Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos. Nesta semana, atenções voltadas aos relatórios de intenções de plantio e estoques trimestrais dos EUA, que será divulgado às 13 horas (horário de Brasília) da sexta-feira.

A soja segue em baixa após a forte queda da sexta-feira, após configuração técnica de bandeira e perda de suporte importante. No lado dos fundamentos, a Bolsa de Cereales elevou a estimativa de produção de soja da Argentina de 54,8 milhões para 56,5 milhões de toneladas, ante estimativa do USDA de 55,5 milhões de toneladas.

O USDA divulga nesta sexta-feira o relatório de intenções de plantio nos EUA. As estimativas para a soja variam de 86,4 milhões a 89,3 milhões de acres, com estimativa média de 88,214 milhões de acres (35,7 milhões de hectares). Para o milho, as estimativas variam de 90 milhões a 92,5 milhões de acres, com estimativa média de 90,97 milhões de acres.

Também na sexta-feira, o USDA divulga o relatório de estoques trimestrais dos EUA em 1º de março. As estimativas para a soja variam de 1,627 milhão a 1,885 milhão de bushels, com estimativa média de 1,684 milhão de bushels. Para o milho as estimativas variam de 8,2 milhões a 8,9 milhões de bushels, com estimativa média de 8,534 milhões de bushels.

O relatório CFTC, de comprometimento dos traders, mostrou que os fundos foram grandes vendedores na semana encerrada no dia 14. Soja -35,9k, para 67,6k comprado; farelo de soja -2k, para 84,6k comprado; óleo de soja -26k, para 11,9k vendido; milho -90k, para -25,4k vendido; trigo -32k, para 119k vendido.

A colheita de soja no Brasil atingiu 68% na quinta-feira, contra 62% da média, segundo a AgRural.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas após derrota de Trump no Congresso dos EUA na sexta-feira. A proposta para a reforma no programa de saúde, em substituição ao Obamacare, saiu de votação após os republicanos não chegarem a um consenso sobre a proposta.

No Brasil, a moeda abriu com leve alta e agora vale R$3,1324, +0,64% (10h40). O Banco Central segue com a rolagem de contratos de swap cambial tradicional de vencimento abril, com a oferta de até 10.000 contratos. O leilão ocorre às 11h30, com resultado às 11h50. Na sexta-feira a moeda caiu 0,94%, a R$3,1083, com avanço de 0,24% na semana.

O Banco Central divulgou na manhã de hoje o novo boletim de mercado Focus. O mercado voltou a reduzir a estimativa pra a inflação deste ano, passando de 4,15% para 4,12%. A estimativa para o crescimento da economia foi reduzida de 0,48% para 0,47%. O dólar deve terminar 2017 em 3,28 e a meta da taxa Selic deve terminar em 9%. Para 2018, a estimativa para a inflação permaneceu em 4,5% e para o PIB em 2,5%. O dólar deve terminar 2018 em R$3,40 e a meta da taxa Selic em 8,5%.

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa hoje em meio a preocupações sobre a capacidade de Trump em promover as reformas prometidas. As bolsas europeias e índices futuros dos EUA e Brasil operam em queda.

Os futuros do petróleo iniciam a semana em baixa com o crescimento das dúvidas quanto à capacidade de corte na produção dos países da OPEP. Na semana anterior, o crescimento maior do que o esperado dos estoques de petróleo bruto nos EUA derrubaram as cotações do WTI e Brent.


CLIMA

 

No Brasil, poucas chuvas na região Sul nos próximos dias, com predominância de nebulosidade. Chove no Centro-Oeste e Matopiba.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

As chuvas ficam abaixo da média em boa parte do país.

Previsão de Desvio de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, chuvas de grande volume para os próximos dias.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

As chuvas ficam acima da média.

Previsão de Desvio de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Precipitação Acumulada Argentina, 24 horas, em milímetros.

Nos EUA, chuvas de grande volume devem ajudas as regiões mais secas.

Previsão de precipitação EUA, 5 dias, em polegadas.

As temperaturas ficam acima da média.


PRÊMIOS

 

Paranaguá

Golfo do México – EUA


MATÉRIA DO DIA

 

Como era o Saara antes de se tornar o maior deserto do planeta
William Márquez BBC Mundo


O deserto do Saara hoje em dia. A cor creme clara reflete os raios de luz, o que afeta a frequência das chuvas de monções, essenciais para a vegetação

O que hoje é o árido, quente e inóspito deserto do Saara, no norte da África, era uma região de savanas e pradarias com alguns bosques, lar de caçadores e coletores que viviam de vários animais e plantas, sustentados por lagos permanentes e muita chuva.
Era assim numa época entre 5 mil e 10 mil anos atrás – período conhecido como do “Saara verde” ou “Saara úmido”.

É difícil imaginar que o maior deserto quente do mundo, que tem uma precipitação anual entre 35 e 100 milímetros de chuva, recebia chuvas 20 vezes mais intensas há alguns milhares de anos.

Os ventos das monções sazonais traziam intensas chuvas que mantinham a terra fértil.
Existem diferentes estudos que reconstituem o clima e a vegetação do Saara nos últimos 10 mil anos.

Um dos mais recentes, publicado em conjunto por pesquisadores da Universidade de Estocolmo, na Suécia, e das universidades de Columbia e do Arizona, nos Estados Unidos, analisou a sedimentação marinha no norte da África em busca de um padrão de chuvas.

O Sahel

“A precipitação anual no Saara Ocidental pode ter sido até 2 mil milímetros maior do que é hoje em dia, comvegetação parecida com a da atual região sul do Senegal”, disse Francesco Pausata, climatologista da Universidade de Estocolmo e coautor do estudo.

O Senegal, na costa oeste da África, faz parte do Sahel, uma faixa de 500 a 700 km de largura, em média, e 5,4 mil km de extensão, protegida por um cinturão verde de flora altamente diversificada, que a protege dos ventos do Saara.

É uma zona de transição entre o deserto do Saara no norte e a savana sudanesa no sul, que se estende do oceano Atlântico até o mar Vermelho.

O Sahel atravessa a Gâmbia, o Senegal, a parte sul da Mauritânia, o centro do Mali, Burkina Faso, a parte sul da Argélia e do Níger, a parte norte da Nigéria e de Camarões, a parte central do Chade, o sul do Sudão, o norte do Sudão do Sul, a Eritreia, a Etiópia, o Djibuti e a Somália.

O Sahel é uma zona de transição, que atravessa 16 países da África, entre o deserto do Saara e a savana sudanesa

“Acredito que os animais que hoje em dia pastam no Sahel, como os gnus e as gazelas, possam ter vivido até no extremo norte do Saara Ocidental”, disse Pausata.

“A parte oriental podia ser um pouco mais seca, mas com pastagens acima da região do paralelo 25 Norte (no norte da Mauritânia).”

Outros pesquisadores, porém, mencionam uma vegetação mais frondosa, com árvores e lagos onde viviam grandes animais.

“A evidência fóssil e de pólen é bastante clara”, diz David McGee, professor do departamento de Ciências Atmosféricas, Planetárias e da Terra do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

O Saara verde

McGee compara essa vegetação do Saara verde com a do chamado ecossistema Serengeti (ou Serengueti), no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia.

O Serengeti abriga a maior migração animal de mamíferos do mundo. Na língua do povo massai, a palavra Serengit significa “planícies intermináveis”.

O Serengueti: teria sido assim o Saara há cinco mil anos?

“Havia no Saara corpos hídricos permanentes, savanas, pradarias e até alguns bosques”, disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, o professor McGee, especialista em paleoclimatologia.

“Foram encontrados fósseis de grandes animais que hoje já não são vistos vivos no Saara. Crocodilos, elefantes e hipopótamos.”

Assentamentos humanos antigos também deixaram evidências da existência de uma grande fauna, observou McGee.

“Vemos a arte rupestre representando girafas no meio do Saara. Ali também encontramos antigos anzois, o que sugere um estilo de vida profundamente diferente de como se viveria atualmente nesta parte do deserto.”

Confira a matéria completa em http://www.bbc.com/portuguese/geral-39374825


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