Bom dia, a Bolsa de Chicago inicia a semana em baixa nos principais ativos, dando sequência à forte queda da quinta-feira após o relatório de oferta e demanda do USDA.

A soja segue em baixa após correção nos US$9,85 (ZSX17), assim como comentado no início da semana passada. Agora a soja nov/17 encontra suporte somente nos US$9,15 após romper o suporte dos US$9,50 com facilidade, agora resistência.

Na quinta-feira o USDA surpreendeu o mercado com o relatório de oferta e demanda de agosto. Na soja dos EUA, a produtividade 2017/18 passou de 47,4 bushels por acre para 48 bu.ac-1, enquanto a estimativa média do mercado estava em 49,4 bu.ac-1. A produção passou de 4,26 bilhões de bushels para 4,381 bilhões, ante expectativa de 4,203 bilhões. Com isso, os estoques finais passaram de 460 milhões para 475 milhões de bushels, ante expectativa de queda para 425 milhões.

No milho 2017/18 dos EUA, o USDA reduziu a produtividade do milho de 170,7 bu.ac-1 para 169,5 bu.ac-1 , bem acima das expectativas do mercado, de 165,9 bu.ac-1. A produção passou de 14,255 bilhões para 14,153 bilhões de bushels, ante expectativa de 13,81 bilhões. Os estoques finais passaram de 2,325 bilhões para 2,273 bilhões bushels, ante expectativa de 1,995 bilhão.

Na safra do Brasil, a produção de soja 2016/17 foi mantida em 114 milhões de toneladas, enquanto as exportações foram reduzidas de 62,4 milhões para 61 milhões. Na safra 2017/18 tanto a produção quanto as exportações foram mantidas em 107 milhões e 64 milhões de toneladas, respectivamente. A safra de milho 2016/17 foi revisada de 97 para 98,5 milhões de toneladas, com as exportações passando de 34 milhões para 35 milhões de toneladas. Para a safra 2017/18, tanto a produção quanto as exportações foram mantidas em 95 milhões e 34 milhões de toneladas, respectivamente.

Na safra da Argentina, a produção de soja 2016/17 ficou em 57,8 milhões de toneladas, com as exportações reduzidas de 8,5 milhões para 7 milhões de toneladas. A produção da safra 2017/18 ficou em 57 milhões de toneladas, com as exportações reduzidas de 8,5 milhões para 8 milhões de toneladas. Na safra de milho, o USDA revisou somente a produção do milho 2016/17, de 40 milhões para 41 milhões de toneladas.

Colheita do milho 2ª safra alcançou 83% no Centro-Sul do Brasil até quinta-feira, contra 85% de 2016 e 79% da média dos últimos 4 anos, segundo a AgRural.

Fundos compradores na sexta-feira estimados em: 9.000 contratos de milho e 4.500 contratos de soja. Fundos vendedores estimados em 5.500 contratos de trigo.

Os fundos foram grandes vendedores na CBOT na semana encerrada no dia 8 de agosto. Os fundos venderam 26.883 contratos de soja, 17.570 contratos de milho. 26.291 contratos de trigo, 6.948 contratos de farelo de soja, 2.898 contratos de óleo de soja.

O dólar opera em alta frente a outras moedas. A aversão ao risco toma conta dos investidores com o aumento das tensões entre os EUA e Coreia do Norte.

No Brasil, a moeda abriu com leve baixa e agora vale R$3,1920, +0,41% (10h45). Após forte volatilidade no final da tarde da sexta-feira após a indefinição sobre a mudança da meta fiscal 2017 e 2018. O mercado segue aguardando o anúncio sobre a nova meta fiscal no dia de hoje. O Banco Central segue sem anunciar intervenções no mercado de câmbio. Na sexta-feira a moeda caiu 0,05%, a R$3,1741, acumulando alta de 1,56% na semana.

As bolsas mundiais operam majoritariamente em alta neste início de semana, após as quedas da semana passada, com as tenções entre EUA e Coreia do Norte.

Os futuros do petróleo operam próximo à estabilidade após consolidação na semana passada.

A produção industrial da China cresceu 6,4% em julho na comparação anual, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do País. O número ficou bem abaixo do esperado pelo mercado, que previam crescimento de 7,0%. Na comparação mensal, a produção industrial subiu 0,41% em julho.

O PIB do Japão avançou a uma taxa anualizada de 4,0% no trimestre entre abril e junho, acima do esperado pelo mercado, de crescimento de 2,5%.

A produção industrial da zona do euro recuou 0,6% em junho ante maio, segundo a Eurostat, queda maior do que a esperada, de 0,4%. Na comparação anual, a produção industrial cresceu 2,6% em junho, abaixo da projeção do mercado, de acréscimo de 2,8%.


CLIMA

 

No Brasil, uma frente fria atua do Sul ao Sudeste nesta semana, provocando chuvas principalmente no Paraná e entornos.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Previsão de Desvio de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo predominantemente seco nesta semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Previsão de Desvio de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Precipitação Observada Argentina, 24 horas, em milímetros.

Nos EUA, bons volumes de chuva em toda a região produtora de soja e milho dos EUA nesta semana.

Previsão de precipitação EUA, 5 dias, em polegadas.

As temperaturas ficam de normal a acima da média no Meio-oeste nesta semana, mas não passam dos 30ºC. Na região do Golfo do México, as temperaturas ultrapassam os 35ºC.

Precipitação Observada EUA, 24 horas, em milímetros.

Precipitação Observada EUA, 7 dias, em milímetros.

Mapa de monitoramento da seca nos EUA mostra mais melhora do que piora nas condições de umidade na última semana, principalmente na Dakota do Sul, Nebraska e Missouri.

Área de produção de soja e milho em região de seca caíram de 16% para 15% na última semana.


PRÊMIOS


MATÉRIA DO DIA

Holandês cria uma motocicleta de madeira movida a algas

Por Any Karolyne Galdino, Engenharia É


O designer holandês Ritsert Mans e o cientista Peter Mooij criaram uma moto de madeira movida a algas, o projeto tem como objetivo aumentar a visibilidade da menor fonte de combustível conhecida. “Para cada parte da moto, olhei para o que a natureza poderia me fornecer”, disse Mans. A equipe estava interessada em mostrar como o óleo de algas poderia ser potencialmente usado no futuro. Então, eles criaram algas na água salgada, construíram uma motocicleta de madeira e testou o conceito em uma praia local. Mans compara a experiência da era pioneira da década de 1900. Naquela época, as pessoas não tinham ideia do que esperar em termos de fontes de energia sustentáveis para os automóveis. Agora que milhões de cidadãos estão fazendo um esforço coletivo para investir em energias renováveis e iniciativas sustentáveis, esperam-se grandes avanços. “As pessoas não sabem como será o mundo em 30 anos, em termos de transporte e energia”, afirmou Mans, “mas essa incerteza permite que as pessoas desenvolvam e construam suas próprias idéias”.


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