Informativo de Mercado, Quinta-Feira – 28 de Janeiro de 2021

Boa tarde, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos, devolvendo parte das altas da semana.

O USDA divulgou hoje o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA, com números dentro do esperado para a soja e milho. Na semana encerrada no dia 21, as vendas de soja 2020/21 foram de 466 mil toneladas, contra 1,82 milhão da semana anterior e 401 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de soja dos EUA somam 57,76 milhões de toneladas, contra 31,6 milhões do mesmo período da temporada anterior. As vendas 2021/22 foram de 1,56 milhão de toneladas, acumulando 3,6 milhões de toneladas na temporada futura.

As vendas de milho 2020/21 foram de 1,85 milhão de toneladas, contra 1,44 milhão da semana anterior e 1,01 milhão do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de milho dos somam 48,67 milhões de toneladas, contra 21,54 milhões do mesmo período da temporada 2019/20.

A produção semanal de etanol de milho nos EUA recuou para 933 mil barris diários na semana encerrada no dia 22, de 945 mil da semana anterior, segundo a Agência de Informação de Energia (EIA). Os estoques recuaram de 23,628 milhões para 23,602 milhões de barris, contra 24,244 milhões do mesmo período do ano passado.

O número de mortos em todo o mundo causados pelo novo coronavírus (COVID-19) subiu para 2.180.021 hoje, de 2.162.333 até ontem, com 101.068.455 casos confirmados. Desde ontem são mais de 600.000 novos casos confirmados. O número de recuperados da pneumonia causada pelo vírus chegou a 55.878.254, de 55.562.497 até ontem.

No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 8.996.876 hoje, de 8.933.356 até ontem, segundo o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 220.161 de 218.878 até ontem. O número de pacientes recuperados somam 7.964.176, de 7.896.290 do dia anterior.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve manteve ontem a taxa de juros dos EUA estável entre 0% e 0,25%, e se comprometeu a dar continuidade ao seu programa de compra de títulos do Tesouro de US$ 80 bilhões e títulos lastreados em hipotecas de US$ 40 bilhões por mês até que um progresso substancial seja feito em direção às metas máximas de emprego e estabilidade de preços. “O Federal Reserve está empenhado em usar toda a sua gama de ferramentas para apoiar a economia dos EUA neste momento desafiador, promovendo assim suas metas de emprego máximo e estabilidade de preços”, disse o Comitê em nota.

A economia dos EUA cresceu a uma taxa anual de 4% no último trimestre de 2020, após crescimento de 33,4% no terceiro trimestre e recuo de 31,4% no segundo trimestre, segundo Departamento de Análises Econômicas (bea). O aumento do PIB real no quarto trimestre refletiu aumentos nas exportações, investimento fixo não residencial, despesas de consumo pessoal (PCE), investimento fixo residencial e investimento em estoque privado que foram parcialmente compensados por reduções nos gastos do governo estadual e local e gastos do governo federal. No ano de 2020 o PIB dos EUA recuou 3,5%, a maior queda desde o fim da 2ª Guerra Mundial, após crescimento de 2,2% em 2019.

No Brasil o dólar opera próximo à estabilidade. Ontem a moeda subiu 1,52%, a R$5,4066. O Banco Central realizou hoje leilão de 16 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem de contratos com vencimento em maio e setembro de 2021. A inflação do Brasil medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado para o reajuste dos contratos de aluguéis, subiu 2,58% em janeiro, após alta de 0,96% em dezembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em 12 meses o IGP-M acumula alta de 25,71%. A taxa de desemprego no Brasil recuou para 14,1% no trimestre encerrado em novembro de 2020, estável em relação ao trimestre de junho a agosto (14,4%) e cresceu 2,9 pontos percentuais (p. p.) frente ao trimestre setembro a novembro de 2019 (11,2%), segundo o IBGE. A população desocupada (14,0 milhões de pessoas) manteve estabilidade frente ao trimestre anterior (13,8 milhões) e subiu 18,2% (2,2 milhões de pessoas a mais) em relação mesmo trimestre de 2019 (11,9 milhões). A taxa composta de subutilização (29,0%) caiu 1,6 p. p. em relação ao trimestre anterior (30,6%) e subiu 5,7 p. p. frente ao mesmo trimestre de 2019 (23,3%). A população subutilizada (32,2 milhões de pessoas) caiu 3,5% (menos 1,2 milhão de pessoas) frente ao trimestre anterior e subiu 21,0% (mais 5,6 milhões de pessoas) contra o mesmo trimestre de 2019.

As bolsas globais operam majoritariamente em alta.

Os futuros do petróleo recuam devolvendo os ganhos de ontem.

No Brasil, tempo chuvoso em boa parte do país amanhã.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso em boa parte do país nos próximos dias.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Pesquisadores desenvolvem display impresso biodegradável

Por Ademilson Ramos, Engenharia É

Nos próximos anos, o aumento do uso de dispositivos eletrônicos em consumíveis e as novas tecnologias para a internet das coisas aumentarão a quantidade de sucata eletrônica. Para economizar recursos e minimizar os volumes de resíduos, uma produção mais ecologicamente correta e um ciclo de vida mais sustentável serão necessários. Cientistas do Karlsruhe Institute of Technology (KIT) foram os primeiros a produzir displays, cuja biodegradabilidade foi verificada e certificada por um escritório independente. Os resultados são relatados no Journal of Materials Chemistry.

“Pela primeira vez, demonstramos que é possível produzir displays sustentáveis ​​que são amplamente baseados em materiais naturais com a ajuda de métodos de produção industrialmente relevantes. Após o uso, esses displays não são sucata eletrônica, mas podem ser compostados. Em combinação com a reciclagem e a reutilização, isso pode ajudar a minimizar ou prevenir completamente alguns dos impactos ambientais da sucata eletrônica”, diz Manuel Pietsch, primeiro autor da publicação e pesquisador do Light Technology Institute (LTI) do KIT, que trabalha no Heidelberg InnovationLab.

Baixo consumo de energia, arquitetura de componentes simples

O funcionamento do display é baseado no chamado efeito eletrocrômico do material orgânico. Quando a tensão é aplicada, a absorção de luz é modificada e o material muda de cor. Os monitores eletrocrômicos têm baixo consumo de energia e arquitetura de componentes simples em comparação aos monitores disponíveis no mercado, como LED, LCD e papel eletrônico. Outra vantagem é que esses monitores podem ser produzidos por impressão a jato de tinta de maneira personalizada, econômica e com baixo custo de material. Além disso, esse processo é adequado para dimensionamento com alto rendimento. Os materiais utilizados principalmente são de origem natural ou biocompatíveis. A selagem com gelatina torna o display adesivo e flexível, podendo ser usado diretamente na pele.

Uso em diagnósticos médicos e embalagens de alimentos

A tela é geralmente adequada para aplicações de ciclo de vida curto em vários setores. Em diagnósticos médicos, por exemplo, onde a higiene desempenha um papel importante, os sensores e seus indicadores devem ser limpos ou descartados após o uso. O display recém-desenvolvido não será descartado como sucata eletrônica, mas é compostável. Também pode ser utilizado para monitoramento de qualidade em embalagens de alimentos, onde o reaproveitamento não é permitido. A impressão digital permite que os monitores sejam adaptados a pessoas ou formas complexas sem qualquer modificação cara do processo. Isso reduz o consumo de recursos.

“Pelo que sabemos, esta é a primeira demonstração de um display biodegradável produzido por impressão a jato de tinta. Ela abrirá caminho para inovações sustentáveis ​​para outros componentes eletrônicos e para a produção de eletrônicos mais ecológicos”, afirma Gerardo Hernandez-Sosa, Chefe do Grupo de Eletrônica Impressa da LTI no Heidelberg InnovationLab.

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