Bom dia, a Bolsa de Chicago inicia a semana em baixa nos principais ativos dando continuidade à correção da sexta-feira. O petróleo recua mais de 4%. No último pregão as commodities e as bolsas globais tiveram dia forte baixa enquanto o dólar subiu com expectativa de alta mais agressiva dos juros nos EUA.


O USDA reportou na sexta-feira a venda de 1,35 milhão de toneladas de milho para a China, sendo 735 mil durante a temporada 2021/22 e 612.000 durante a temporada 2022/23. Foi reportado também a venda de 144 mil toneladas de soja e 281 mil toneladas de milho para o México.

Os fundos foram majoritariamente compradores de commodities na CBOT na semana encerrada no dia 19 de abril, segundo o relatório de comprometimento de traders (COT). Na soja os fundos compraram 7.852 contratos, aumentando as posições compradas para 179.723 contratos. No milho as posições compradas foram aumentadas em 9.157 contratos, para 379.110 contratos. Os fundos reduziram as posições compradas no trigo de 16.639 contratos para 14.470 contratos.


A colheita de soja 2021/22 na Argentina atingiu 30,8%, registrando avanço semanal de 16,4 pontos percentuais, segundo a Bolsa de Cereales de Buenos Aires. Os maiores progressos foram registrados no Sul de Córdoba, Núcleo Sul e Norte de La Pampa. Com produtividade média de 3,22 toneladas por hectare, a estimativa de produção se mantém em 42 milhões de toneladas.


A colheita do milho 2021/22 na Argentina atingiu 23,2%, com avanço semanal de apenas 3,8 pontos percentuais. Com produtividade média de 6,59 toneladas por hectare, a estimativa de produção segue em 49 milhões de toneladas. O estresse hídrico e térmico sofrido em janeiro continua mostrando seu impacto na produtividade semana após semana, principalmente no plantio precoce. Por outro lado, grande parte dos lotes tardios e de segunda safra estão terminando seu ciclo fenológico.


O dólar opera em alta frente a outras moedas, com o dollar index no maior nível desde o início da pandemia da Covid-19, ainda repercutindo as falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sobre o potencial de uma alta de 50 pontos base na reunião de maio do FOMC.


No Brasil o dólar avançou 4,04% na sexta-feira, a R$5,8061, registrando a maior alta diária desde o início da pandemia da Covid-19 em março de 2020. Na semana o avanço foi de 2,33%. A alta veio após as falas do presidente do Fed em uma alta mais agressiva dos juros nos EUA em meio a inflação recorde no país. No cenário local o presidente do Banco Central, Campos Neto, disse que o Copom está pronto para ajustar o tamanho de seu ciclo de aperto no caso de choques inflacionários maiores ou mais persistentes do que o esperado. Campos Neto disse que o BC avalia que o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais e que persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide. “O Copom ressalta que seus futuros passos de política monetário poderão ser ajustados para garantir a convergência da inflação para suas metas e dependerá da evolução da atividade econômica, no balanço de riscos e nas expectativas e projeções de inflação para o horizonte relevante à política monetária”, afirmou.


As bolsas globais operam em baixa dando sequência ao recuo da sexta-feira após as falas de Powell.


No Brasil o Ibovespa caiu 2,86% na sexta-feira, aos 111.078 pontos, acumulando baixa de 4,39% na semana.


Os futuros do petróleo iniciam a semana com recuo de mais de 4%. Na última semana as cotações da commoditie recuaram quase 5% diante da perspectiva de menor crescimento global e preocupações sobre a demanda.


Os setores industrial e de serviços da zona do euro medido pelo índice de gerentes de compras (PMI) composto subiu para 55,8 pontos em abril, de 53,9 em março, para o maior nível em 7 meses, segundo a S&P Global. O PMI subiu de 55,6 para 57,7 pontos enquanto o PMI industrial recuou de 56,5 em março para 55,3 em abril.


No Brasil, tempo estável em boa parte do país nesta semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.


Na Argentina, tempo chuvoso na porção leste do país nesta semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo predominantemente estável em boa parte do Meio-Oeste nesta semana.

Previsão de Precipitação EUA, 5 dias, em polegadas.



Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

130

140

Jun 22

170

180

Jul 22

180

192

FARELO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

200

210

ÓLEO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

250

270

Golfo do México – EUA

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

110

115

Jun

112

116

Jul

104

110

MILHO

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

90

97

Jun

86

90

Jul

80

85

A arma contra o aquecimento global: um micróbio devorador de carbono

Por Rafael Arbulu, editado por André Lucena, Olhar Digital


Um micróbio unicelular capaz de isolar carbono naturalmente vem sendo pesquisado por cientistas como uma possível solução para o aumento de temperatura de acidificação dos oceanos – ambas, consequências do aquecimento global causado pelo homem.

De acordo com o estudo publicado na Nature Communications, essa nova espécie é abundante no mundo e, basicamente, faz a fotossíntese e produz um polímero rico em carbono que atrai outros micróbios, imobilizando-os. Então, essa espécie devora suas presas e abandona esse polímero, que vai afundar devido ao seu peso, ao fundo do oceano.

De acordo com a bióloga marinha responsável pelo estudo, a Dra. Michaela Larsson, é a primeira vez que esse comportamento é demonstrado em pesquisa.

O micróbio em questão – chamado Prorocentrum cf. balticum – é um fitoplâncton, segundo a especialista. Seres desse tipo são capazes de realizar fotossíntese, mas também de extrair nutrientes adicionais dissolvidos na água. Esse comportamento é similar em plantas da terra firme: ainda que todos os vegetais sejam capazes de se alimentar pela luz do Sol, algumas espécies – como as plantas carnívoras – engolem moscas e insetos para ampliar sua gama de nutrição.

O organismo de nosso estudo é um ser ‘mixotrófico’, então ele é capaz de devorar outros micróbios para ter uma dose concentrada de nutrientes, como se estivesse tomando um multivitamínico”, disse Larsson. “Ter essa capacidade de adquirir nutrientes de formas diferentes significa que esse micróbio pode ocupar grandes partes do oceano – incluindo aquelas sem nutrientes e, consequentemente, não indicada para outros fitoplânctons”.

A professora Martina Doblin, co-autora do estudo, disse que a descoberta da espécie de micróbio pode ser um diferencial no equilíbrio de dióxido de carbono (CO2) nos oceanos e na atmosfera. Por ano, esse ser unicelular pode afundar algo entre 0,02 e 0,15 gigatons de carbono. Combinando seu uso natural com outras soluções, nós poderíamos entrar no parâmetro mínimo de conservação climática estimado por especialistas – reduzir cerca de 10 gigatons de carbono por ano até 2050.

Esta é uma espécie inteiramente nova e, por isso, nunca havia sido descrita com esse volume de detalhes”, disse Doblin. “A implicação é a de que há mais carbono afundando no oceano do que nós imaginávamos, e talvez exista um potencial maior para que o oceano capture mais carbono de forma natural por esse processo, em lugares onde nós não imaginávamos haver essa possibilidade”.

O estudo deve continuar, agora avaliando a possibilidade de cultivar esse micróbio sintetizador de carbono em larga escala, além de analisar a capacidade de entregá-lo em águas oceânicas onde ele possa conduzir seu processo natural de alimentação.

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