Boa tarde, a Bolsa de Chicago inicia a semana em baixa dando sequência ao movimento de correção das altas recentes com o mercado de olho no andamento da safra nos EUA, com previsão de boas chuvas e tempo ameno nesta semana, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras.


A colheita do milho 2020/21 no Mato Grosso segue lenta, com apenas 1,94% colhido até sexta-feira, contra 8,30% do mesmo período do ano passado e 8,48% da média dos últimos 5 anos, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).


Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 128 mil toneladas, contra 239 mil da semana e 435 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada os embarques de soja dos EUA somam 56,81 milhões de toneladas, contra 36,23 milhões do mesmo período da temporada anterior. Os embarques de milho foram de 1,54 milhão de toneladas, contra 1,43 milhão da semana anterior e 922 mil do mesmo período de 2020. Na temporada os embarques de milho somam 53,97 milhões de toneladas, contra 30,8 milhões do mesmo período da temporada 2019/20.


Os fundos foram majoritariamente compradores de soja e farelo de soja, e vendedores de milho, trigo e óleo de soja na CBOT na semana encerrada no dia 8 de junho, segundo o relatório de comprometimento de traders (COT). Na soja os fundos aumentaram as posições compradas em 2.695 contratos, a 141.483 contratos. No milho os fundos reduziram as posições compradas em 14.337 contratos, a 275.599 contratos. No trigo os fundos passaram de 3.227 posições compradas para 1.374 posições vendidas.


O número de mortos em todo o mundo causados pelo novo coronavírus (Covid-19) subiu para 3.805.713 hoje, de 3.775.261 até sexta-feira, com 176.050.568 casos confirmados. Desde sexta-feira são pouco mais de 2.00.000 novos casos confirmados. Em todo o mundo já foram administradas 2.366.976.220 de vacinas contra a Covid-19, contra 2.262.188.035 da semana anterior.


No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 17.412.766 hoje, de 17.210.969 até sexta-feira, segundo o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 487.401, de 482.019 até sexta-feira. O número de pacientes recuperados somam 15.794.548, de 15.670.754 da semana anterior.


O dólar opera com leve baixa frente a outras moedas. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve se reúne nesta terça e quarta-feira para a decisão de política monetária dos EUA, com expectativa de manutenção da taxa básica de juros na faixa entre 0%-0,25%. Os economistas esperam que o chamado gráfico de pontos aponte para um aumento da taxa de juros em 2023, enquanto o banco não deve sinalizar uma redução nas compras de títulos até o final deste ano.


No Brasil a moeda inicia a semana em baixa. Na sexta-feira a moeda subiu 1,21%, a R$ 5,1271. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) também se reúne a partir de amanhã para a reunião de 2 dias para a decisão dos juros, com expectativa de alta de 0,75 ponto percentual na meta da Selic para 4,25% ao ano. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado uma prévia do PIB oficial, subiu 0,44% em abril ante março, após recuo de 1,61% em março. O crescimento veio abaixo do esperado pelo mercado, que era de 0,55%. Na comparação com abril do ano passado o IBC-Br teve crescimento de 15,92%. No acumulado do ano o índice sobe 4,77%, e em 12 meses, recuo de 1,2%.

O Banco Central divulgou hoje também o novo boletim de mercado Focus, com expectativa de maior inflação e crescimento do PIB para este ano. As instituições financeiras elevaram a expectativa para a alta da inflação neste ano de 5,44% para 5,82% e elevaram a expectativa para o crescimento do PIB de 4,36% para 4,85%. O dólar deve encerrar o ano em R$5,18 e a meta da taxa Selic em 6,25%, alta de 0,5 ponto percentual em relação à semana anterior. Para 2022 a expectativa para a inflação subiu de 3,70% para 3,78% enquanto a expectativa para o crescimento do PIB caiu de 2,31% para 2,20%. O dólar deve encerrar o próximo ano em R$5,20 e a meta da Selic em 6,50% ao ano.


As bolsas globais operam próximo à estabilidade em semana de decisão de juros nos EUA.


Os futuros do petróleo seguem em alta com otimismo sobre retomada na demanda mundial.


No Brasil, tempo predominantemente estável nesta semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.


Na Argentina, tempo predominantemente estável nesta semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo chuvoso em parte do Meio-Oeste nesta semana, com as temperaturas dentro da normalidade para o período.

Previsão de Precipitação EUA, 5 dias, em polegadas.



Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

-20

-10

Jul

-5

5

Ago

40

50

Fev 22

25

35

FARELO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

80

85

ÓLEO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

130

140

Golfo do México – EUA

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

55

60

Jul

62

68

Ago

73

76

MILHO

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

72

77

Jul

61

65

Ago

92

96

Pesquisa mundial com uso de bactéria Wolbachia reduz infecção por dengue em 77%

Por Flavia Correia, editado por André Lucena, Olhar Digital

De acordo com o World Mosquito Program (WMP), programa mundial de combate a doenças provocadas por mosquitos, é possível reduzir a transmissão da dengue por meio de uma técnica denominada Método Wolbachia. Uma pesquisa feita na Indonésia, que utilizou o método de introdução da bactéria Wolbachia em mosquitos Aedes aegypti, comprovou a eficácia da estratégia, ampliando as esperanças de se conter a doença que infectou mais de 1 milhão de pessoas no Brasil em 2020.

O WMP é uma iniciativa internacional sem fins lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos, tais como dengue, febre amarela, chikungunya e zika. O primeiro local de atuação do WMP foi o norte da Austrália, em 2011, e, atualmente, o programa opera em 11 países: Austrália, Brasil, Colômbia, México, Indonésia, Sri Lanka, Vietnã, Kiribati, Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia.

No Brasil, o Método Wolbachia é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais. “Atualmente, atuamos no Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE)”, informa o site brasileiro do programa.

Um experimento publicado pela revista científica The New England Journal of Medicine, feito pela primeira vez na Yogyakarta, na Indonésia, e realizado também no Brasil pela Fiocruz, conseguiu reduzir em 77% os casos de dengue. Além disso, foi identificada uma redução de 60% nos casos de chikungunya nas áreas que receberam os Aedes aegypti com Wolbachia, quando comparado com áreas que não receberam.

A expectativa é que em até quatro anos, que é o tempo do estudo, seja possível conhecer o impacto do Método Wolbachia no controle das arboviroses em Belo Horizonte”, disse em comunicado o pesquisador da Fiocruz e líder do método Wolbachia no Brasil, Luciano Moreira.

Como funciona o método Wolbachia

Uma das pesquisadoras do experimento na Indonésia, Katie Anders, descreve a bactéria Wolbachia como um “milagre natural”. Isso porque o micro-organismo não causa danos ao mosquito ao tomar conta das mesmas partes do corpo que o vírus da dengue precisa para ser espalhado pelo vetor.

Por meio desse método, a bactéria compete por recursos e torna bem mais difícil o vírus da dengue se replicar, o que torna bem menos provável que o mosquito cause a infecção quando picar alguém.

Em Yogyakarta, o experimento utilizou 5 milhões de ovos de mosquitos infectados com a Wolbachia. Os ovos foram colocados em recipientes com água na cidade a cada duas duas semanas, e o processo de constituir uma população infectada de mosquitos levou nove meses.

A cidade, que tem cerca de 300 mil habitantes, foi dividida pelos cientistas em 24 zonas, e os mosquitos infectados por Wolbachia foram liberados em metade delas. Como resultado, observou-se, além da redução no número de casos de dengue, a diminuição em 86% na quantidade de pessoas que precisaram de atendimento hospitalar.

Isso é bastante animador”, afirmou Anders à BBC News. “Para ser honesta, é melhor do que esperávamos”.

A pesquisadora, que também é diretora de avaliação de impacto do WMP, acredita que a estratégia “pode ter um impacto ainda maior quando implantado em grande escala nas grandes cidades do mundo, onde a dengue é um grande problema de saúde pública”.

Segundo a pesquisa, a bactéria Wolbachia mostrou-se bastante manipulável e, também, capaz de alterar a fertilidade de seus hospedeiros para garantir que eles passem o micro-organismo para a próxima geração de mosquitos.

Isso quer dizer que, uma vez que esteja estabelecida, a bactéria pode continuar a ajudar a controlar as infecções por um longo tempo. Essa estratégia contrasta com outras tentativas de controlar a doença, como inseticidas ou soltura de mosquitos macho inférteis, que precisam ser refeitas.

O experimento representa um marco importante após anos de pesquisa, uma vez que a Wolbachia é uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos, inclusive em alguns mosquitos, mas não costuma aparecer naturalmente no Aedes aegypti. Estudos com modelos matemáticos que tentam calcular e entender o espalhamento de doenças preveem que a bactéria poderia ser suficiente para suprimir completamente a dengue, caso ela viesse a se estabelecer na população de mosquitos.

Combate ao Aedes aegypti no Brasil já dura mais de um século

Considerado pela Agência Europeia para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) uma das espécies de mosquito mais difundidas no planeta, o Aedes aegypti é combatido no Brasil desde o início do século passado. Alguns fatores contribuem para torná-lo um agente tão eficiente para a transmissão desses vírus. Um deles é sua capacidade de se adaptar ao ambiente, além de sua proximidade com o homem.

Surgido na África, em locais silvestres, o mosquito chegou às Américas em navios, ainda na época da colonização. Com o passar dos anos, ele encontrou no ambiente urbano um espaço ideal para sua proliferação. “Ele se especializou em dividir o espaço com o homem”, afirma Fabiano Carvalho, entomologista e pesquisador da Fiocruz Minas. “O mosquito prefere água limpa para colocar seus ovos, e qualquer objeto ou local serve de criadouro. Mesmo numa casca de laranja ou numa tampinha de garrafa, se houver um mínimo de água parada, seus ovos se desenvolvem.”

Outro aspecto que também favorece a reprodução do mosquito é o fato de a fêmea colocar em média 100 ovos de cada vez, mas não em um único local, distribuindo-os por diferentes pontos.

Segundo o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, o Aedes aegypti é “muito resistente”, o que faz com que “sua população volte ao seu estado original rapidamente após intervenções naturais ou humanas”.

No Brasil, o mosquito da dengue chegou a ser erradicado duas vezes

No início do século XX, o epidemiologista brasileiro Oswaldo Cruz comandou uma campanha intensa contra ele no combate à febre amarela.

Em 1958, a Organização Mundial da Saúde declarou o país livre do Aedes aegypti. Mas, como o mesmo não aconteceu em países vizinhos, o mosquito voltou a ser notado por aqui no fim da década de 60. Em 1973, foi erradicado novamente, retornando mais uma vez três anos mais tarde.

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