Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em alta nos principais ativos.
Fundos vendedores ontem estimados em: 10.000 contratos de milho e 4.500 contratos de soja. Fundos compradores estimados em 1.500 contratos de trigo.
A produção semanal de etanol de milho nos EUA foi de 1,052 milhão de barris, contra 1,059 milhão da semana anterior e 1,028 milhão do mesmo período do ano passado. Os estoques caíram de 21,828 milhões para 21,509 milhões de barris, contra 20,817 milhões do mesmo período de 2016.
O USDA reportou ontem o cancelamento de vendas para exportação de 640.970 toneladas de soja 2016/17 para a China. O departamento anunciou também a venda de 295.220 toneladas de soja para destinos desconhecidos, sendo 11.220 toneladas para 2016/17 e 284.000 toneladas para 2017/18.
O USDA divulgou hoje o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA. Na semana passada, as deduções superaram as vendas na soja 2016/17 em 400,3 mil toneladas, contra venda de 453,22 mil toneladas da semana anterior e dedução de 29 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Na temporada, as vendas de soja somam 60,72 milhões de toneladas, contra 52,74 milhões do mesmo período de 2016. Já as vendas de soja 2017/18 foram de 2 milhões de toneladas, acumulando 9,94 milhões de toneladas, contra 17,28 milhões do mesmo período do ano passado.
As vendas para exportação de milho 2016/17 foram de 102,35 mil toneladas, contra 62,42 mil da semana anterior e 71 mil do mesmo período de 2016. Na temporada, as vendas de milho somam 56,57 milhões de toneladas, contra 49,87 milhões de 2016.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Brasil aprovou ontem a taxação de 20% na importação de etanol para volumes que excederem 600 milhões de litros ao ano, medida que atinge principalmente os EUA. Somente no primeiro semestre de 2017 o Brasil já importou mais de 1 bilhão de litros, volume 330% superior ao mesmo período do ano passado, e quase o dobro do total importado em todo o ano de 2016.
O dólar opera em leve alta frente a outras moedas. Hoje inicia o simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole, no estado do Wyoming, com as expectativas voltadas para os discursos de Janet Yellen e Mario Draghi, no dia de amanhã.
No Brasil, a moeda abriu com leve baixa e agora vale R$3,1390, +0,01% (10h25). A Câmara retoma hoje a sessão para votação da Taxa de Longo Prazo (TLP). Ontem a comissão mista do Congresso aprovou a medida provisória 777, que cria a TLP do BNDES, por 17 votos a favor a 6. O governo anunciou na tarde de ontem plano para privatizar 57 ativos, entre eles portos, aeroportos, linhas de transmissão de energia elétrica, e a Casa da Moeda. Ontem também, o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), órgão que discute privatizações e concessões, aprovou a proposta do Ministério de Minas e Energia de privatizar a Eletrobras. A aprovação TLP em comissão mista e anúncio de privatizações pelo governo derrubaram a moeda no dia de ontem, que recuou 1,22%, a R$3,1421.
As bolsas mundiais operam majoritariamente em alta.
Os futuros do petróleo operam com leve baixa. Ontem o Departamento de Energia dos EUA informou que os estoques do país recuaram 3,327 milhões de barris na última semana, para 463,165 milhões de barris. O número veio em linha com a expectativa do mercado. Os estoques de gasolina caíram 1,223 milhão e os estoques de petróleo em Cushing também caíram 503 mil barris na semana, para 56,544 milhões de barris.
Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA subiram 2 mil na semana encerrada no dia 19, para número sazonalmente ajustado de 234 mil, segundo o Departamento do Trabalho. A previsão do mercado estava em um número maior, de 235 mil.
CLIMA
No Brasil, uma frente fria associada à um sistema de baixa pressão sobre a Argentina deixa o tempo instável no RS, com as temperaturas chegando aos 30ºC. No restante do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, tempo firme e as temperaturas sobem.
Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.
Na Argentina, chuvas volumosas na província de Entre Rios.
Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.
Precipitação Observada Argentina, 24 horas, em milímetros.
Nos EUA, tempo chuvoso do Colorado ao Iowa, sul de Minnesota no dia de hoje, porém os volumes de chuva não devem ser significativos. Já no Golfo do México, a Tempestade Tropical Harvey ganha força e deve virar um furacão até o fim de semana, início da próxima, provocando estragos na costa sul dos EUA.
Previsão de precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.
Chuvas de até 50mm atingiram a faixa que vai do Texas ao Maine no dia de ontem. Em praticamente todo o Meio-Oeste o tempo ficou parcialmente coberto, porém sem chuvas. Em boa parte de Illinois, Indiana e Ohio, as precipitações não passaram dos 5mm.
Precipitação observada EUA, 24 horas, em milímetros.
Precipitação observada EUA, 7 dias, em milímetros.
O mapa de monitoramento da seca nos EUA mostra melhora nas condições de umidade em boa parte do Meio-Oeste, principalmente na Dakota do Norte, Nebraska e Iowa. Já em Illinois, as condições de umidade se deterioraram em boa parte do estado.
PRÊMIOS
MATÉRIA DO DIA
Veja exemplos de países com produção de papel-moeda terceirizada; Brasil vai privatizar Casa da Moeda
Estudo da consultoria legislativa da Câmara dos Deputados mostra que não há um modelo predominante no mundo para fornecimento de numerário; governo vai privatizar a Casa da Moeda.
Por Darlan Alvarenga, G1
Casa da Moeda do Brasil, no Rio de Janeiro, é a responsável por confeccionar as notas de real, além de passaportes brasileiros, selos postais e diplomas. (Foto: Sergio Moraes/Reuters)
Com a privatização da Casa da Moeda, anunciada nesta quarta-feira pelo governo federal, o Brasil seguirá modelo de fabricação de papel-moeda já adotado por outros países como Reino Unido, Canadá, Suíça, Nova Zelândia e Chile, onde ao menos parte da produção já é feita por empresas privadas.
Não há um modelo único e predominante entre as maiores economias do mundo, segundo um levantamento da consultoria legislativa da Câmara dos Deputados.
Em países como Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, Austrália e África do Sul, o processo de fornecimento de cédulas e moedas permanece inteiramente estatizado.
O estudo “Fornecimento de papel-moeda e moeda metálica: a experiência de outros países”, do consultor legislativo Fabiano Jantalia, realizado em outubro de 2016, mostra que de 18 países da América Latina, 10 são abastecidos por empresas privadas, 5 por orgão ou ente público, 2 por importações de numerário fabricado por outros países e 1 por produção pública e privada. Veja quadro abaixo:
Modelos em outros países
Uma característica comum pelo mundo, segundo o estudo, é a fabricação de cédulas e de moedas metálicas por empresas ou órgãos distintos. É o contrário do que é feito no Brasil. Aqui tanto a produção de cédulas quanto a de moedas são feitas pela Casa da Moeda.
“Na grande maioria dos modelos pesquisados, o que se observa é que, mesmo quando produção de numerário é inteiramente estatizada, os processos fabris de cédulas e de moedas metálicas são confiados a empresas ou órgãos diferentes”, destaca o relatório.
Medida provisória aprovada em dezembro pela Câmara autorizou o Banco Central a comprar no exterior papel-moeda e moeda para abastecer a circulação de dinheiro no país, abrindo caminho para a importação de cédulas impressas em outros países.
Após uma série de problemas com fornecimento no ano passado, o Banco Central fechou contrato com a empresa sueca Crane AB para receber 100 milhões de cédulas de R$ 2 ao custo de R$ 20,2 milhões, segundo reportagem de abril da Época Negócios. O Brasil já havia feito encomendas de papel-moeda no exterior em 1994, quando o Plano Real foi lançado. Na ocasião, as notas foram impressas pela gigante alemã Giesecke & Devrient.
A Casa da Moeda também já fabricou notas para outros países, como Argentina e a Venezuela.
Veja a seguir o modelo de abastecimento adotado em outros países pelo mundo: