Informativo de Mercado, Sexta-Feira – 06 de Novembro de 2020

Boa tarde, a Bolsa de Chicago recua nesta sexta-feira em movimento de correção das altas recentes.

O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA, com números dentro do esperado para a soja e acima do esperado para o milho. As vendas de soja 2020/21 foram de 1,53 milhão de toneladas, contra 1,62 milhão da semana anterior e 1,75 milhão do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de soja somam 48,5 milhões de toneladas, contra 20,9 milhões do mesmo período da temporada anterior.

As vendas de milho 2020/21 foram de 2,61 milhões de toneladas, contra 2,24 milhões da semana anterior e 488 mil do mesmo período de 2019. Na temporada as vendas de milho dos EUA somam 33,19 milhões de toneladas, contra 11,89 milhões do mesmo período da temporada 2019/20. As vendas de milho 2021/22 foram de 541 mil toneladas, acumulando 747 mil toneladas na temporada futura.

O USDA divulga na próxima terça-feira (10), o relatório de Oferta e Demanda Agrícola Global (WASDE) de novembro. Para a safra 2020/21 dos EUA, a estimativa média do mercado para a soja é de produtividade de 51,6 bushels por acre, com produção total de 4,251 bilhões de bushels (115,69 milhões de toneladas) e estoques finais de 235 milhões de bushels. Para o milho a produtividade está estimada em 177,7 bushels por acre, com produção de 14,659 bilhões de bushels (372,36 milhões de toneladas) e estoques de 2,033 bilhões de bushels.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulga, também na terça-feira, o 2º Levantamento da Safra de Grãos 2020/21.

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) elevou a estimativa de produção de soja 2020/21 do Brasil para 132,6 milhões de toneladas, de 131,7 milhões da estimativa de outubro, e elevou a estimativa de exportação em 1,5 milhão de toneladas, para 83,5 milhões de toneladas. A ABIOVE também revisou os dados da temporada anterior, elevando a produção total para 126,4 milhões de toneladas e as exportações para 82 milhões de toneladas.

O número de mortos em todo o mundo causados pelo novo coronavírus (COVID-19) subiu para 1.235.985 hoje, de 1.227.666 até ontem, com 48.850.917 casos confirmados. Desde ontem são 600.000 novos casos confirmados em todo o mundo. O número de recuperados da pneumonia causada pelo vírus chegou a 32.282.176 hoje, de 32.009.347 até ontem.

No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 5.614.258 hoje, de 5.590.941 até ontem, segundo o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 161.779, de 161.170 até ontem. O número de pacientes recuperados somam 5.064.344.

O dólar segue em baixa frente a outras moedas. O mercado segue acompanhando a contagem de votos nos EUA, com o democrata Joe Biden abrindo mais vantagem sobre Donald Trump. Ele fez progressos significativos contra o presidente Trump em dois estados-chave, na Pensilvânia, estado que tem 20 votos eleitorais, e na Geórgia, que tem 16 votos eleitorais.

O setor não-agrícola dos EUA criou 638.000 postos de trabalho em outubro, após criação de 672.000 em setembro, segundo o Departamento de Trabalho. O número superou a expectativa média do mercado, que era de criação de 600.000 vagas. A taxa de desemprego caiu de 7,9% para 6,9%, ante expectativa de 7,7%.

No Brasil o dólar segue em baixa acompanhando o exterior. Ontem a moeda recuou 1,92%, a R$5,5459, menor valor em quase 1 mês. A inflação oficial do Brasil medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86% em outubro, ficando 0,22 ponto percentual (p. p.) acima dos 0,64% de setembro, segundo o IBGE. Esse é o maior resultado para um mês de outubro desde 2002 (1,31%). No ano, o indicador acumula alta de 2,22% e, em 12 meses, de 3,92%, acima dos 3,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2019, a variação havia sido de 0,10%. A maior variação (1,93%) e o maior impacto (0,39 p.p.) no índice do mês vieram do grupo Alimentação e bebidas, que desacelerou em relação a setembro (2,28%). Houve altas em outros sete grupos. O segundo maior impacto (0,24 p.p.) veio dos Transportes (1,19%), enquanto a segunda maior variação veio dos Artigos de residência (1,53%), que contribuíram com 0,06 p.p. no resultado geral. Outro destaque no lado das altas foi o grupo Vestuário (1,11%), que acelerou frente a setembro (0,37%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,04% em Educação e a alta de 0,36% em Habitação.

As bolsas globais operam majoritariamente em baixa realizando parte das altas recentes.

Os futuros do petróleo recuam devolvendo parte das altas recentes.

As vendas do varejo da zona do euro caíram 2% em setembro ante agosto, após alta de 4,2% em agostos ante julho, segundo a Eurostat. O recuo veio o dobro do esperado pelos analistas. Na base anual as vendas tiveram crescimento de 2,2% em setembro, após alta de 4,4% em agosto.

No Brasil, tempo chuvoso em boa parte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo chuvoso em boa parte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo predominantemente estável no Meio-Oeste durante o fim de semana.

Previsão de Precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

SpaceX se prepara para teste que levará a Starship a 15 km de altitude

Empresa pediu o fechamento de estradas ao redor de sua base para um teste da SN8 na próxima segunda-feira (9)

Rafael Rigues, Olhar Digital

A SpaceX protocolou nesta quarta-feira (04) um pedido para o fechamento de estradas na região de suas instalações em Boca Chica, no Texas. O pedido especifica um período de 12 horas, entre as 9 da manhã e 9 da noite (12h às 00h, no horário de Brasília) de 9 de novembro, para “disparo estático da SN8 e voo a 15 km”.

Se tudo correr como programado, este será o primeiro voo de “grande altitude” de uma Starship. Dois protótipos anteriores, o SN5 e SN6, fizeram curtos saltos a 150 metros. O SN7 não foi construído para voo e foi destruído em um teste de pressurização no fim de junho, para testar a resistência de uma nova liga de alumínio.

A expectativa original era de que a SN8 chegasse a 18 km de altitude. Ainda não se sabe o que fez a SpaceX mudar os planos. Vale lembrar que um voo a 15 km de altitude não é um voo espacial. Segundo a Federação Aeronáutica Internacional, o espaço “começa” a 100 km acima do nível médio do mar, ponto que é conhecido como a “linha de Kárman”.

Em construção desde julho, a SN8 será a primeira Starship a voar com um “nariz” e aletas para controle aerodinâmico, dando a ela um visual mais próximo do que será o veículo final. Em contraste, os protótipos anteriores não pareciam mais do que tanques de combustível com pernas.

Ela também é a primeira equipada com três propulsores Raptor, que foram testados em um disparo estático (quando os motores são acionados mas o foguete, preso ao solo, não decola) em 21 de outubro. A versão final terá seis propulsores próprios, mas será lançada ao espaço com um foguete Falcon Super Heavy, que terá nada menos de 31 propulsores Raptor.

De olho em Marte

A Starship é crucial para os planos da SpaceX de colonizar Marte, construindo no planeta uma cidade com 1 milhão de habitantes até 2050. Para isso, a SpaceX teria de construir 100 Starships por ano, num total de mil naves ao longo de 10 anos, e fazer três lançamentos diários, cada um transportando mais de 100 toneladas, num total de 100 mil toneladas/ano. Isso seria feito cada vez que a Terra e Marte ficarem mais próximos, o que acontece uma vez a cada 26 meses.

Além disso, a SpaceX tem planos para usar a Starship e o foguete Falcon Super Heavy em outros empreendimentos, como o transporte de astronautas e materiais até a Lua, o turismo orbital e o lançamento de satélites, substituindo os atuais foguetes Falcon 9 e Falcon Heavy.

Fonte: Futurism

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