Informativo de Mercado, Segunda-feira – 08 de Novembro de 2021

Bom dia, a Bolsa de Chicago inicia a semana com leves baixas de olho no relatório do USDA de amanhã. O USDA divulga amanhã, às 14 horas (horário de Brasília), o relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Global (WASDE), com expectativa de alta nos estoques finais de soja 2021/22 dos EUA, recuo nos estoques de milho e estabilidade nos estoques de trigo.

Terminou neste domingo o horário de verão nos EUA, onde os relógios foram atrasados em 1 hora. Com isso a CBOT passa a operar das 22:00 às 10:45 no pregão noturno e das 11:30 às 16:20 no pregão regular (horário de Brasília).

A Conab divulga na quinta-feira (11) o 2º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22 do Brasil.

O plantio de soja 2021/22 no Brasil atingiu 64,6% até sexta-feira, contra 51% da semana anterior, 54,2% do mesmo período de 2020 e 54,4% da média dos últimos 5 anos, segundo a Safras & Mercado. Por estado: MT 96%, PR 80%, GO 79%, SP 72%, MS 71%, MG 65%, SC 50%, MA 45%, TO 45%, BA 35%, PI 25%, RS 16%, outros 12%.

O plantio de soja 2021/22 no Mato Grosso está na reta final, com 95,79% semeado até sexta-feira, contra 83,24% do mesmo período de 2020 e 77,26% da média dos últimos 5 anos, segundo o IMEA.

Os fundos foram grandes compradores de commodities na CBOT na semana encerrada no dia 2 de novembro, segundo o relatório de comprometimento de traders (COT). Na soja os fundos aumentaram as posições compradas em 18.770 contratos, para 42.681 contratos. No milho os fundos compraram 79.770 contratos, aumentando as posições compradas para 324.560 contratos. No trigo os fundos passaram de 8.619 posições vendidas para 5.900 posições compradas.

O dólar opera com leve baixa frente a outras moedas. O Congresso dos EUA aprovou na sexta-feira, por 228 votos a 206, um pacote de investimentos em infraestrutura de US$ 1,2 trilhão proposto pelo presidente Joe Biden, que libera verba para a construção de estradas, pontes, portos, trânsito ferroviário, água potável, rede elétrica, internet banda larga e muito mais. A nova lei promete atingir quase todos os cantos do país. É um investimento histórico que o presidente comparou à construção da ferrovia transcontinental e do sistema de rodovias interestaduais.

No Brasil a moeda sobe após a correção da semana anterior. Na sexta-feira a moeda recuou 1,52%, a R$ 5,5192, acumulando baixa de 2,27% na semana. O mercado segue acompanhando a PEC dos Precatórios. Na sexta-feira a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender o pagamento das emendas de relator ao Orçamento da União, o chamado “orçamento secreto”, que são emendas parlamentares pagas na modalidade “emendas de relator” e não seguem critérios usuais e beneficiam somente alguns parlamentares com acertos informais entre parlamentares aliados e o governo federal. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, vão se reunir hoje para tratar sobre o assunto e tentar reverter a decisão de Weber. A decisão de Weber pode atrasar a votação em segundo turno da PEC dos Precatórios na Câmara, agendada para amanhã. A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,60% em outubro, após recuo de 0,55% em setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o IGP-DI acumula alta de 16,96% no ano e de 20,95% em 12 meses. Dentre os índices que compõe o IGP-DI, o IPA-DI subiu 1,90%, o IPC-DI subiu 0,77% e o INCC-DI avançou 0,86%.

O Banco Central divulgou na manhã de hoje o novo boletim de mercado Focus, com expectativa de maior inflação e menor crescimento do PIB para este e o próximo ano. As instituições financeiras elevaram a expectativa para a inflação deste ano de 9,17% para 9,33% e do próximo ano de 4,55% para 4,63%. A expectativa para o crescimento da economia recuou de 4,94% para 4,93% neste ano e de 1,20% para 1,00% em 2022. O dólar deve encerrar este e o próximo ano em R$5,50 e a meta da taxa Selic deve encerrar este ano em 9,25% e em 11% em 2022.

As bolsas globais iniciam a semana majoritariamente em baixa.

Os futuros do petróleo sobem após aprovação do pacote de infraestrutura nos EUA.

As exportações chinesas medidas em dólares cresceram 27,1% em outubro na comparação anual, após crescimento de 28,1% em setembro. As importações tiveram crescimento de 20,6% em outubro, após crescimento de 17,6% em setembro. A balança comercial registrou superávit de US$84,54 bilhões em outubro, após superávit de US$66,76 bilhões no mês anterior.

No Brasil, tempo chuvoso no Centro-Norte nesta semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso na região central do país nesta semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo chuvoso na porção leste do país nesta semana.

Previsão de Precipitação EUA, 5 dias, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Há milhares de anos, Terra pode ter sido devastada por dilúvios gigantescos

Lyncon Pradella, Olhar Digital

Milhares de anos atrás, a Terra pode ter sofrido com diversos dilúvios gigantescos que despejavam mais de 30 centímetros de chuva em apenas algumas horas. Os pesquisadores do estudo, publicado na revista Nature, remodelaram o clima desde o início do planeta, quando a temperatura estaria em torno de 47º C. Eles chegaram a conclusão que os períodos de seca eram rapidamente substituídos por grandes tempestades de chuvas.

De acordo com a equipe, este ciclo é um “estado atmosférico novo e completamente inesperado”. Além de melhorar nossa compreensão do passado e futuro da Terra, ele também pode aprimorar nossas observações de planetas fora do nosso Sistema Solar.

“Se você olhar para uma grande porção dos trópicos profundos hoje, sempre está chovendo em algum lugar”, diz o cientista climático Jacob Seeley, da Universidade de Harvard em Massachusetts.

“Mas descobrimos que em climas extremamente quentes, pode haver vários dias sem chuva em qualquer lugar ao longo de uma grande parte do oceano. Então, de repente, uma grande tempestade irrompeu em quase todo o domínio, despejando uma quantidade enorme de chuva. Então ficaria quieto por alguns dias e repetiria”, completou.

Para chegar a conclusão, os pesquisadores fizeram várias simulações de temperaturas. Em uma delas, os cientistas aumentaram a temperatura em até 130º C mais quente do que a Terra naquele período.

Estes saltos de temperatura criam uma “camada de inibição” – uma camada próxima à superfície da Terra causada pelo vapor de água atmosférico aquecido, que evita que as nuvens convectivas subam e formem nuvens de chuva.

Ao mesmo tempo, porém, a perda de calor para o espaço causa a formação de nuvens na atmosfera superior. A chuva que essas nuvens causam evapora antes mesmo de atingir a superfície, justamente por causa do calor excessivo. Essa evaporação acaba quebrando a camada de inibição, desencadeando estes dilúvios que podem durar horas.

“É como carregar uma bateria enorme”, diz Seeley. “Você tem uma tonelada de resfriamento alto na atmosfera e uma tonelada de evaporação e aquecimento perto da superfície, separados por essa barreira”. “Se algo conseguir romper essa barreira e permitir que o calor e a umidade da superfície invadam a atmosfera fria superior, isso causará uma enorme tempestade”, acrescentou.

Em uma das simulações, os pesquisadores observaram mais chuva em seis horas do que a queda de alguns ciclones tropicais nos EUA em vários dias. Ou seja, é muita água caindo do céu.

“Este estudo revelou uma nova física rica em um clima que é apenas um pouco diferente da Terra atual de uma perspectiva planetária”, afirma o cientista ambiental Robin Wordsworth, da Universidade de Harvard. “Isso levanta grandes questões sobre a evolução do clima da Terra e de outros planetas que vamos trabalhar por muitos anos”, concluiu.

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