDA divulga hoje o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA, com expectativa de vendas de soja entre 600 mil e 1,6 milhão de toneladas, e de milho entre 1,2 milhão e 2,4 milhões de toneladas.


O IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) divulgou a 11a Estimativa da Safra de Soja. Com a colheita finalizada no estado, o IMEA realizou o último levantamento de produtividade para a safra 2021/22. A área semeada ficou em 10,92 milhões de hectares, o que representa um aumento de 4,31% em relação ao ciclo anterior. A produtividade ficou 3,39% maior que no ano anterior, em 59,37 sacas por hectare. Já a produção total chegou a 38,88 milhões de toneladas, um aumento de 7,85% em relação à safra anterior, porém 0,8% abaixo da estimativa de abril.


Na cultura do milho o IMEA divulgou o 8a relatório da safra 2021/22 com as novas perspectivas quanto a área destinada ao cereal, bem como a mensuração dos impactos causados nos rendimentos das lavouras, devido à redução significativa das chuvas em grande parte do estado no mês de abril. A área total está estimada em 6,32 milhões de hectares, um aumento de 8,17% em relação à safra anterior. A produtividade média no estado ficou em 103,80 sacas por hectare, queda de 3,26% em relação ao último levantamento. Com o reajuste na área e na produtividade, a nova produção ficou estimada em 39,35 milhões de toneladas, queda de 2,99% frente ao observado na estimativa anterior e 20,83% a mais que a temporada passada.


A produção semanal de etanol de milho nos EUA subiu para 969 mil barris diários na semana encerrada no dia 29 de abril, de 963 mil da semana anterior, segundo a Agência de Informação de Energia (EIA). Os estoques recuaram de 23,965 milhões para 23,887 milhões de barris, contra 20,44 milhões do mesmo período do ano passado.


O dólar opera em alta frente a outras moedas. O Federal Reserve decidiu onetm elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para o intervalo entre 0,75% e 1%. A última vez em que o Fed havia elevado os juros nesta magnitude foi em 2000. “Embora a atividade econômica geral tenha diminuído no primeiro trimestre, os gastos das famílias e o investimento fixo das empresas permaneceram fortes. Os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego diminuiu substancialmente. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços”, destacou o BC em nota. “A invasão da Ucrânia pela Rússia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. As implicações para a economia dos EUA são altamente incertas. A invasão e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e provavelmente pesarão sobre a atividade econômica. Além disso, os bloqueios relacionados ao COVID na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos. O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários”, completou. Além disso, o Comitê decidiu começar a reduzir suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências em 1º de junho. Segundo o Fed, os títulos do Tesouro terão venda limite de US$ 30 bilhões por mês e, após três meses, aumentará para US$ 60 bilhões por mês. Para dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, o limite será inicialmente fixado em US$ 17,5 bilhões por mês e, após três meses, aumentará para US$ 35 bilhões por mês.


No Brasil a moeda recuou 1,26% ontem, a R$ 4,90. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ontem, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 12,75% ao ano. A alta de 1 ponto percentual era amplamente esperada pelo mercado. Para a próxima reunião o BC sinalizou ajuste de menor magnitude. O Copom fez as seguintes observações: O ambiente externo seguiu se deteriorando. As pressões inflacionárias decorrentes da pandemia se intensificaram com problemas de oferta advindos da nova onda de Covid-19 na China e da guerra na Ucrânia. A reprecificação da política monetária nos países avançados eleva a incerteza e gera volatilidade adicional, particularmente nos países emergentes; Em relação à atividade econômica brasileira, o conjunto dos indicadores divulgado desde a última reunião do Copom indica um crescimento em linha com o que era esperado pelo Comitê; A inflação ao consumidor seguiu surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais voláteis como nos itens associados à inflação subjacente; O Copom considera que, diante de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista. O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas; Para a próxima reunião, o Comitê antevê como provável uma extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude. O Comitê nota que a elevada incerteza da atual conjuntura, além do estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demandam cautela adicional em sua atuação. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.


As bolsas globais operam majoritariamente em baixa após decisão do Fed.


Os futuros do petróleo seguem em alta com os planos da União Europeia de banir o petróleo da Rússia. Em um mês, a Comissão Europeia propõe a proibição de todos os servidores de remessa, corretagem, seguros e financiamento relacionados à importação e transporte de petróleo russo, segundo a Reuters.


Os estoques de petróleo bruto dos EUA subiram 1,3 milhão de barris na semana encerrada no dia 29 de abril, para 419,225 milhões de barris, segundo a Agência de Informação de Energia (EIA). A alta contrariou a expectativa do mercado, que previa um recuo de 800 mil barris.


No Brasil, tempo predominantemente estável hoje.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.



Na Argentina, tempo estável nos próximos dias.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo chuvoso em boa parte das regiões produtoras de soja e milho hoje.

Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.


Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

135

145

Jun 22

150

160

Jul 22

165

178

FARELO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

200

210

ÓLEO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

250

270

Golfo do México – EUA

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

120

125

Jun

124

130

Jul

103

109

MILHO

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

88

95

Jun

90

97

Jul

85

92

Como a urina humana pode ajudar a alimentar o mundo

Por Flavia Correia, editado por André Lucena, Olhar Digital


Em plena era da agricultura industrial, pode parecer desnecessário, inadequado e – por que não dizer – bizarro o uso de urina humana como uma forma de fertilizar plantações. No entanto, conforme os pesquisadores buscam maneiras de reduzir a dependência de produtos químicos e combater a poluição ambiental, cresce o interesse no potencial do nosso “xixi”.


As plantas precisam de nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, e ingerimos tudo isso no consumo de alimentos, antes de eliminá-los, principalmente através da urina”, disse Fabien Esculier, que dirige o “Programa de Pesquisa e Ação sobre Sistemas de Alimentação/Excreção e Gestão de Urina Humana e Fezes” (OCAPI), um projeto da École Nationale des Ponts et Chaussées, na França.

Fertilizantes que utilizam nitrogênio sintético, em uso há cerca de um século, ajudaram a aumentar os rendimentos e a produção agrícola para alimentar uma população humana cada vez mais crescente.

No entanto, o uso descontrolado faz com que esses produtos contaminem sistemas fluviais e outras vias navegáveis, causando o sufocamento de algas e o envenenamento de peixes e de outras formas aquáticas de vida. Além disso, fertilizantes químicos também geram emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas.

As práticas modernas de saneamento representam uma das principais fontes de poluição de nutrientes”, disse Julia Cavicchi, do Instituto da Terra Rica dos EUA, em entrevista ao site France 24, acrescentando que a urina é responsável por cerca de 80% do nitrogênio encontrado em águas residuais e por mais da metade do fósforo.

Para substituir fertilizantes químicos, você precisaria de muitas vezes o peso na urina tratada”, ressaltou Julia. “Mas, uma vez que a produção de nitrogênio sintético é uma fonte significativa de gases de efeito estufa, e o fósforo é um recurso limitado e não renovável, os sistemas de desvio de urina oferecem um modelo resiliente a longo prazo para o gerenciamento de resíduos humanos e a produção agrícola”.

Países desenvolvidos têm projetos para coleta seletiva da urina humana

Julia explica que, antigamente, excrementos urbanos eram transportados para campos agrícolas para serem usados como fertilizante junto com estrume animal, antes que alternativas químicas começassem a substituí-los. “Mas agora, se você quer coletar urina na fonte, você precisa repensar banheiros e o próprio sistema de esgoto”.

Existe uma variedade de projetos voltados para isso na Suíça, na Alemanha, nos EUA, na África do Sul, na Etiópia, na Índia, no México e na França. “Leva muito tempo para introduzir inovações ecológicas e especialmente métodos de separação de urina, que é muito radical”, disse Tove Larsen, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Aquática Eawag, da Suíça.

Segundo Tove, coletar a urina de banheiros seletivos sempre foi considerado algo impraticável, gerando, principalmente, preocupações sobre odores desagradáveis.

Um novo modelo, desenvolvido pela empresa suíça Laufen em parceria com o Eawag, promete resolver esses problemas, com um design que canaliza a urina em um recipiente coletor.


Uma vez que o xixi é coletado, ele precisa ser processado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a urina coletada “descanse” por um período de tempo, embora também seja possível pasteurizá-la. Em seguida, devem ser aplicadas técnicas para concentrar e desidratar o líquido, reduzindo seu volume e o custo de transportá-lo para os campos.

Outro desafio é superar a opinião pública. “Este assunto toca na intimidade”, disse Ghislain Mercier, gerente do setor de Cidade Sustentável e Novos Serviços do Paris et Metropole Amenagement, instituição francesa de desenvolvimento urbano de Paris e dos municípios adjacentes.

Paris vai ganhar bairro ecológico com coleta de urina para fertilizar espaços verdes

Mercier está liderando um projeto de desenvolvimento de um bairro ecológico na capital francesa, com lojas e 600 unidades habitacionais, que utilizarão a coleta de urina para fertilizar espaços verdes na cidade. Ele vê um potencial significativo em grandes edifícios, como escritórios, bem como casas não conectadas à drenagem de rede e restaurantes.

Um exemplo é o 211 Restaurant, equipado com banheiros sem água que coletam urina. “Tivemos um feedback bastante positivo”, disse o proprietário do local, Fabien Gandossi. “As pessoas estão um pouco surpresas, mas vêem pouca diferença em comparação com um sistema tradicional”.

Acostumar-se a usar um banheiro diferenciado está bem longe de aceitar consumir alimentos fertilizados com urina humana. As pessoas estão prontas para isso?

Um estudo de 2020 sobre o tema destacou diferenças de país para país. A taxa de aceitação é muito alta na China, na França e em Uganda, por exemplo, mas baixa em Portugal e na Jordânia.

Para Mecier, como os preços dos fertilizantes sintéticos estão subindo devido à escassez causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, que também estimulou os países a considerar aumentar sua segurança alimentar, essa pode ser uma oportunidade para dar visibilidade ao assunto.

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