Bom dia, a Bolsa de Chicago opera mista com o mercado repercutindo a área de plantio 2024/25 dos EUA.
No 100o Agricultural Outlook Forum, o USDA projetou a área de soja 2024/25 dos EUA em 87,5 milhões de acres, acima dos 83,6 milhões da safra anterior. A perspectiva da soja nos EUA para 2024/25 inclui maiores ofertas, uso e estoques finais, e preços mais baixos em comparação com o ano anterior. A oferta de soja está projetada em 4,8 bilhões de bushels, 8% acima de 2023/24, com aumento dos estoques iniciais e da produção. Para o milho a área foi reduzida para 91 milhões de acres, de 94,6 milhões da safra anterior. A perspectiva do milho dos EUA para 2024/25 é de menor produção, maior uso interno, aumento das exportações e maiores estoques finais. A safra de milho está projetada em 15,040 bilhões de bushels, uma queda de cerca de 2% em relação ao recorde do ano anterior. A área de trigo também deve ter recuo, de 49,6 milhões para 47 milhões de acres. A perspectiva para 2024/25 para o trigo dos EUA é de aumento da oferta, maior uso total e estoques finais mais elevados. A produção de trigo dos EUA está projetada cinco por cento acima de 2023/24, em 1,900 bilhão de bushels, e seria a maior colheita em cinco anos.
O esmagamento de soja nos EUA foi de 185,78 milhões de bushels em janeiro de 2024, abaixo dos 195,33 milhões processados em dezembro, porém acima dos 179 milhões esmagados em janeiro de 2023, segundo a Associação Nacional de Processadores de Oleaginosas (NOPA). O número veio abaixo do esperado pelos analistas, que era de 189,93 milhões de bushels. Os estoques de óleo de soja subiram de 1,36 bilhão para 1,507 bilhão de libras-peso, contra 1,83 bilhão do mesmo período do ano passado.
As condições das lavouras de soja 2023/24 na Argentina tiveram melhora durante a última semana, com as lavouras em condições de normal a excelente subindo de 78% para 81%, enquanto as lavouras em condições regulares/ruins caíram de 22% para 19%. A condição hídrica também melhorou durante a última semana, agora com 73% das lavouras em condições adequadas/ótimas.
As condições das lavouras de milho 2023/24 da Argentina tiveram leve piora durante a última semana, com as lavouras em condições de normal a excelente caindo de 85% para 83%, enquanto as lavouras em condições ruins subiram de 15% para 17%.
O dólar opera em alta frente a outras moedas. As vendas no varejo dos EUA recuaram 0,8% em janeiro ante dezembro, para US$700,3 bilhões, segundo o Departamento de Censo. O recuo veio bem maior do que o esperado pelos analistas, que era de 0,2%. Na comparação com janeiro de 2023 as vendas tiveram crescimento de 0,6%. Os dados de novembro e dezembro de 2023 foram revisados de 0,5% para 0,6% e de 0,3% para 0,4%, respectivamente.
No Brasil o dólar sobe, na casa dos R$4,98. Ontem a moeda caiu 0,07%, a R$4,9680. A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,8% em 2023, o que representa uma queda de 1,8 ponto percentual (p.p.) frente à média do ano anterior. Regionalmente, 26 das 27 unidades da federação (UFs) registraram queda nesse indicador, com destaque para o Acre (-4,9 p.p.), o Maranhão (-3,5 p.p.) e o Rio de Janeiro e Amazonas (ambos -3,2 p.p.). Por outro lado, o único estado onde a taxa de desocupação cresceu foi Roraima (1,7 p.p.). No país, a população desocupada no ano totalizou 8,5 milhões de pessoas, caindo 1,8 milhão (-17,6%) frente a 2022. Nesse período, 25 UFs registraram queda no número de desocupados. Enquanto Mato Grosso do Sul se manteve estável (0,0%), em Roraima, o número de pessoas em busca de trabalho cresceu 38,5% no ano. As maiores quedas nesse contingente foram registradas no Acre (-45,7%), no Espírito Santo (-34,1%) e no Maranhão (-29,7%). A população ocupada do país chegou ao maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, ao atingir 100,7 milhões de pessoas em 2023. Esse número representa um crescimento de 3,8% na comparação com o ano anterior. Houve aumento desse indicador em 22 UFs, com destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%). Em 2023, seis estados responderam por cerca de 60% da ocupação do país: São Paulo (24,3%), Minas Gerais (10,7%), Rio de Janeiro (8,1%), Bahia (6,0%), Paraná (5,9%) e Rio Grande do Sul (5,8%). O nível da ocupação do país (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022 (56,0%). As maiores proporções foram registradas em Santa Catarina (65,9%), Goiás (64,7%) e Mato Grosso (64,7%). Já as menores estavam no Acre (45,7%), no Rio Grande do Norte (46,6%) e no Maranhão (46,7%).
As bolsas globais operam em alta nesta sexta-feira.
Os futuros do petróleo recuam com perspectivas de demanda mais fraca compensando esperanças de corte nos juros.
No Brasil, tempo chuvoso em boa parte do país até a próxima semana.
Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.
Na Argentina, tempo predominantemente estável até a próxima semana.
Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.
Prêmios *referente ao dia anterior
Paranaguá
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
-125 |
-111 |
Mar 24 |
-101 |
-90 |
Mai 24 |
-71 |
-60 |
FARELO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
9 |
13 |
ÓLEO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
-9 |
-2 |
Golfo do México – EUA
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
74 |
77 |
Mar |
72 |
76 |
Abr |
68 |
72 |
MILHO |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
58 |
62 |
Mar |
61 |
65 |
Abr |
52 |
56 |
Como polvos antárticos vivem nas águas mais geladas do mundo sem congelar?
Apesar do frio extremo, os polvos antárticos vivem muito bem sob o mar da Antártida
Por João Velozo, editado por Bruno Ignacio de Lima, Olhar Digital
A vida sob o gelo da Antártida não é fácil. Com temperaturas que variam de -2°C a 10°C e uma cobertura permanente de gelo por boa parte do continente, o continente austral pode não parecer o melhor lugar do mundo para se viver. Apesar de tudo, a vida, principalmente a invertebrada, prospera sob a superfície fria do mar antártico e animais como os polvos vivem relativamente bem. Mas como é possível viver em um ambiente tão hostil?
Como não congelam abaixo de 0°C?
Para responder a essa pergunta, uma equipe internacional, liderada pelo neuro-biólogo Gaddiel Galarza-Muñoz da universidade de Porto Rico resolveu olhar para os polvos antárticos do gênero Pareledone. Para entender melhor como esses animais sobrevivem ao frio intenso e meses de escuridão no polo sul, os cientistas analisaram uma curiosa mudança molecular que seria a chave para entender a vida desses animais.
Enzimas são proteínas especializadas produzidas pelo corpo para cumprir funções específicas. Elas funcionam acelerando e facilitando reações químicas que são vitais para a manutenção da vida. A história biológica das enzimas está diretamente ligada com a evolução da vida na terra. Codificadas pelos genes e sintetizadas dentro das células nos organismos vivos, cada enzima é altamente específica com relação às substâncias com as quais interage.
Porém, enquanto as enzimas são cruciais na manutenção do funcionamento celular, elas são extremamente suscetíveis as condições ambientais. Altas temperaturas, variações extremas de pH e substâncias químicas específicas podem desnaturar as enzimas, comprometendo sua estrutura tridimensional e, consequentemente, sua capacidade catalítica. Esse processo de destruição ou inativação enzimática é muitas vezes reversível sob condições mais favoráveis, mas em alguns casos, pode levar à perda permanente da função enzimática.
Sendo assim, para entender como os polvos antárticos vivem em águas congelantes, o melhor lugar para se olhar são as enzimas; o frio reduz a taxa de atividade enzimática em 30 vezes, e ainda assim os polvos permanecem vivos e saudáveis.
Para desvendar esse mistério, a equipe interinstitucional de pesquisadores concentrou-se em uma das enzimas mais importantes do sistema nervoso – a bomba de íons sódio-potássio. Esta proteína fica na membrana celular, bombeando íons sódio para fora da célula e trazendo íons de potássio para dentro, um processo crucial para devolver os neurônios ao “repouso” após a atividade.
Para entender quais as diferenças entre os processos dos polvos antárticos, os pesquisadores analisaram primeiramente como as bombas de sódio-potássio funcionavam nos polvos Octopus bimaculatus, uma espécie similar, mas que habita águas mais quentes. Embora as bombas fossem em grande parte iguais, havia algumas diferenças entre as duas.
Ao comparar ambos processos a equipe descobriu 12 mutações que conferiam tolerância ao frio, para os pesquisadores essas mudanças afetam como parte da bomba se movimenta na membrana celular. Eles acreditam que nos polvos antárticos a bomba se move com menos arrasto na membrana, permitindo que ela funcione de forma mais eficaz mesmo sob condições difíceis.
A pesquisa, que foi publicada no Proceedings of The National Academy of Sciences, traz uma nova maneira de olhar para as espécies que vivem em ambientes extremos como os polvos antárticos vivem. Além de trazer uma nova abordagem para estudarmos como esses animais evoluíram e prosperaram mesmo sob temperaturas tão congelantes.
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