Informativo de Mercado, Sexta-feira – 19 de Abril de 2024

Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em alta nos principais ativos tentando recuperar parte das baixas recentes.

A colheita de soja 2023/24 na Argentina atingiu 13,9%, registrando avanço semanal de 3,2 pontos percentuais, segundo a Bolsa de Cereales de Buenos Aires. Por conta das chuvas recentes, há um atraso de 22 pontos percentuais na comparação com a média dos últimos 5 anos. A colheita do milho 1^a safra chegou a 18,9%, contra 22,5% do mesmo período do ano passado e 43,5% da média. As condições hídricas tiveram melhora durante a última semana, porém aumentou também as lavouras com excesso de umidade.

A colheita de milho 2023/24 na Argentina chegou a 17,2%, com rendimento médio de 8,79 toneladas por hectare. Com 64% da área total reportando condição entre normal e excelente, a estimativa de produção segue em 49,5 milhões de toneladas, o que significa uma redução em termos absolutos de 7 milhões de toneladas em relação à projeção inicial.

O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA, com números dentro do esperado para a soja e milho. Na semana encerrada no dia 11 de abril, as vendas de soja 2023/24 foram de 486 mil toneladas, contra 305 mil da semana anterior cancelamentos de 28 mil toneladas do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de soja dos EUA somam 41,28 milhões de toneladas, contra 50,1 milhões do mesmo período da temporada anterior. As vendas 2024/25 foram de 263 mil toneladas, acumulando 734 mil toneladas na temporada futura.

As vendas de milho 2023/24 dos EUA foram de 501 mil toneladas, contra 325 mil da semana anterior e 312 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de milho dos EUA somam 44,68 milhões de toneladas, contra 38,05 milhões do mesmo período da temporada 2022/23. As vendas 2024/25 foram de 65 mil toneladas, acumulando 1,83 milhão de toneladas na temporada futura.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas, realizado lucros das altas recentes. As vendas de casas existentes nos EUA caíram 4,3% em março ante fevereiro, para taxa sazonalmente ajustada de 4,19 milhões de unidades, de acordo com a Associação Nacional de Corretores de Imóveis (NAR). Entre as quatro principais regiões dos EUA, as vendas caíram no Centro-Oeste, Sul e Oeste, mas aumentaram no Nordeste pela primeira vez desde novembro de 2023. Ano após ano, as vendas diminuíram 3,7%. O preço médio de venda de casas existentes aumentou 4,8% em relação a março de 2023, para US$ 393.500, o nono mês consecutivo de ganhos de preços ano a ano e o preço mais alto de todos os tempos para o mês de março. O estoque de casas existentes não vendidas cresceu 4,7% em relação ao mês anterior, para 1,11 milhão no final de março, ou o equivalente a 3,2 meses de oferta no atual ritmo de vendas mensais. “Apesar de terem recuperado dos mínimos cíclicos, as vendas de casas estão estagnadas porque as taxas de juro não registaram grandes alterações”, disse o economista-chefe da NAR, Lawrence Yun. “Há quase seis milhões de empregos a mais agora em comparação com os níveis pré-COVID, o que sugere que existem mais aspirantes a compradores de casas no mercado.”

No Brasil o dólar sobe com a escalada nas tensões entre Irã e Israel. Ontem a moeda subiu 0,12%, a R$ 5,2497. Além dos juros nos EUA e tensão Irã-Israel, o mercado repercute a piora da percepção de risco fiscal no Brasil. Depois de afrouxar a meta fiscal, análise da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado mostrou que o governo precisaria de um superavit anual de 1,5% do PIB para diminuir os riscos da economia brasileira e conter a trajetória da dívida pública. “O objetivo do governo era atingir, em 2026, um superavit de 1% do PIB. Isso foi postergado para 2028. Para estabilizar a relação entre dívida e PIB, seria preciso um superavit anual de 1,5%”, afirmou o relatório. A inflação medida pelo O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,33% em abril, segundo a FGV-Ibre. No mês anterior, a taxa havia sido -0,17%. Com esse resultado, o índice acumula queda de 0,73% no ano e de 3,81% em 12 meses. Em abril de 2023, o índice caiu 0,58% no mês e acumulou queda de 1,90% em 12 meses. “Embora algumas commodities significativas no índice ao produtor, como a soja, estejam experimentando um aumento de preços, um amplo conjunto de outras commodities, incluindo minério de ferro, feijão e milho, apresenta uma tendência de queda. Essa divergência contribui para que o IPA e o IGP continuem a registrar quedas em suas taxas de variação. Contudo, novas incertezas nos cenários doméstico e internacional poderiam reverter essa tendência de desaceleração, especialmente com um possível aumento nos preços dos combustíveis, afetando tanto o índice ao produtor quanto ao consumidor”, conforme análise de André Braz, economista do FGV IBRE.

As bolsas globais voltam a recuar após com a escalada nas tensões no Oriente Médio após ataque de mísseis de Israel contra o Irã.

Os futuros do petróleo passam a recuar após chegar a subir mais de 4% durante a madrugada após investida de Israel contra o Irã.

No Brasil, tempo chuvoso em parte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso em boa parte das regiões produtoras até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo predominantemente estável no Meio-Oeste durante o fim de semana.

Previsão de Precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Atividade vulcânica em Io: Uma jornada de 4,57 bilhões de anos

Io, lua de Júpiter, possui atividade vulcânica por 4,57 bilhões de anos, revelada por análise atmosférica detalhada.

Por Hugo Manoel, Engenharia É

A lua Io, orbitando Júpiter, mantém uma atividade vulcânica contínua por impressionantes 4,57 bilhões de anos, desde os primórdios do Sistema Solar. Esta revelação, alcançada por uma equipe de cientistas, emerge de uma análise meticulosa da atmosfera do satélite joviano em busca de vestígios de enxofre e cloro.

A dinâmica vulcânica em Io é uma consequência direta das complexas interações gravitacionais entre Júpiter e suas luas mais próximas, Europa e Ganimedes. Este intricado balé gravitacional gera poderosas forças de maré no interior de Io, impulsionando assim o fenômeno vulcânico.

No entanto, o enigma que intrigava os cientistas era a extensão temporal dessa exposição de Io à influência gravitacional de Júpiter e suas companheiras. Esta é uma questão desafiadora, dada a constante renovação da superfície lunar por fluxos de lava, que ocultam qualquer estrutura geológica mais antiga, conferindo-lhe uma aparência de juventude.

Em um esforço para desvendar o passado vulcânico de Io, os pesquisadores empregaram o telescópio ALMA para examinar pistas potenciais na atmosfera lunar. Sua busca focou em moléculas contendo radioisótopos de enxofre e cloro, elementos particularmente suscetíveis a variações isotópicas. A análise revelou um ciclo de reciclagem de compostos dentro de Io e em sua atmosfera, resultando na perda de até 96% dos isótopos leves de enxofre.

Este achado sugere que Io experimentou atividade vulcânica ao longo de bilhões de anos, desde sua formação. “Esta é uma forte confirmação de previsões anteriores”, comentou Katherine de Kleer, líder do estudo.

Os próximos passos da pesquisa visam desvendar se Io já foi mais frio e se passou por mudanças significativas devido ao vulcanismo. “Gostaríamos de explorar se Io já possuía um oceano de água e uma crosta de gelo, semelhantes às suas vizinhas Europa e Ganimedes, que podem ter sido perdidos devido ao vulcanismo ou outros processos”, concluiu de Kleer.

Esses esforços prometem desvendar ainda mais os mistérios da evolução geológica das luas de Júpiter, ampliando nossa compreensão sobre a dinâmica e a história do Sistema Solar.

Fonte: Science, Space.com

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