Informativo de Mercado, Terça-feira – 26 de Julho de 2022

Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em alta nos principais ativos. Ontem o dia foi de forte alta na CBOT, puxada pelo farelo de soja que subiu mais de 4% com o mercado de olho na crise na Argentina, que tem o peso argentino desvalorizado a nível recorde frente ao dólar. Com a deterioração do sentimento público a diferença entre o dólar oficial e paralelo chega a 150%. A inflação no país supera os 60% no ano. Com isso os agricultores argentinos seguem segurando a soja para se proteger da inflação e câmbio.

As condições das lavouras de soja 2022/23 dos EUA tiveram leve piora durante a última semana, segundo o USDA. As lavouras em condições boas/excelentes caíram de 61% para 59%, contra 58% do mesmo período do ano passado. A formação de vagens atingiu 26% das lavouras, contra 39% do mesmo período do ano passado e 34% da média dos últimos 5 anos.

As condições das lavouras de milho dos EUA também tiveram piora durante a última semana, com as lavouras em condições boas/excelentes caindo de 64% para 61%. O estádio de grão pastoso (R4) atingiu 13% das lavouras, contra 17% do mesmo período de 2021 e 15% da média.

Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 388 mil toneladas na semana encerrada no dia 21 de julho, contra 437 mil da semana anterior e 242 mil do mesmo período do ano passado, segundo o USDA. Na temporada 2021/22 os embarques de soja somam 53 milhões de toneladas, contra 58,17 milhões do mesmo período da temporada anterior. Os embarques de milho foram de 724 mil toneladas, contra 1,07 milhão da semana anterior e 1,25 milhão do mesmo período de 2021. Na temporada os embarques de milho dos EUA somam 51,03 milhões de toneladas, contra 61,63 milhões do mesmo período da temporada 2020/21.

O dólar opera em alta frente a outras moedas. Começa hoje a reunião de 2 dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, com expectativa de alta de 0,75 ponto base nos juros dos EUA, para faixa entre 2,25%-2,50% ao ano. Parte do mercado acredita em uma alta de até 1 ponto percentual nos juros para conter a inflação no país.

No Brasil a moeda iniciou a semana com forte baixa, encerrando o dia de ontem com recuo de 2,33%, a R$5,3697. O mercado segue de olho na reunião do Fed hoje e amanhã, onde os juros devem subir novamente. O Banco Central divulgou ontem o novo boletim de mercado Focus, com expectativa de menor inflação e maior crescimento da economia para este ano. As instituições financeiras reduziram a expectativa para a inflação deste ano de 7,54% para 7,30% e elevaram de 1,75% para 1,93% a expectativa para o crescimento do PIB. O dólar deve encerrar o ano em R$5,20 e a meta da Selic em 13,75% ao ano. Para 2023 a expectativa para a inflação subiu de 5,20% para 5,30% enquanto a expectativa para o crescimento do PIB caiu de 0,50% para 0,49%. O dólar deve encerrar o próximo ano em R$5,20 e a meta da Selic em 10,75% ao ano.

As bolsas globais operam majoritariamente em alta. Nos EUA as bolsas apontam abertura em baixa após o Walmart cortar perspectiva de lucro à medida que a inflação nos EUA força os consumidores a gastar mais em necessidades, como alimentos, e menos em itens como roupas e eletrônicos.

Os futuros do petróleo sobem com o aumento das preocupações sobre o aperto no fornecimento europeu depois que a Rússia cortou o fornecimento de gás através de um grande oleoduto.

No Brasil, tempo estável hoje. Uma massa de ar polar deve derrubar as temperaturas no Sul do país durante o fim de semana, com possibilidade de geadas.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, chove na porção leste nos próximos dias, com previsão de geadas.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo chuvoso no Meio-Oeste hoje.

Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Sonda chinesa revela fotos impressionantes de uma das luas de Marte

Por Rafael Arbulu, editado por Lucas Soares, Olhar Digital

Uma foto de Fobos, a maior lua de Marte, foi tirada pela sonda espacial Tianwen-1, da China, para marcar o segundo aniversário de sua missão de mapear toda a superfície do planeta vermelho – objetivo este que ele completou recentemente.

Originalmente, a sonda foi lançada em 23 de julho de 2020. A imagem abaixo foi capturada pela sua câmera de alta resolução, o mesmo instrumento que a Tianwen-1 usou para fotografar o rover chinês Zhurong, na superfície de Marte, em maio de 2021.

Fobos é a maior e mais interiorana das duas luas de Marte – a outra sendo a sua irmã menor, Deimos. Ambas foram descobertas em 1877 pelo astrônomo americano Asaph Hall e foram nomeadas a partir de divindades gregas: Fobos era filho de Ares, deus da guerra, e irmão gêmeo de Deimos. Ambos eram a personificação do medo e do terror.

A imagem acima não foi exatamente “fácil” de ser capturada: a Tianwen-1 teve que alterar a sua orientação, ao mesmo tempo em que precisou esperar pelo momento certo entre a sua órbita e a órbita da lua – não apenas as condições de luz tinham que ser ideais, mas o satélite e a sonda deveriam estar em relativa proximidade para facilitar o registro.

A sonda Tianwen-1 e o rover Zhurong fizeram juntos a jornada para Marte. O rover, no entanto, só foi pousar na superfície do planeta vermelho em 2021. Atualmente, o pequeno veículo está em modo de hibernação devido ao inverno atualmente presente no hemisfério norte do planeta vermelho.

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