Bom dia, a Bolsa de Chicago volta a subir após a correção dos últimos pregões. O mercado segue acompanhando o clima nos EUA e a divulgação dos novos números da safra norte-americana do Pro Farmer Crop Tour.
A produção semanal de etanol de milho nos EUA subiu para 987 mil barris diários na semana encerrada no dia 19 de agosto, de 983 mil da semana anterior, segundo a Agência de Informação de Energia (EIA). Os estoques subiram de 23,446 milhões para 23,807 milhões de toneladas, contra 21,223 milhões do mesmo período do ano passado.
A safra de soja 2022/23 do Paraná, que começa a ser semeada no próximo mês, está estimada em 21,5 milhões de toneladas, contra 12,06%, ou um aumento de 78% em relação à safra anterior, segundo a SEAB/DERAL. A área plantada deve chegar a 5,73 milhões de hectares, contra 5,67 milhões da safra 2021/22. A safra de milho 1safra 2022/23, que já começou a ser semeada, deve chegar a 406 mil hectares, uma redução de 6% em relação à safra anterior. Já a produtividade deve chegar a 9,75 toneladas por hectare, projetando uma safra de 3,96 milhões de toneladas, contra 2,96 milhões da safra anterior.
O dólar opera com leve baixa frente a outras moedas. Expectativa hoje para o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no Simpósio de Política Econômica de Jackson Hole, em que deve dar pistas sobre os próximos passos do Fed para combate da inflação no país. As opiniões estão divididas sobre se o Fed aumentará as taxas em meio ponto percentual ou três quartos de ponto em sua próxima reunião de política monetária em setembro.
A economia dos EUA encolheu 0,6% no segundo trimestre de 2022 ante o primeiro, de acordo com a segunda estimava do Departamento de Análises Econômicas (BEA). No primeiro trimestre, o PIB real diminuiu 1,6%. A estimativa do PIB divulgada hoje é baseada em dados de fonte mais completos do que os disponíveis para a estimativa “preliminar” divulgada no mês passado. Na estimativa antecipada, a queda do PIB real foi de 0,9%. A atualização reflete principalmente revisões para cima nos gastos do consumidor e investimento em estoque privado que foram parcialmente compensadas por uma revisão para baixo no investimento fixo residencial.
No Brasil o dólar subiu 0,01% no dia de ontem, a R$ 5,1120. O Índice de Confiança do Consumidor brasileiro subiu 4,1 pontos em agosto, para 83,6 pontos, influenciado principalmente pela melhora das expectativas em relação aos próximos meses, segundo a Fundação Getulio Vargas. “Existe uma visão mais favorável sobre o ambiente econômico no curto prazo, que pode estar sendo influenciado pela melhora do mercado de trabalho e desaceleração da inflação. Isso contribui para o aumento do ímpeto de compras, que ocorre de forma mais intensa para as classes de renda mais altas. Embora o cenário político ainda possa gerar turbulências nesse cenário nos próximos meses.”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens. O Índice de Expectativas avançou 6 pontos, para 92,6 pontos, maior valor desde fevereiro de 2020. O Índice de Situação Atual subiu 1,4 ponto, para 71,7 pontos, maior resultado desde novembro de 2020.
As bolsas globais recuam antes do discurso de Powell.
Os futuros do petróleo sobem à espera do Fed e com recuo nos estoques dos EUA.
No Brasil, tempo estável predominantemente estável até a próxima semana.
Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.
Na Argentina, tempo chuvoso no Leste do país até a próxima semana.
Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.
Nos EUA, tempo chuvoso em parte das regiões produtoras durante o fim de semana.
Previsão de Precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.
Prêmios *referente ao dia anterior
Paranaguá
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
250 |
260 |
Out 22 |
195 |
205 |
Dez 22 |
110 |
125 |
FARELO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
200 |
210 |
ÓLEO DE SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
250 |
270 |
Golfo do México – EUA
SOJA |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
270 |
275 |
Out |
125 |
130 |
Nov |
118 |
125 |
MILHO |
COMPRADOR |
VENDEDOR |
Spot |
105 |
115 |
Out |
102 |
107 |
Nov |
101 |
105 |
Califórnia proíbe a venda de carros a combustão a partir de 2035; decisão pode influenciar o mercado automotivo global
Por Gabriel Sérvio, editado por André Lucena, Olhar Digital
O governo da Califórnia anunciou nesta quinta-feira, 25 de agosto, uma mudança que pode impactar toda a indústria automobilística em meio a transição para os veículos de emissão zero. O estado americano quer barrar as vendas de carros novos a combustão a partir de 2035 para reforçar o combate às mudanças climáticas, uma vez que os veículos a gasolina são as principais fontes de gases de efeito estufa.
Também há metas que devem ser cumpridas já nos próximos anos. Para 2026, por exemplo, o índice de carros elétricos vendidos no estado deve subir para 35% e 68% até 2030.
Segundo o The New York Times, trata-se do único governo do mundo a adotar a regra como lei até aqui. Ainda que países como o Canadá, Reino Unido, França, Espanha e Dinamarca, também já tenham traçado as suas metas de eliminar a venda de veículos novos a combustão, o que deve acontecer entre 2030 e 2040.
Com grande participação e influência no mercado automotivo não só americano como mundial, a decisão é um marco importante, visto que outros governos podem seguir a iniciativa em breve. Conforme a reportagem do jornal americano, é esperado que pelo menos 12 estados acompanhem a mudança, entre os principais estão: Nova York, Pensilvânia, Washington, Nova Jersey e Colorado.
No fim, é esperado que ao menos um terço do mercado automotivo americano seja afetado pela lei.
Nova legislação climática nos EUA
Vale ressaltar que a Califórnia anunciou a medida logo após o presidente Biden aprovar uma nova legislação climática nos EUA que prevê a injeção de US$ 370 bilhões em apoio aos programas de energia limpa e US$ 14 bilhões em incentivos fiscais para quem comprar carros elétricos novos ou usados.
Biden também assinou uma ordem executiva no ano passado para garantir que metade dos veículos vendidos nos Estados Unidos sejam elétricos até 2030 (atualmente, são apenas 6%). A meta é reduzir em 40% as emissões de carbono nos Estados Unidos até lá.
Tudo indica que a ideia é associar os projetos federais às novas regras anunciadas na Califórnia. O que já era previsto pelo governo Biden, que também afirmou que seriam necessárias políticas mais rígidas para atingir o objetivo.
O que dizem as montadoras
A General Motors, uma das gigantes do mercado americano, já havia confirmado no ano passado que não deve produzir mais veículos a combustão até 2035. Já a Ford, acaba de dispensar três mil funcionários, a maioria ainda atuava em projetos de carros a combustão.
A montadora também visa investir nos elétricos e já se comprometeu a divulgar em breve os seus planos de eletrificação.
Para John Bozzella, presidente da Alliance for Automotive Innovation, entidade que representa grandes montadoras que atuam nos EUA, a mudança será desafiadora. O executivo citou que alguns fatores serão decisivos para entender se o projeto é “realista e alcançável”, entre eles estão: a inflação, a infraestrutura de recarga, mão de obra, disponibilidade e preços de minerais e a escassez de semicondutores, que segue afetando diversos setores da indústria.
Segundo o executivo, a Califórnia precisa se preocupar ainda em impulsionar a capacidade dos EUA de obter minerais como o lítio e o cobalto, essenciais para a fabricação de baterias. Dessa forma, seria viável oferecer veículos elétricos por um preço mais baixo ao consumidor, aquecendo o mercado de EVs.
E no Brasil, como andam os planos de descarbonização automotiva?
Uma saída, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), é a aposta nos biocombustíveis. A fabricação e a venda de motores a combustão para países em desenvolvimento também continuará em alta no futuro, já que muitos não vão conseguir migrar tão rápido para os carros totalmente elétricos.
Outro desafio para o mercado automotivo nacional é o custo dos EVs e principalmente das baterias.
Em 2021, a associação também apresentou o “ANFAVEA: O Caminho da
Descarbonização do Setor Automotivo”, um estudo que revela o que esperar da motorização veicular do Brasil no futuro considerando a realidade do país.
Dentre as conclusões, ficou claro que o Brasil precisa se integrar aos esforços para reduzir a emissão de gases, o que já é realidade na indústria automobilística global. Dependendo das medidas adotadas por aqui, é esperado que os veículos leves eletrificados respondam por 12% a 22% das vendas em 2030 e de 32% a 62% em 2035. Hoje, como comparativo, esse índice é de apenas 2%.
Resultados que ainda vão depender de um investimento estimado de R$ 150 bilhões pelos próximos 15 anos em tecnologia e infraestrutura.
“É hora de unir esforços de todos os setores envolvidos com a cadeia de transporte terrestre no país e de todas as esferas do poder público para definir o que queremos. Só com essas definições de metas é que os investimentos corretos poderão ser feitos, colocando o Brasil em um caminho global que não tem mais volta, o da redução das emissões dos gases de efeito estufa”, avalia Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, no fim da análise realizada pela entidade.
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