Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos. 

O USDA divulgou na quinta-feira o relatório de oferta e demanda de fevereiro. O departamento manteve inalterado os estoques finais de soja 2016/17 dos EUA em 420 milhões de bushels, enquanto o mercado esperava leve corte. Os números da safra de soja do Brasil e China ficaram inalterados. A estimativa da produção de soja da Argentina passou de 57 milhões para 55,5 milhões de toneladas. Os analistas esperavam corte maior. No Milho, o USDA reduziu os estoques finais de milho 2016/17 dos EUA de 2,355 bilhões para 2,32 bilhões de bushels, dentro das expectativas do mercado. A safra Sul-americana não sofreu alterações, com a safra brasileira estimada em 86,5 milhões de toneladas e exportações de 28 milhões de toneladas, e a safra da Argentina com produção de 36,5 milhões de toneladas e 25 milhões em exportações. Os estoques finais de milho 2016/17 da China foi reduzido de 106,31 milhões de toneladas para 102,31 milhões de toneladas.

Fundos compradores na sexta-feira estimados em: 10.000 contratos de soja; 8.000 contratos de trigo; 6.500 contratos de soja.

Os fundos reduziram as posições compradas na soja e derivados na semana terminada no dia 7, enquanto o milho e o trigo adicionaram posições compradas.

A China importou 7,66 milhões de toneladas de soja em janeiro, contra 5,7 milhões do ano anterior e 6,9 milhões do ano retrasado, que havia sido o recorde de importação de soja do país.

A colheita de soja no Brasil atingiu 19% na quinta-feira (9), contra 16% do ano passado e 12% da média dos últimos 5 anos, segundo a AgRural. O plantio de milho segunda safra no Centro-sul atingiu 27%, contra 25% do ano anterior. Já a colheita do milho 1ª safra atingiu 11% no Centro-sul, contra 21% do ano passado.

A colheita do milho no Rio Grande do Sul atingiu 35% na última quinta-feira (9), em linha com o ano anterior e 32% da média dos últimos anos, segundo a Emater-RS. A colheita de soja iniciou no estado, com 1% da área colhida. Apenas 10% das lavouras se encontram prontas para a colheita, enquanto 44% estão na fase de enchimento de grãos e 30% em floração.

A colheita de soja no Mato Grosso atingiu 45,79% na última quinta-feira, contra 30,63% da semana anterior e 25,6% do mesmo período do ano passado, segundo o IMEA. As regiões mais adiantadas são as do Oeste e Médio-norte, com mais de 60% colhido. O plantio do milho atingiu 46,68%, contra 26,69% da semana anterior e 25,70% do mesmo período do ano passado.

O dólar opera com leve baixa frente a outras moedas. Os investidores seguem de olho nas políticas que podem ser anunciadas por Trump a qualquer momento. Nesta terça e quarta-feira, a presidente do Fed, Janet Yellen, discursa após o BC manter inalterado as taxas de juros dos EUA na última semana.

No Brasil a moeda abriu com leve baixa e agora vale R$3,1220, +0,35% (10h40). O Banco Central segue sem intervir na moeda. A agência de classificação de risco, Standard and Poor’s (S&P), manteve a nota do Brasil em “BB”, dois graus abaixo do grau de investimento, reafirmando a perspectiva negativa. Na sexta-feira a moeda caiu 0,66%, a R$3,1092, o menor patamar desde outubro.

O Banco Central divulgou na manhã de hoje o novo boletim de mercado Focus. O mercado reduziu a estimativa para a inflação e crescimento da economia deste ano. A estimativa para a inflação deste ano passou de 4,64% para 4,47% e a estimativa para o crescimento da economia passou de 0,49% para 0,48%. A estimativa para a meta da taxa Selic permanece em 9,5% para o fim do ano e o dólar deve terminar o ano em R$3,36%. Para 2018, a estimativa para a inflação está em 4,5% e para o crescimento da economia está em 2,3%. A meta da Selic deve terminar 2018 em 9% e o dólar em R$3,49.

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira pela 4ª sessão consecutiva, atingindo máximas de 2 meses. As bolsas europeias e índices futuros dos EUA e Brasil operam em alta. Na sexta-feira as bolsas dos EUA voltaram a renovar máximas históricas: o Dow Jones subiu 0,48%, a 20.269 pontos; o S&P 500 subiu 0,36%, a 2.316 pontos; o Nasdaq subiu 0,33%, a 5.734 pontos.

Os futuros do petróleo recuam nesta segunda-feira, realizando lucros das altas da última semana após o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) mostrar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a produção diária de petróleo em 1 milhão de barris em janeiro, o que corresponde a 90% da meta de corte acordada no ano passado.


CLIMA

 

No Brasil, tempo predominantemente seco nesta semana no Centro-sul. Chuvas acima da média em parte do MT, TO, MA.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Previsão de Desvio Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, chuvas de grande volume nesta semana na divisa com o Uruguai.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Previsão de Desvio de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.


PRÊMIOS

 

Paranaguá

Golfo do México – EUA


MATÉRIA DO DIA

 

O Brasil desperdiça 30% dos gastos com energia elétrica para iluminar o céu

Por Any Karolyne Galdino, Engenharia É

A cidade de Itajubá, MG, vista do Observatório do Pico dos Dias. Crédito: LNA

Um estudo desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) localizado em Itajubá, revela como a poluição luminosa compromete as pesquisas científicas que ampliam o conhecimento sobre o universo, promovem o desenvolvimento tecnológico e melhoram a qualidade de vida da população. Além disso, a falta de planejamento para a instalação de luzes artificiais representa um desperdício de 30% nos gastos com energia elétrica e afeta a saúde das pessoas.

“A poluição luminosa causa vários impactos na sociedade, no meio ambiente, nas pesquisas em astronomia e nos seres humanos, aumentando o risco, inclusive, de câncer, devido à supressão da luz noturna sobre a glândula pineal, o que reduz a produção do hormônio melatonina”, afirma o coordenador do Observatório do Pico dos Dias do LNA, Saulo Gargaglioni, acrescentando que a melatonina é sintetizada exclusivamente no escuro. “A produção e secreção desse hormônio é inversamente proporcional às exposições ambientais de luz e sua redução tem sido altamente correlacionada com o aumento do risco de câncer de mama. Recentemente, um artigo publicado na revista Nature alerta que o excesso de luz enfraquece os músculos e ossos de roedores.”

De acordo com o pesquisador, a poluição luminosa acontece com toda luz noturna externa mal planejada ou direcionada para cima, que não é aproveitada de forma eficiente. “Este tipo de poluição causa um aumento na luminosidade do céu noturno e também o brilho alaranjado visto acima das cidades, que atrapalha a visão das estrelas nos grandes centros, resultado do mau planejamento dos sistemas de iluminação”, diz.

Impactos ambientais

Esse efeito é ainda mais evidente em áreas com alta concentração de poluição atmosférica. O uso de lâmpadas de vapor de sódio mal direcionadas é o que causa o efeito de cor alaranjada. Se o brilho tender para o branco, é devido ao uso de lâmpadas de mercúrio, ainda mais nocivas ao meio ambiente.

“A poluição luminosa pode ocasionar mudanças na orientação e atração dos organismos em locais com iluminação noturna alterada, podendo afetar a reprodução, migração e comunicação das espécies. Algumas aves e répteis que são usualmente diurnos caçam à noite, na presença de luz artificial. Esse comportamento pode ser benéfico para essas espécies, mas não para suas presas, ocasionando, dessa forma, um desequilíbrio ambiental. Pássaros atraídos pela luz dos prédios, torres de transmissão, monumentos e outras construções voam sem cessar em torno da luz até caírem de cansaço ou pelo impacto em alguma superfície”, explica Gargaglioni.

A iluminação artificial nas praias também pode ocasionar a desorientação de filhotes de tartarugas marinhas que saem dos ninhos nas praias. Normalmente, os filhotes movem-se em sentido contrário aos ambientes escuros e baixos e seguem em direção ao oceano. Com a presença de luzes artificiais na praia, os filhotes não conseguem diferenciar os ambientes, resultando em desorientação.

Há influência também sobre as plantas. “Elas não florescem se a duração da noite é mais curta do que o período normal, enquanto outras florescerão prematuramente como resultado da exposição ao fotoperíodo necessário para o florescimento.”

Prejuízos para pesquisa

Situado a 1.864 metros de altitude, entre as cidades mineiras de Brazópolis e Piranguçu, o Observatório do Pico dos Dias tem sua vida útil como laboratório científico comprometida pelo aumento descontrolado da poluição luminosa nos seus arredores. Considerando o número de habitantes e a distância em linha reta ao centro de pesquisas, as cinco cidades que mais o afetam são Brazópolis, Itajubá, Piranguçu, Campos do Jordão e Piranguinho.

O Pico dos Dias é, atualmente, o principal espaço de observações astronômicas em solo brasileiro. Quatro telescópios estão em operação no local, inclusive o maior no Brasil, com um espelho de 1,6 metro de diâmetro.

Em operação desde 1980, o Observatório contribuiu decisivamente para o crescimento da astronomia brasileira, abrindo caminho para a participação do país em projetos internacionais de grande porte, como os telescópios Gemini e Soar. Tem ainda papel fundamental na formação de novos profissionais para a astronomia.

Como evitar

O pesquisador Saulo Gargaglioni lembra que medidas simples podem diminuir a poluição luminosa nas cidades. A escolha de luminárias e lâmpadas adequadas para iluminação externa e o seu correto posicionamento em relação ao solo são suficientes para conter e até reverter os efeitos da luz excessiva, além de diminuir os gastos da administração pública com os sistemas de iluminação e liberar o céu para observação. As lâmpadas LED, cada vez mais utilizadas nos espaços urbanos, têm contribuído para o aperfeiçoamento dos sistemas de iluminação pública. “Normalmente, as luminárias com LED são instaladas no ângulo correto, ou seja, mais próximo de 90° do poste ou ponto de fixação”, explica.

Mas, para Gargaglioni, a poluição luminosa é um assunto que precisa incluir toda a população. “Infelizmente, esse tema é pouco conhecido pelo público e também pelos formadores de opinião, que poderiam ter um papel importante na disseminação da informação”, aponta.

Legislação

A legislação brasileira ainda é pouco abrangente nesse campo, somando apenas três leis. A primeira, criada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), visa à proteção das tartarugas marinhas, espécie muito tempo ameaçada de extinção no Brasil e no mundo. A portaria nº 11, de 30 de janeiro de 1995, protege os animais em determinadas áreas de desova e alimentação, preservando ovos, filhotes ou animais adultos.

“Em Campinas [SP], e em Caeté [MG], há leis municipais criadas para proteger o entorno dos observatórios instalados nessas regiões. Em diversos países, foram adotadas medidas para minimizar os problemas da poluição luminosa. Os Estados Unidos foram o primeiro país a criar uma legislação para combater os efeitos nocivos. Itália, Espanha e Chile também têm suas legislações. Já a República Tcheca foi o primeiro país a aprovar uma legislação federal para resolver o problema, em 2002”, enumera o pesquisador.

Em sua dissertação de mestrado intitulada “Análise legal dos impactos provocados pela poluição luminosa do ambiente” (Unifei, 2007), Gargaglioni apresenta um anteprojeto de lei que tem a finalidade de combater a poluição luminosa com a regulamentação de instalações de iluminação externas e internas, públicas e privadas.


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