Bom dia, a Bolsa de Chicago segue em alta nos principais ativos acompanhando o otimismo generalizado após decisão dos juros nos EUA e falas de Jerome Powell. Nos fundamentos o clima na América do Sul segue em foco, com a produção recorde no Brasil já ameaçada.

A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 8,96 bilhões em outubro de 2023, com crescimento de 140,1% na comparação com outubro de 2022, e a corrente de comércio diminuiu 10,1%, alcançando US$ 50,01 bilhões. Comparado a igual mês do ano anterior, as exportações caíram 0,7% e somaram US$ 29,48 bilhões. As importações caíram 20,9% e totalizaram US$ 20,53 bilhões. No acumulado Janeiro/Outubro 2023, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 0,3% e somaram US$ 282,47 bilhões. As importações caíram 12,2% e totalizaram US$ 202,26 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superavit de US$ 80,21 bilhões, com crescimento de 57,2%, e a corrente de comércio registrou queda de -5,3%, atingindo US$ 484,73 bilhões.

As exportações brasileiras de soja somaram 5,53 milhões de toneladas em outubro, contra 3,8 milhões de outubro de 2022. A média diária exportada ficou em 263 mil toneladas, contra 200 mil do mesmo período do ano passado. As exportações de milho somaram 8,45 milhões de toneladas em outubro, contra 6,78 milhões do mesmo período do ano passado, com média diária exportada de 402 mil toneladas, contra 357 mil do ano anterior.

A produção semanal de etanol de milho nos EUA subiu para 1.052 mil barris diários na semana encerrada no dia 27 de outubro, de 1.040 mil da semana anterior e do mesmo período do ano passado, segundo a Administração de Informação de Energia (EIA). Já os estoques recuaram de 21,398 milhões para 21,012 milhões de barris, contra 22,232 milhões do mesmo período do ano passado.

O plantio do milho 2023/24 na Argentina atingiu 23,4%, com avanço de apenas 1,4 ponto percentual (p.p.) na semana, segundo a Bolsa de Cereales de Buenos Aires. Na comparação com o ano anterior o plantio está 0,4 p.p. adiantado e na comparação com a média dos últimos 5 anos o plantio está 8,8 p.p. atrasado. As condições das lavouras tiveram melhora durante a última semana, com as lavouras em condições boas/excelentes subindo 15% para 20%, as em condições normais subiram de 61% para 67% e as em condições regulares/ruins recuaram de 24% para 13%. A colheita do trigo 2023/24 avançou 2,5 p.p. na semana, chegando a 9,3%. Por conta das secas e geadas recentes, a estimativa de produção foi reduzida em 800 mil toneladas, para 15,4 milhões de toneladas.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas antes do Payroll. Expectativa logo mais para o relatório de empregos Payroll, que deve mostrar a criação de 180 mil postos de trabalho nos EUA em outubro, com a taxa de desemprego se mantendo em 3,8%. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve manteve na quarta-feira, assim como esperado, a taxa básica de juros inalterada na faixa entre 5,25%-5,5% ao ano. O presidente do Fed, Jerome Powell, não retirou explicitamente da mesa os futuros aumentos das taxas. Ele reiterou que o Fed está avançando em um ritmo de reunião por reunião e que são necessários mais dados para mostrar que a inflação está caindo de forma sustentável. Ele disse que há um longo caminho a percorrer para que a inflação volte à meta de 2% do Fed. Powell também disse que os decisores políticos do banco central reconhecem que os efeitos dos seus aumentos de taxas ainda não foram totalmente sentidos na economia e que querem reservar algum tempo para avaliar o impacto, outra razão pela qual o Fed poderá não se sentir obrigado a aumentar as taxas tão cedo.

No Brasil o dólar recuou 1,34% na quarta-feira, a R$ 4,9730, acompanhando o exterior com Fed. Na quarta-feira, após o fechamento dos mercados, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano. O Copom fez as seguintes considerações: “O ambiente externo mostra-se adverso, em função da elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos, da resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em diversos países e de novas tensões geopolíticas. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário exige atenção e cautela por parte de países emergentes; Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, mas segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta de inflação, enquanto as medidas mais recentes de inflação subjacente ainda se situam acima da meta para a inflação; O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções; Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 12,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e o de 2025; Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O Comitê enfatiza que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

As bolsas globais operam próximo à estabilidade nesta sexta-feira, caminhando para a melhor semana desde março após decisão do Fed.

Os futuros do petróleo também seguem em alta repercutindo a decisão dos juros nos EUA.

No Brasil, tempo chuvoso em boa parte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso em boa parte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo predominantemente estável durante o fim de semana.

Previsão de Precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

45

55

Fev24

-40

-25

Mar24

-80

-66

FARELO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

27

30

ÓLEO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

-16

-10

Golfo do México – EUA

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

76

80

Dez

62

66

Jan

64

69

MILHO

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

83

88

Dez

73

80

Jan

60

64

Menor acelerador de partículas do mundo tem dimensões de um grão de poeira

Pesquisadores alemães miniaturizaram um acelerador de partículas em um chip, reduzindo drasticamente seu tamanho em comparação com os gigantescos aceleradores tradicionais. Essa inovação tem o potencial de revolucionar a medicina, permitindo a administração direcionada de radioterapia em tratamentos contra o câncer e outras aplicações avançadas, embora os cientistas busquem ainda aumentar a energia e a corrente dos elétrons no chip.

Por Ademilson Ramos, Engenharia É

Por mais de uma década, os pesquisadores têm perseguido a miniaturização de aceleradores de partículas, tipicamente utilizando raios laser para impulsionar elétrons. Essa busca pela miniaturização é crucial devido às vastas aplicações dos aceleradores de partículas em indústrias, pesquisa científica e assistência médica. No entanto, essas máquinas frequentemente ocupam muito espaço e requerem grandes instalações de pesquisa, resultando em custos significativos.

Tomás Chlouba e sua equipe na Universidade Friedrich-Alexander, na Alemanha, alcançaram um marco notável ao desenvolver um microacelerador de partículas integrado em um chip. Este microacelerador é notavelmente compacto, com apenas 500 micrômetros de comprimento e 225 nanômetros de largura, em comparação com o colossal Grande Colisor de Hádrons (LHC) na Europa, que possui 27 quilômetros de extensão. Surpreendentemente, o microacelerador conseguiu aumentar a energia dos elétrons de 28,4 quiloelétron-volts (keV) para 40,7 keV, resultando em um aumento de 43% na energia.

Essa conquista da miniaturização de aceleradores de partículas em chips abre portas para aplicações inovadoras, como a possibilidade de administrar radioterapia de forma direcionada em áreas específicas do corpo, destacando seu potencial revolucionário nos tratamentos médicos, particularmente no combate ao câncer.

Os pesquisadores combinaram duas técnicas para acelerar partículas em curtas distâncias: a focalização de fase alternada, que utiliza um laser para guiar elétrons e injetar energia, e um sistema de nanoestruturas geométricas em forma de pilar que focaliza e liberta repetidamente ondas eletrônicas. Esta inovação abre caminho para aplicações médicas mais avançadas, mas a equipe pretende aumentar o ganho de energia e a corrente dos elétrons, talvez expandindo as estruturas ou utilizando múltiplos canais próximos.

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