Bom dia, a Bolsa de Chicago opera mista, com a soja e derivados em alta, milho e trigo em baixa antes do relatório do USDA. O USDA divulga hoje, às 14h00 (horário de Brasília), o relatório de Estimativas Globais de Oferta e Demanda Agrícola Global (WASDE), com expectativa de redução nos estoques de soja, milho e trigo 2021/22 dos EUA. Na safra do Brasil a estimativa de produção de soja deve ser reduzida de 134 milhões para 129 milhões de toneladas, e a de milho de 114 milhões para 113 milhões de toneladas. O USDA deve reduzir também a estimativa de produção da Argentina, em torno de 2 milhões de toneladas na soja e 1,5 milhão de toneladas no milho.


O USDA reportou ontem a venda de 193.000 toneladas de trigo duro vermelho de inverno 2022/23 para as Filipinas, 132.000 toneladas de soja 2022/23 para a China e 126.000 toneladas de soja 2021/22 para destinos desconhecidos.

Começa neste domingo o horário de verão nos EUA, onde os relógios serão adiantados em 1 hora. Com isso a CBOT passará a operar das 21:00 às 09:45 no pregão noturno e das 10:30 às 15:20 no pregão regular (horário de Brasília).

A colheita de soja 2021/22 no Paraná atingiu 53,38%, adiantado em relação à média dos anos anteriores, segundo a SEAB/Deral. As lavouras estão com 46% em boas condições, 30% em condições médias e 24% em condições ruins.


A colheita do milho 1a safra 2021/22 no Paraná atingiu 63,92%, bem adiantado em relação aos anos anteriores. Mesmo com área 17% maior em relação ao ano anterior, a produção deve recuar 11% por conta da estiagem, para 2,76 milhões de toneladas.


O plantio do milho 2a safra 2021/22 no Paraná atingiu 68,57% dos 2,632 milhões de hectares projetados para esta safra. As lavouras estão com 90% em boas condições, 9% em condições médias e 1% em condições ruins.


O dólar recua frente a outras moedas com realização de lucros das altas recentes.


No Brasil a moeda opera em baixa, na casa dos R$5,02. Ontem o dólar recuou 0,49%, a R$5,0537. A produção industrial brasileira mostrou contração de 2,4% em janeiro frente ao mês de dezembro de 2021 (série com ajuste sazonal), eliminando, dessa forma, parte da expansão de 2,9% registrada no mês anterior, segundo o IBGE. Já em relação a janeiro de 2021, houve recuo de 7,2%. Em doze meses, a indústria acumula alta de 3,1%. O recuo (-2,4%) na atividade industrial na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022 foi acompanhado por todas as quatro grandes categorias econômicas e pela maior parte (20) dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%) e indústrias extrativas (-5,2%), que haviam acumulado expansão de 18,2% e de 6,0%, respectivamente, nos dois últimos meses de 2021. Outras contribuições negativas relevantes vieram de bebidas (-4,5%), de metalurgia (-2,8%), de outros produtos químicos (-2,2%), de máquinas e equipamentos (-2,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%), de produtos de metal (-3,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-4,5%) e de produtos de minerais não-metálicos (-2,4%).


As bolsas globais têm dia de recuperação enquanto os traders seguem de olho na guerra na Ucrânia. Embora as negociações de cessar-fogo tenham produzido pouco progresso até agora, foi alcançado um acordo sobre a abertura de alguns corredores humanitários.

Os futuros do petróleo recuam com movimento de realização das altas recentes. O Instituto Americano de Petróleo estimou ontem que os estoques de petróleo bruto dos EUA tenham subido 2,8 milhões de barris durante a última semana, ante expectativa de recuo de 800 mil barris e após recuo de 6,1 milhões de barris na semana anterior.


A inflação ao consumidor da China medido pelo índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 0,6% em fevereiro ante janeiro, após alta de 0,4% em janeiro. Na comparação anual o CPI ficou estável em 0,9%. Já a inflação ao produtor da China subiu 8,8% em fevereiro na comparação anual, desacelerando da alta de 9,1% observada em janeiro.


No Brasil, tempo chuvoso no Centro-Norte e Sul amanhã.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.



Na Argentina, tempo chuvoso no Centro-Norte nos próximos dias.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

160

170

Abr 22

165

175

Mai 22

160

170

FARELO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

150

160

ÓLEO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

200

210

Golfo do México – EUA

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

125

130

Abr

122

127

Mai

110

115

MILHO

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

110

115

Abr

100

106

Mai

81

85

Mais de 50% da Amazônia está perto de virar savana, segundo estudo

Rafael Arbulu, Olhar Digital


Um estudo publicado no jornal científico Nature Climate Change indica que a Amazônia se aproxima de uma “virada irreversível”, onde 50% de seu volume florestal está perto de se tornar uma grande savana, devido a ações humanas que acabam engrandecendo o problema do aquecimento global.

Segundo trecho do estudo, esse tipo de transição traria “grande prejuízo à biodiversidade, mudar completamente padrões meteorológicos regionais e acelerar de forma dramática as mudanças climáticas” já nas próximas décadas.

Já não é de hoje que a região amazônica vem enfrentando problemas: de acordo com um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em novembro de 2021, o desmatamento da Amazônia teve alta de 22% em um ano, a maior já registrada desde 2006. Outra pesquisa – esta feita pelo Observatório do Clima em outubro de 2021 – afirma que a emissão de gases poluentes pelo Brasil em 2021 aumentarou em quase 10% – o único que destoa da média global, que viu níveis baixarem em virtude da pandemia da Covid-19.

O novo estudo considera que a Amazônia – tida como um dos mais importantes “poços de dióxido de carbono” do mundo, onde a vegetação absorve o gás e ajuda no controle da temperatura média da Terra – pode virar uma savana ao acabar perdendo essa capacidade de absorção, efetivamente aumentando o calor em 1,5º C (Celsius), um número que traria consequências mundiais bem desagradáveis.

Como cientista, eu não deveria sentir ansiedade. Mas depois de ler esse paper, eu estou mesmo muito, muito ansioso”, disse Carlos Nobre, cientista climático da Universidade de São Paulo (USP), não envolvido no estudo, ao Washington Post. “Esta pesquisa mostra que estamos caminhando na direção mais errada possível…se chegarmos nesse ‘ponto de virada’, bem, isso seria uma péssima notícia”.

Segundo a comunidade científica, a região amazônica tem potencial para mudar seu paradigma climático de uma hora para outra, o que é um detalhe importante. Enquanto outras áreas do mundo vêm piorando gradualmente ao longo de décadas, a Amazônia vem – a muito custo – se mantendo mais ou menos igual. Mas mesmo isso tem um limite.

Isso porque, tradicionalmente, a Amazônia vem brigando para não virar uma savana: a área vem garantindo sua existência por meio de suas próprias árvores, ou seja, a água evapora das folhas e cria condições para intensas chuvas, enquanto a “copa” da floresta impede que o Sol seque demais o chão, permitindo irrigá-lo.

Entretanto, ações humanas como o desmatamento sem fiscalização e o uso de maquinário que depende de combustível fóssil vem degradando a capacidade de “auto reciclagem” da floresta, contribuindo para o aumento da ocorrência de incêndios naturais cada vez maiores, que por sua vez destroem mais e mais terreno e assim por diante.

É como você sentar em uma cadeira. Se você encostar nela, consegue ‘descer’ até certo ponto, mas se não passar do limite, você volta”, explica Niklas Boers, matemático do Instituto Potsdam de Impacto das Mudanças Climáticas, que ajudou na condução da nova pesquisa. “Mas se você passar desse limite, você cai – cadeira e tudo. E é bem mais difícil de levantar depois da queda, do que a queda em si”.


No estudo, as imagens de satélite mostram que mesmo as áreas de densa floresta estão demorando mais tempo para se recuperar de perturbações se comparado a essa mesma habilidade há 20 anos. “A perda de resiliência que temos observado significa que nós provavelmente chegamos mais perto desse ponto crítico. Mas isso também significa que não estamos em uma área sem retorno, então há esperança”, disse Boers.

Chris Bolton, autor primário do estudo e cientista climático da Universidade de Exeter, disse que a possibilidade de inversão rápida da Amazônia em uma savana torna impossível determinar quando essa mudança de paradigma pode acontecer. Segundo ele, mesmo diante de uma desestabilização completa, o sistema ainda pode persistir de alguma forma natural até que uma força externa – um incêndio ou desmatamento humano, por exemplo – deem aquele “empurrão ladeira abaixo”, ele disse.

É como os desenhos do Coiote e o Papa-Léguas”, ele compara. “O coiote está correndo atrás do seu inimigo com tanta vontade que ele cai de um penhasco porque não percebeu que ‘acabou o chão’”.

A situação não deve melhorar, se considerarmos o lado humano da coisa: o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem usando a guerra russo-ucraniana como estopim para incentivar legisladores a autorizarem projeto de lei que permita a mineração de recursos naturais em terras indígenas, conforme pronunciamento feito por ele próprio na última quarta-feira (2 de março).

O problema é que, independente do produto desejado, a mineração traz diversos problemas ambientais de longo prazo, como a seca de lençóis freáticos ou o uso de agentes poluentes nas atividades comerciais – como o mercúrio, do qual um levantamento feito pela Universidade do Oeste do Pará mostrou que a atividade de garimpeiros, que vêm há anos despejando o material no Rio Tapajós, contribuiu para o aumento de mercúrio no sangue da população de Santarém, no estado, contemplada pela bacia amazônica.

O estudo busca, com tudo isso, enviar uma mensagem clara: “se tirarmos ao menos um desses fatores da equação, a minha intuição diz que o sistema seria capaz de se recuperar com o restante”, disse Bolton. “É exatamente isso que deveríamos dizer aos governos brasileiro, colombiano e peruano: parem o desmatamento agora”.

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