Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos devolvendo parte dos ganhos da véspera. Ontem o dia foi de bons ganhos para as commodities, com a alta do petróleo e condições climáticas nos EUA dando suporte às cotações. O tempo quente seco no Meio-Oeste nesta semana devem prejudicar as condições das lavouras até a próxima semana.


As condições das lavouras de soja 2022/23 dos EUA tiveram leve piora durante a última semana, com as lavouras em condições boas/excelentes caindo de 62% para 61%. A formação de vagens atingiu 14% das lavouras, contra 21% do mesmo período do ano passado e 19% da média dos últimos 5 anos.


As condições das lavouras de milho dos EUA ficaram estáveis com 64% em condições boas/excelentes, contra 65% do mesmo período do ano passado. O estádio de grão pastoso (R4) atingiu 6% das lavouras, contra 7% do mesmo período de 2020 e da média.


Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 363 mil toneladas na semana encerrada no dia 14 de julho, contra 358 mil da semana anterior e 144 mil do mesmo período do ano passado, segundo o USDA. Na temporada 2021/22 os embarques de soja dos EUA somam 52,54 milhões de toneladas, contra 57,93 milhões do mesmo período da temporada anterior. Os embarques de milho foram de 1,07 milhão de toneladas, contra 935 mil da semana anterior e 1,08 milhão do mesmo período de 2021. Na temporada os embarques de milho somam 50,3 milhões de toneladas, contra 60,37 milhões do mesmo período da temporada 2020/21.


O dólar opera em baixa frente a outras moedas com os analistas reduzindo as apostas sobre o quão agressivo o Federal Reserve será ao aumentar os juros em sua reunião no final deste mês. As apostas para uma alta de 1 ponto percentual para a próxima reunião caiu de 40% na última semana para 30% ontem, enquanto as apostas para uma alta de 0,75 ponto percentual subiu de 60% para 70%.


No Brasil a moeda voltou a subir ontem, encerrando o dia com alta de 0,37%, a R$5,4247. O Banco Central divulgou ontem a novo boletim de mercado Focus, com expectativa de menor inflação e maior crescimento da economia para este ano. As instituições financeiras reduziram a expectativa para a inflação deste ano de 7,67% para 7,54% e elevaram a expectativa para o crescimento do PIB de 1,59% para 1,75%. O dólar deve encerrar o ano em R$5,13 e a meta da taxa Selic em 13,75% ao ano. Para 2023 a expectativa para a inflação subiu de 5,09% para 5,20%, enquanto a expectativa para o crescimento da economia permaneceu em 0,5%. O dólar deve encerrar o próximo ano em R$5,10 e a meta da taxa Selic em 10,75% ao ano, alta de 0,25 ponto percentual em relação à semana anterior.


As bolsas globais operam sem sentido definido à espera de divulgação de resultados trimestrais de empresas.


Os futuros do petróleo recuam realizando parte dos ganhos de ontem. Ontem o dia foi de recuperação para a commoditie, que subiu em meio aos estoques globais apertados e com o dólar mais fraco dando suporte às cotações.


No Brasil, tempo chuvoso em parte do Sul hoje.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.



Na Argentina, tempo estável nesta semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.


Nos EUA, tempo predominantemente estável hoje.

Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.



Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

75

85

Ago 22

150

160

Out 22

195

205

FARELO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

200

210

ÓLEO DE SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

250

270

Golfo do México – EUA

SOJA

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

106

110

Ago

120

125

Set

150

153

MILHO

COMPRADOR

VENDEDOR

Spot

91

95

Ago

120

125

Out

105

109

Brasil testa trigo transgênico no Cerrado à medida que oferta global aperta com guerra na Ucrânia

Plantio teste está sendo feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); tentativa é tornar o país menos dependente de importações do cereal.

Por Reuters, Via G1


O Brasil passou a testar uma variedade de trigo geneticamente modificado e que é resistente ao clima seco para tentar se tornar menos dependente de importações do cereal à medida que a oferta global aperta com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

De acordo com o pesquisador Jorge Lemainski, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a agência fez uma parceria com a empresa argentina Bioceres, que desenvolveu esse tipo de trigo.

A Embrapa, então, recebeu a aprovação regulatória da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em março deste ano e começou a plantar a variedade do alimento em campos de teste perto de Brasília, no Cerrado, onde os agricultores tradicionalmente plantam soja e milho.

Os dados sobre o desenvolvimento do alimento poderão ser analisados daqui a dois meses, em agosto.

Plantio teste

O plantio de teste começou logo após a invasão da Rússia na Ucrânia, grande exportadora de grãos, que levou os preços do trigo a quase recordes. O Brasil é o maior exportador mundial de soja, mas é um importador líquido de trigo.

Cerca de 90% do alimento que o Brasil cultiva é do Sul, região com clima mais ameno. Plantar a safra mais ao norte poderia aumentar muito a quantidade de trigo cultivada no Brasil, enfatiza a Embrapa.

Uma pesquisa recente mostrou que mais de 70% dos consumidores no Brasil consumiriam trigo transgênico, um sinal de que a oposição às culturas geneticamente modificadas está diminuindo.

O governo do presidente Jair Bolsonaro, aliado do poderoso lobby agrícola brasileiro, gostaria de reduzir a dependência do país das importações de trigo da vizinha Argentina e aumentar as exportações do cereal do Brasil.

“Qualquer potencial plantio comercial de trigo transgênico pode demorar ainda cerca de quatro anos, com pendências de resultados de testes de plantio e aprovações regulatórias”, disse Lemainski.

“Uma coisa é fazer pesquisa e outra é fazer agricultura extensiva”, ressalta.

Problemas em tentativas

Tentativas anteriores de desenvolver trigo geneticamente modificado foram problemáticas. A empresa de sementes Monsanto engavetou os planos de desenvolver trigo geneticamente modificado nos Estados Unidos em 2004 devido a preocupações com a rejeição de compradores estrangeiros e temores de que as plantas de teste pudessem entrar no suprimento de alimentos.

O Japão parou de comprar trigo do Canadá em 2018, depois que grãos contendo uma característica geneticamente modificada foram descobertos na província de Alberta.

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