Bom dia, a Bolsa de Chicago opera mista com o mercado repercutindo o relatório do USDA de ontem.
O USDA divulgou ontem o relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Global (WASDE). Na safra 2022/23 da soja a produtividade caiu de 50,5 bushels por acre para 49,8 bushels por acre (3,35 toneladas por hectare), derrubando a estimativa de produção de 119,16 milhões para 117,38 milhões de toneladas. O USDA revisou para baixo também as exportações, que passaram de 56,74 milhões para 55,66 milhões de toneladas. Já os estoques finais ficaram inalterados em 5,44 milhões de toneladas. No milho a estimativa de produção caiu para 352,95 milhões de toneladas, de 354,19 milhões da estimativa de setembro. A estimativa de uso para etanol e exportações também foram revisadas para baixo, ainda assim os estoques finais caíram de 30,95 milhões para 29,77 milhões de toneladas.
Na safra do Brasil a estimativa de produção de soja 2022/23 passou para 152 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas acima da estimativa anterior. Já a estimativa para a safra de milho permaneceu inalterada em 126 milhões de toneladas.
Na safra da Argentina o USDA elevou em mais de 2 milhões de toneladas a estimativa para a exportação de soja 2022/23, para 7 milhões de toneladas.
No quadro da China a estimativa de importação de soja 2022/23 foi elevada em 1 milhão de toneladas, para 98 milhões de toneladas, contra 90 milhões da safra anterior.
O dólar opera em baixa frente a outras moedas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem o relatório de Perspectivas Econômicas Mundiais. Segundo o relatório, “a atividade econômica global está passando por uma desaceleração ampla e mais acentuada do que o esperado, com a inflação mais alta do que a observada em várias décadas. A crise do custo de vida, o aperto das condições financeiras na maioria das regiões, a invasão da Ucrânia pela Rússia e a persistente pandemia de COVID-19 pesam muito nas perspectivas. Prevê-se que o crescimento global diminua de 6,0% em 2021 para 3,2% em 2022 e 2,7% em 2023. Este é o perfil de crescimento mais fraco desde 2001, exceto pela crise financeira global e pela fase aguda da pandemia de COVID-19. A inflação global deverá subir de 4,7% em 2021 para 8,8% em 2022, mas cairá para 6,5% em 2023 e para 4,1% até 2024. A política monetária deve manter o rumo para restaurar a estabilidade de preços, e a política fiscal deve ter como objetivo aliviar as pressões sobre o custo de vida, mantendo uma postura suficientemente rígida alinhada com a política monetária. As reformas estruturais podem apoiar ainda mais a luta contra a inflação, melhorando a produtividade e aliviando as restrições de oferta, enquanto a cooperação multilateral é necessária para acelerar a transição para a energia verde e evitar a fragmentação”. Para o Brasil o FIM projeta crescimento de 2,8% em 2022, uma alta de 1,1 ponto percentual acima da estimativa de julho, e para 2023, crescimento de 1%, redução de 0,1 ponto percentual relação à julho.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) passou a projetar crescimento de 3,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. A expectativa anterior, de julho, era de alta de 1,4%. Os dados fazem parte do Informe Conjuntural do 3º trimestre divulgado nesta terça-feira (11). A previsão para o PIB industrial é de alta de 2% neste ano, ante previsão anterior de 0,2%. “A revisão positiva ocorre devido às mudanças de cenário no primeiro semestre, com normalização parcial das cadeias de suprimentos mesmo diante da continuação da guerra Rússia-Ucrânia, dos novos riscos no cenário internacional e das paralisações em cidades na China devido à Covid. A indústria tem tido sucesso na busca por alternativas para reduzir e contornar o problema da falta de insumos. A produção industrial manteve ritmo de crescimento, ainda que moderado, pela maior parte do ano até o momento”, destacou a CNI em relatório. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que é importante que o ritmo de crescimento projetado para 2022 seja mantido nos próximos anos. “O Brasil precisa crescer de forma sustentada, elevar a renda média da população e colocar-se entre os países mais desenvolvidos. Para isso, devemos implementar, com urgência, ações consistentes que incentivem os investimentos e aumentem a competitividade e a produtividade das empresas”, disse.
As bolsas globais operam em alta a espera dos dados de inflação nos EUA.
Os futuros do petróleo sobem recuperando parte da baixa recente com alta nos estoques dos EUA. O Instituto Americano de Petróleo estimou ontem que os estoques de petróleo bruto dos EUA tenham subido 7,054 milhões de barris durante a última semana, após recuo de 1,77 milhão na semana anterior.
No Brasil, tempo chuvoso do Sul ao Norte nos próximos dias.
Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.
Na Argentina, tempo predominantemente estável nos próximos dias, com previsão de geadas leves na região central do país.
Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.
Nos EUA, tempo estável em boa parte do país hoje.
Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.
Prêmios *referente ao dia anterior
Paranaguá
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
190 |
200 |
Nov 22 |
180 |
195 |
Dez 22 |
100 |
115 |
FARELO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
180 |
200 |
ÓLEO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
200 |
220 |
Golfo do México – EUA
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
200 |
207 |
Nov |
170 |
174 |
Dez |
120 |
123 |
MILHO |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
220 |
230 |
Nov |
160 |
166 |
Dez |
122 |
128 |
Peixes mortos pelo asteroide que exterminou os dinossauros são encontrados muito bem preservados
Flavia Correia, Olhar Digital
Paleontólogos encontraram fósseis de cerca 66 milhões de anos parecidos com esturjões, que viveram na época dos dinossauros e, provavelmente, morreram no mesmo evento de extinção em massa provocado pela queda do asteroide Chicxulub. Os peixes apresentam detalhes tridimensionais impressionantemente conservados, de acordo com um estudo publicado este mês no Journal of Paleontology.
Segundo os autores, os fósseis estavam em um local chamado Tanis, uma seção da famosa Formação Hell Creek, que abrange partes dos estados norte-americanos de Montana, Dakota do Sul, Dakota do Norte e Wyoming.
Um grande e profundo rio que há milhões e milhões de anos ali existia acabou se tornando uma vala comum para milhares de peixes antigos de água doce, que foram sufocados e enterrados no lugar num piscar de olhos, possivelmente minutos após o impacto do asteroide.
“Foi realmente incrível”, disse Lance Grande, paleontólogo do Museu do Campo de Chicago e coautor do estudo, em entrevista sobre a descoberta ao site Live Science. “Os peixes estavam empilhados como placas de madeira”.
Após anos de escavação, a equipe finalmente teve a chance de começar a estudar os fósseis de perto. Os cientistas rapidamente perceberam que quatro dos espécimes (dois de cada espécie) tinham algo especial.
Quase todas as coberturas externas ósseas das criaturas, ou cortes, estavam intactas e impecavelmente preservadas. E os espécimes ajudam a preencher uma lacuna no registro fóssil da América do Norte, que não tem muitas espécies cretáceas tardias. “Eles têm muitas semelhanças claras com o esturjão, o que os torna fáceis de identificar”, disse Grande. “Mas têm várias características únicas que nos permitem descrevê-los como algo novo”.
Uma das espécies recém-descobertas foi batizada de Acipenser praeparatorum, e a outra recebeu o nome Acipenser amnisinferos, sendo Acipenser um gênero da família Acipenseridae, ao qual pertencem os esturjões modernos. Não existe qualquer exemplar vivo de nenhuma das duas espécies.
Esturjões e seus parentes apresentam uma particularidade no registro fóssil. “Eles têm essas placas grandes e ósseas do lado de fora que protege os corpos dos peixes de serem despedaçados por ondas ou fortes correntes fluviais que tendem a pulverizar fósseis de peixes mais delicados”, explicou o coautor do estudo Eric Hilton, biólogo evolucionário do Instituto de Ciências Marinhas da Virgínia. “Como a exposição excessiva ao oxigênio tende a quebrar os tecidos do corpo antes que eles possam fossilizar, a preferência dos esturjões por ambientes de baixo oxigênio os prepara para preservação”.
Para os esturjões no sítio Tanis, no entanto, não teria importado quanto oxigênio estava na água no dia em que morreram. Segundo o estudo, eles foram vítimas de uma onda gigantesca que varreu milhares de quilos de sedimentos para o rio, enterrando-os quase instantaneamente.
Os cientistas explicam que a suspeita de que essa onda teria sido desencadeada pelo mesmo asteroide que matou dinossauros ao cair na península de Yucatán vem do fato de que Tanis está repleta de minúsculas contas de vidro chamadas tectitos, que são quimicamente idênticas às encontradas na cratera Chicxulub.
Além das duas espécies de esturjão recém-descritas, o rio estava cheio de peixe-remo, peixe-arco, amonitas, uma variedade de insetos e répteis aquáticos chamados mosassauros.
Os pesquisadores suspeitam que haja muitas outras espécies à espreita nos sedimentos, esperando para serem escavadas. “Isso é incrível, mas é somente a ponta do iceberg”, disse Hilton.
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