Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos. O USDA divulga hoje às 14 horas (horário de Brasília) o relatório de oferta e demanda de março. Expectativa de elevação na produção de soja do Brasil de 104 milhões para 106 milhões de toneladas, elevação na produção de milho de 86,5 milhões para 87,5 milhões de toneladas. Na safra da Argentina, expectativa de manutenção na produção de soja em 55,5 milhões e milho em 36,5 milhões de toneladas. Os estoques finais de soja e milho dos EUA devem ficar inalterados.
A Conab divulgou na manhã de hoje o 6º levantamento de grãos do Brasil. A produção de grãos para a safra 2016/17 está estimada em 222,91 milhões de toneladas, um crescimento de 19,5% em relação à safra 2015/16, equivalente a 36,3 milhões de toneladas. A área de plantio está estimada em 60 milhões de hectares, um crescimento de 2,8% em relação à safra 2015/16. A produção de soja deve chegar a 107,6 milhões de toneladas, contra 95,4 milhões de 2015/16. A produção de milho deve chegar a 89 milhões de toneladas, contra 66,5 milhões de 2015/16.
Fundos vendedores ontem estimados em: 8.500 contratos de milho; 5.000 contratos de trigo; 4.000 contratos de soja; 3.000 contratos de óleo de soja; 1.000 contratos de farelo.
A Bolsa de Rosário elevou a estimativa de produção de soja para 56 milhões de toneladas, contra 55,3 milhões da última estimativa e 55,3 milhões de 2015/16. Estimativa para a produção de milho vai a 38 milhões de toneladas, contra 36,5 milhões da última estimativa e 30,1 milhões de 2015/16.
O dólar opera em alta frente a outras moedas. Ontem a moeda fechou em alta após o relatório de empregos ADP, a prévia do payroll, reforçar a expectativa de alta de juros nos EUA. O setor privado dos EUA criou 298 mil postos de trabalho em fevereiro, ante expectativa de criação de 190 mil e 261 mil de janeiro. O payroll será divulgado nesta sexta-feira.
No Brasil a moeda abriu com quase 0,5% de alta e agora vale R$3,1686, +0,03% (10h20). O Banco Central segue sem intervir no mercado de câmbio. O fluxo cambial da primeira semana de março ficou positivo em US$ 1,387 bilhão, segundo o BC. No comércio exterior, o saldo ficou positivo em US$ 1,118 bilhão no período, com importações de US$ 1,306 bilhão e exportações de US$ 2,424 bilhões. Ontem a moeda fechou com alta de 1,65%, a R$3,1715, o maior valor de fechamento desde janeiro.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa após dados fracos de inflação da China. As bolsas europeias e índices futuros dos EUA operam em baixa. No Brasil, o Ibovespa futuro abriu em baixa e agora opera nos 65.170 pontos, -0,23% (10h25). Ontem o Ibovespa caiu 1,56%, a 64.718 pontos, o terceiro pregão de baixa.
A inflação ao consumidor da China desacelerou para o menor nível em dois anos em fevereiro na comparação anual, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas. O índice de preços ao consumidor subiu 0,8% em fevereiro na comparação anual, ante expectativa de alta de 1,6%. Na comparação mensal, o índice de preços ao consumidor recuou 0,2%.
Os futuros do petróleo seguem em baixa após aumento inesperado dos estoques nos EUA. Ontem as cotações do WTI e Brent caíram mais de 5% após o Departamento de Energia informar que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram avanço de 8,209 milhões de barris na semana encerrada em 1 de março, para 528,393 milhões de barris. A expectativa dos analistas estava em um crescimento menor que 2 milhões de barris. Já os estoques de gasolina tiveram queda de 6,555 milhões de barris, para 249,334 milhões de barris. Os estoques de petróleo em Cushing avançaram 867 mil barris, para 64,402 milhões de barris.
CLIMA
No Brasil, chuvas em boa parte das regiões produtoras.
Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.
Na Argentina, chuvas nas principais regiões produtoras.
Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.
Precipitação Acumulada Argentina, 24 horas, em milímetros.
PRÊMIOS
Paranaguá
Golfo do México – EUA
MATÉRIA DO DIA
Neste minúsculo disco de vidro poderá gravar a história da humanidade, ou 360TB
Por Ademilson Ramos, Engenharia É
Uma nova técnica desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, promete mudar a forma de como armazenamos nossos dados em estruturas físicas. A equipe de pesquisadores conseguiu armazenar 360 terabytes de informação em um pequeno disco de quartzo usando lasers.
O mais interessante é que, segundo os pesquisadores, a informação pode permanecer registrada no disco por mais 14 bilhões de anos. A técnica usa pulsos de laser de femtosegundo (utilizado em cirurgias de catarata, por exemplo) para criar camadas de nanoestruturas em um quartzo, o mineral mais abundante da Terra. Com isso, ainda de acordo com os pesquisadores, o resultado lembra os cristais da “Fortaleza da Solidão” que, nas histórias em quadrinhos do Superman, armazenam todo o conhecimento da história do planeta Krypton.
Os dados são armazenados em cinco dimensões: tamanho, orientação e outras três camadas de nanoestruturas separadas entre si por apenas 5 micrômetros (isto é, a milésima parte de um milímetro). Para experimentar a nova ténica, a equipe registrou diversas obras em pequenos discos de vidro, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Bíblia cristã.
Além de durar mais de 14 bilhões de anos, o armazenamento sobrevive a temperaturas de até 190 °C. Uma técnica similar foi desenvolvida em 2012, permitindo armazenar 40 megabytes por polegada² – aproximadamente a mesma densidade de um CD de música.
A ideia é que esse novo estudo ofereça uma maneira de armazenar, em definitivo, a “história da humanidade”.