Informativo de Mercado, Sexta-feira – 25 de Março de 2022

Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos pelo segundo dia com movimento de realização de lucros, mas ainda deve fechar a semana em alta.

O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA, com números abaixo do esperado para a soja e dentro do esperado para o milho. As vendas de soja 2021/22 foram de 412 mil toneladas na semana encerrada no dia 17 de março, ante 1,25 milhão da semana anterior e 102 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de soja somam 54,04 milhões de toneladas, contra 60,66 milhões do mesmo período da temporada 2020/21. As vendas 2022/23 tiveram dedução de 13 mil toneladas, reduzindo as vendas futuras a 8,11 milhões de toneladas.

As vendas de milho 2021/22 foram de 979 mil toneladas, contra 1,84 milhão da semana anterior e 4,4 milhões do mesmo período da temporada anterior. As vendas 2022/23 foram de 6 mil toneladas, acumulando 2,14 milhão de toneladas na temporada.

Começou a colheita da soja 2021/22 na Argentina, segundo a Bolsa de Cereales de Buenos Aires. Enquanto as colhedoras iniciam o trabalho de colheita no centro da área agrícola, as geadas no sul de Buenos Aires e La Pampa podem afetar os campos de soja da segunda safra. Até o momento, 84% das lavouras estão em condição de cultura Normal/Boa. A estimativa de produção mantém-se em 42 milhões de toneladas.

A colheita de milho 2021/22 na Argentina chegou a 10,1%, com avanço semanal de 3,2 pontos percentuais. Desde o relatório anterior, a safra de milho para grão comercial continuou apresentando produtividade abaixo das expectativas iniciais. Com isso a estimativa de produção foi reduzida em 2 milhões de toneladas, para 49 milhões de toneladas.

O dólar opera com leve baixa frente a outras moedas. Os pedidos de bens duráveis nos EUA recuaram 2,2% em fevereiro, ou US$6 bilhões, para US$271,5 bilhões, segundo o Departamento de Comércio. Essa queda, após quatro aumentos mensais consecutivos, seguiu um aumento de 1,6% em janeiro. Excluindo transporte, as novas encomendas caíram 0,6%. Excluindo defesa, os novos pedidos caíram 2,7%. Equipamentos de transporte, em queda após três aumentos mensais consecutivos, liderou a queda, US$ 4,9 bilhões ou 5,6%, para US$ 82,6 bilhões.

No Brasil a moeda recuou 0,25% ontem, a R$ 4,8319, na menor cotação em 2 anos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o governo vai reduzir mais uma vez o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), para até 33%, de até 25% do corte anunciado em fevereiro. “Esse aumento de arrecadação que está acontecendo, estamos transformando em redução de impostos. É a nossa sétima redução de imposto agora. Já acertamos a redução do IOF pelos próximos anos para a nossa entrada no OCDE, já zeramos DPVAT, já reduzimos o IPI em 25% e vamos reduzir de novo, vamos levar para 33% a redução do IPI”, afirmou Guedes. Os secretários estaduais de Fazenda fixaram ontem a alíquota única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em R$ 1,006 por litro de óleo diesel S10. A criação de uma alíquota única em todos os estados para o ICMS de combustíveis foi determinada por projeto de lei aprovado pelo Congresso no início do mês. A alíquota única entra em vigor em 1º de julho. Já o ICMS sobre a gasolina, etanol e gás de cozinha (GLP) será congelado por mais 90 dias.

As bolsas globais operam sem sentido definido nesta sexta-feira.

Os futuros do petróleo seguem em baixa após a União Europeia (UE) não conseguir concordar com um plano para boicotar o petróleo russo e com relatos de que as exportações do terminal Caspian Pipeline Consortium (CPC) do Cazaquistão poderiam ser retomadas parcialmente.

No Brasil, tempo chuvoso em boa parte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso na porção leste até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Veja imagens das nuvens de Marte em movimento captadas pelo Curiosity

Por Flavia Correia, editado por Acsa Gomes, Olhar Digital

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Perto de completar 10 anos de operação em Marte, o rover Curiosity capturou lindas imagens da atmosfera marciana: nuvens à deriva que passavam sobre seu local de exploração no Monte Sharp (Aeolis Mons). O registro tem como objetivo medir a velocidade dessas nuvens.

De acordo com o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, isso não foi nada fácil. Isso porque as câmeras do Curiosity não foram projetadas para olhar para o céu, e sim para fazer imagens de rochas no solo de Marte e características da paisagem em sua jornada para buscar antigos sinais de habitabilidade.

“As nuvens marcianas são muito tênues na atmosfera, por isso são necessárias técnicas especiais de imagem para vê-las”, explicou a equipe do JPL responsável pelo Curiosity em um post no blog da missão. “Várias imagens são tiradas para obter um fundo claro e estático. Isso permite que qualquer outra coisa que se mova na imagem — como nuvens ou sombras — se torne visível após subtrair esse fundo estático de cada imagem individual”.

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Como o Curiosity captou as imagens das nuvens de Marte

Segundo o post, as nuvens (e suas sombras na superfície) foram capturadas em dois filmes de oito quadros em 12 de dezembro do ano passado, durante o 3.325º dia marciano, ou Sol, da missão. Lembrando que os dias no Planeta Vermelho são ligeiramente mais longos do que o ciclo de 24 horas na Terra.

“O rover usou sua câmera de navegação duas vezes para examinar as nuvens sob duas perspectivas diferentes”, diz o artigo do JPL. Duas visões permitem que os cientistas calculem a velocidade e a altura das nuvens, que por sua vez fornece pistas sobre sua composição.

“Essas nuvens são muito altas, quase 80 km acima da superfície. É extremamente frio nessa altura, o que sugere que essas nuvens são compostas de gelo de dióxido de carbono em oposição às nuvens de gelo de água, que normalmente são encontradas em altitudes mais baixas”, afirmou a nota.

A velocidade com que as nuvens estavam se movendo não foi revelada, mas as velocidades típicas do vento perto da superfície de Marte são de aproximadamente7 km/h a 35 km/h, o que pode ser rápido o suficiente para fornecer energia eólica no nosso vizinho.

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