Informativo de Mercado, Sexta-feira – 20 de Agosto de 2021

Boa tarde, a Bolsa de Chicago tem nova baixa em mais um dia de queda das commodities com retirada dos estímulos pelo Federal Reserve e preocupações com o avanço da variante delta da Covid-19 pelo mundo.

A colheita de milho 2020/21 na Argentina está praticamente finalizada, com 98,1% colhido, em linha com os anos anteriores, segundo a Bolsa de Cereales de Buenos Aires. Com produtividade média de 7,87 toneladas por hectare, a estimativa de produção segue em 50,5 milhões de toneladas.

As condições hídricas das lavouras de trigo 2021/22 da Argentina estão com 43,5% dos 6,5 milhões de hectares semeados em condições entre regulares e de seca. A condição de cultivo do trigo caiu 7,9 pontos percentuais durante a última semana devido ao estresse hídrico e térmico. Atualmente, mais de 74% das lavouras estão em estádio desde o perfilhamento em adiante.

O Pro Farmer Crop Tour encontrou produtividade de 190,76 bushels por acre em Iowa, contra 177,81 do ano anterior e 182,95 da média dos últimos 3 anos. Em Minnesota a produtividade ficou em 177,44 bu/ac, contra 195,08 do ano anterior e 181,37 da média. A contagem de vagens de soja na área de 3 pés quadrados foi de 1.217,8 em Iowa, contra 1.146,3 do ano anterior e 1.154,07 da média, e em Minnesota 1.027,33 contra 1.085,84 de 2020 e 1.047 da média. Os números finais do crop tour serão divulgados hoje.

O USDA reportou ontem a venda de 263.000 toneladas de soja 2021/22 para a China e 148.590 toneladas de milho 2021/22 para o México.

Fundos vendedores ontem estimados em 17.500 contratos de soja, 13.500 contratos de milho, 7.500 contratos de trigo, 7.000 contratos de óleo de soja, 4.000 contratos de farelo de soja.

As importações de soja brasileira pela China somou 7,88 milhões de toneladas em julho, contra 8,18 milhões do mesmo período do ano anterior, segundo a Administração Geral das Alfândegas da China. Em julho, as importações de soja da China de todas as origens totalizaram 8,67 milhões de toneladas, uma queda de 14,1% em relação ao ano anterior.

O número de mortos em todo o mundo causados pelo novo coronavírus (Covid-19) subiu para 4.407.917 hoje, de 4.397.871 até ontem, com 210.224.392 casos confirmados. Desde ontem são quase 700.000 novos casos confirmados. Em todo o mundo já foram administradas 4.843.212.375 de vacinas contra a Covid-19, contra 4.817.426.060 do dia anterior.

No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 20.494.212 hoje, de 20.457.897 até ontem, segundo o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 572.641, de 571.662 até ontem. O número de pacientes recuperados somam 19.393.047, de 19.362.990 do dia anterior. Balanço da vacinação contra Covid-19 aponta que o Brasil já aplicou a primeira dose da vacina em 120.228.060 pessoas, o que representa 56,78% da população brasileira, e 53.437.018 pessoas (25,24% da população do país) já estão completamente imunizadas com a segunda dose ou com a dose única.

O dólar opera com leve alta frente a outras moedas.

No Brasil a moeda passa a recuar com movimento de realização das altas recentes. Mais cedo a moeda chegou a subir próximo dos R$5,47 mas já opera próximo dos R$5,40. Ontem a moeda subiu 0,87%, a R$ 5,4220. O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar totalmente o artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que definia regras para formação do Fundo Eleitoral. O novo valor do fundo será definido na votação do Orçamento Geral da União. A equipe econômica defende um valor de R$ 2,1 bilhões, que seria a correção do último valor pela inflação. O presidente tem até o dia de hoje para oficializar a decisão. O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu ontem a colaboração de outros poderes para que o projeto do Auxílio Brasil, novo programa social do governo “exequível” diante da previsão de aumento dos precatórios em 2022. “Tem coisa muito importante acontecendo agora, vacinação em massa, retorno seguro ao trabalho, fazer um programa social que caiba nos orçamentos públicos, que seja exequível, ter a colaboração de outros poderes como houve no início do ano um acordo político que não cabia no orçamento; É inexequível, vai parar Brasília se tiver que pagar isso com as leis vigentes. Se fizer uma reforma da LRF, se fizer reforma do teto, é outra coisa. É como se eu dissesse o seguinte: para cumprir minhas funções constitucionais, eu preciso desse parcelamento”, disse Guedes.

As bolsas globais opera majoritariamente em alta após as baixas da semana.

Os futuros do petróleo seguem recuando com Fed e variante delta.

As vendas do varejo do Reino Unido recuaram 2,5% em julho ante junho, após alta de 0,2% em junho (revisado de +0,5%), segundo a Agência Nacional de Estatísticas. O resultado contrariou a expectativa dos analistas, que previam alta de 0,4% no período.

No Brasil, tempo chuvoso em parte do Sul até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo predominantemente estável até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo chuvoso em boa parte do Meio-Oeste durante o fim de semana.

Previsão de Precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.

A agência de meteorologia dos EUA (NOAA) atualizou ontem os mapas climáticos de longo termo, com previsão de chuvas de normal a abaixo da média e temperaturas acima da média nas regiões produtoras de soja e milho, favorecendo os trabalhos de colheita.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

China vai construir usina espacial para captar energia solar

Ricardo Isídio, via nexperts, Tecmundo

A China construirá uma estação espacial que vai servir de usina para captar grandes quantidades de raios solares e atender às necessidades de energia na Terra. O projeto orbital tem como proposta aproveitar o Sol como uma fonte de energia renovável e limpa, com funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana. Para isso, foi desenvolvida uma tecnologia capaz de receber e enviar do espaço um feixe de luz para converter em eletricidade.

A instalação experimental teve início em 2018, com construções preliminares na vila de Heping, distrito de Bishan, localizado no sudoeste do país. Contudo, na época, o programa nacional de energia solar estimado em 100 milhões de yuans (US$ 15,4 milhões) foi interrompido em razão de seu alto custo, viabilidade e segurança da tecnologia.

A retomada aconteceu em junho de 2021, com o objetivo do governo em se tornar neutro em matrizes de carbono até 2060 — meta que contou com o apoio do setor. O programa está previsto para ser concluído até o final do ano.

Pesquisadores já conduziram testes em um balão a 300 metros de altitude. Quando a infraestrutura estiver pronta, a expectativa é a de receber a energia coletada a mais de 20 km da superfície através de um dirigível na estratosfera que servirá de local de uso duplo, para pesquisadores e militares.

O governo espera fornecer 1 megawatt de eletricidade até 2030 e aumentar sua capacidade de forma gradual. O objetivo final é chegar a 1 gigawatt — equivalente ao maior reator nuclear atual — em 2049, ano de comemoração ao 100º aniversário da República Popular da China.

No início do mês, o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) anunciou o financiamento de um programa semelhante, chamado Projeto de Energia Solar Baseado no Espaço (SSPP) e previsto para 2023. Tais empreitadas podem indicar uma nova fase da corrida espacial, com nações na busca pela dominância de fontes energéticas alternativas — sustentáveis e limpas — em face do debate em torno da questão ambiental.

O esforço global atrás dessa tecnologia visa também apresentar uma alternativa para usinas terrestres de energia solar, cuja eficiência depende das operações apenas durante o dia. Além disso, outro problema está no fato de a atmosfera refletir ou absorver quase metade da energia da luz solar.

Para atingir o sucesso esperado, o feixe de energia emitido da estrutura espacial precisará atingir a estação terrestre de modo mais eficiente e preciso. Essa funcionalidade ocorrerá através do disparo de uma energia concentrada e focalizada na forma de micro-ondas de alta frequência.

Um dos desafios será o de aprimorar sistemas de controle para manter a mira dos painéis solares, os quais podem sofrer pequenas vibrações. Na Terra, a usina terá uma área de 2 hectares (2 mil metros quadrados), cercada por uma zona 5 vezes maior onde os residentes locais não estarão autorizados a entrar por questões de segurança, pois os riscos da instalação não podem ser desconsiderados.

Dentre esses perigos está a radiação; estudos revelaram que pessoas não poderiam viver a menos de 5 km da estação terrestre, quando ela estiver com o máximo de sua capacidade de energia. Outros problemas potenciais seriam falhas de comunicação em transportes, pois o feixe baseado na frequência de microondas afetaria sinais de wi-fi.

Além da função principal, a tecnologia pode ser aplicada em outras áreas, como na alimentação de drones e postos militares remotos. Entretanto, críticos do projeto destacam que a novidade pode ser transferida para atividades bélicas, com o feixe de energia apontado para acompanhar e derrubar potenciais ameaças em movimento — mísseis hipersônicos ou aeronaves — ou ainda para causar um blecaute de comunicação em uma cidade inteira.

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