Informativo de Mercado, Terça-feira – 31 de Outubro de 2023

Bom dia, a Bolsa de Chicago opera entre ganhos e perdas com a soja próximo à estabilidade com o mercado dividido entre o avanço da colheita nos EUA e clima na América do Sul.

A colheita de soja 2023/24 nos EUA atingiu 85% até domingo, contra 87% do mesmo período do ano passado e 78% da média dos últimos 5 anos, segundo o USDA.

A colheita do milho 2023/24 nos EUA chegou a 71%, contra 74% do mesmo período de 2022 e 66% da média.

Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 1,89 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 26 de outubro, contra 2,63 milhões da semana anterior e 2,59 milhões do mesmo período do ano passado, segundo o USDA. Na temporada 2023/24 os embarques de soja somam 9,95 milhões de toneladas, contra 10,23 milhões do mesmo período da temporada anterior. Os embarques de milho foram de 531 mil toneladas, contra 449 mil da semana anterior e 446 mil do mesmo período de 2022. Na temporada os embarques de milho dos EUA somam 4,95 milhões de toneladas, contra 4,22 milhões do mesmo período da temporada 2022/23.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas. Começa hoje a reunião de 2 dias do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve, para a decisão de política monetária dos EUA. A expectativa é de que Fed mantenha os juros inalterados na faixa entre 5,25%-5,5% ao ano.

No Brasil ontem o dólar subiu 0,69%, a R$ 5,0474, com o mercado ainda repercutindo as falas do presidente Lula, que disse que “dificilmente” o governo alcançará a meta de deficit zero em suas contas em 2024. Assim como nos EUA, começa hoje no Brasil a reunião de 2 dias do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), com expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, para 12,25% ao ano. O Banco Central divulgou ontem o novo boletim semanal de mercado Focus, com expectativa de menor inflação e crescimento do PIB para este ano. As instituições financeiras reduziram a expectativa para a inflação deste ano de 4,65% para 4,63% e reduziram de 2,90% para 2,89% a expectativa para o crescimento da economia. O dólar deve encerrar o ano em R$5,00 e a meta da taxa Selic em 11,75% ao ano. Para 2024 a expectativa para a inflação subiu de 3,87% para 3,90% enquanto a expectativa para o crescimento do PIB permaneceu em 1,5%. O dólar deve encerrar o próximo ano em R$5,05 e a meta da Selic em 9,25% ao ano, alta de 0,25 ponto percentual em relação à semana anterior.

As bolsas europeias operam em alta após inflação na zona do euro cair mais do que o esperado.

Os futuros do petróleo sobem recuperando parte da baixa da véspera.

A inflação ao consumidor da zona do euro medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI), subiu 0,1% em outubro ante setembro, após subir 0,5% em setembro, segundo a Eurostat. Na comparação anual o CPI desacelerou de 4,3% em setembro para 2,9% em outubro. Os dados vieram abaixo do esperado pelos analistas, que era de alta de 0,2% na base mensal e 3,1% na base anual.

No Brasil, o tempo segue chuvoso no Centro-Sul hoje.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso em boa parte do país nesta semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo predominantemente estável hoje.

Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

IBGE ajusta dados do Censo e chega a um novo total de habitantes do Brasil

Houve alteração na contagem de 566 municípios do país.

Por Cristina Boeckel, g1 Rio,

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou o número da população de acordo com o Censo 2022. Éramos 203.080.756 brasileiros até esta sexta-feira (27), ante os 203.062.512 habitantes da primeira divulgação de dados, em junho deste ano. São 18.244 pessoas a mais do que na primeira apuração, com alterações na população de 566 municípios do país.

De acordo com os dados coletados nos domicílios brasileiros, a população brasileira está mais velha e mais feminina. Além disso, a idade mediana da população brasileira atingiu 35 anos, aumentando 6 anos desde o Censo de 2010.

“Estamos em um processo de envelhecimento. Decerto não somos mais uma população jovem, mas ainda não somos uma população envelhecida”, destacou Izabel Marri, do IBGE.

Izabel comparou a pirâmide etária do Brasil com a de Angola, que é predominantemente jovem, e com a do Japão, que tem uma grande população de idosos. Ela destacou a semelhança deste perfil de população cada vez mais adulta com os Estados Unidos.

Claudio Stenner, diretor de Geociências do IBGE, definiu a importância dos dados para a definição de políticas públicas de desenvolvimento sustentável e para conhecer os habitantes do Brasil.

“Toda informação que defina o Brasil é importante para definir uma média, mas é importante perceber o Brasil como um país muito heterogêneo nas mais diversas escalas”, afirmou Claudio.

Recorte por idade

No ano passado, o total de pessoas com 65 anos ou mais de idade no país chegou a 22.169.101 pessoas, o que representa 10,9% da população, uma alta de 57,4% frente a 2010, quando esse contingente era de 14.081.477 pessoas, ou 7,4% da população.

O total de crianças com até 14 anos de idade no Brasil recuou de 45.932.294 (24,1%) em 2010, para 40.129.261 (19,8%) em 2022, o que representa uma queda de 12,6%.

“Todas as regiões do Brasil já iniciaram a transição demográfica com a redução da fecundidade. Mas cada uma tem seu tempo nesse processo. O Norte é a região que começou mais tarde e ainda apresenta uma transição com população mais jovem. Sul e Sudeste são as populações mais envelhecidas do Brasil”, disse Izabel Marri.

De acordo com os dados, na Região Norte 25,2% da população tinha até 14 anos no ano passado. O Nordeste vinha a seguir, com 21,1%.

No Sudeste e no Sul, 12% dos habitantes tinham 65 anos ou mais.

O índice de envelhecimento da população brasileira chegou a 55,2 em 2022, o que indica que há 55,2 idosos para cada 100 crianças de 0 a 14 anos. Em 2010, o índice era de 30,7.

Brasil feminino

O Brasil está mais feminino. Em 2022, na população brasileira, 104.548.325 pessoas, ou 51,5% da população, eram mulheres. Enquanto 98.532.431 pessoas, ou 48,5%, eram homens. São cerca de 6 milhões de mulheres a mais do que homens.

A razão de sexo, número de homens para cada 100 mulheres, passou de 96 em 2010 para 94,2 em 2022.

O Sudeste tinha a menor proporção de homens, com uma razão de sexo de 92,9 em 2022. A maior razão de sexo estava na região Norte (99,7). Foi o primeiro censo em que essa região mostrou um número de mulheres maior que o de homens.

A razão de sexo por grupos etários mostra maior proporção de homens desde o nascimento até os 24 anos. A partir do grupo etário de 25-29 anos, há uma maior proporção de mulheres.

A proporção de homens, em média, diminui à medida que aumenta o porte populacional dos municípios, partindo de 102,3 homens para cada 100 mulheres nos municípios com até 5.000 habitantes, até 88,9 para os municípios com mais de 500.000 habitantes.

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