Informativo de Mercado, Sexta-Feira – 20 de Novembro de 2020

Boa tarde, a Bolsa de Chicago segue em alta nos principais ativos após novos anúncios de vendas dos EUA e com vendas semanais para exportação dos EUA acima do esperado.

O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA, com números acima do esperado para a soja e milho. Na semana encerrada no dia 12 de novembro, as vendas de soja 2020/21 foram de 1,39 milhão de toneladas, contra 1,47 milhão da semana anterior e 1,46 milhão do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de soja dos EUA somam 51,29 milhões de toneladas, contra 23,6 milhões do mesmo período da temporada 2019/20.

As vendas de milho 2020/21 dos EUA foram de 1,09 milhão de toneladas, contra 978 mil da semana anterior e 788 mil do mesmo período de 2019. Na temporada as vendas de milho somam 35,26 milhões de toneladas, contra 13,26 milhões do mesmo período da temporada anterior.

O USDA reportou hoje a venda de 158.270 toneladas de milho 2020/21 para o México e 131.000 toneladas para destinos desconhecidos.

O plantio de soja 2020/21 na Argentina atingiu 28,8% dos 17,2 milhões de hectares projetados para esta safra, contra 26,3% do mesmo período do ano passado, segundo a Bolsa de Cereales de Buenos Aires. Na semana o avanço foi de 8,9 pontos percentuais.

O plantio de milho 2020/21 na Argentina atingiu 31,4% dos 6,3 milhões de hectares projetados para esta safra. Após registrar avanço de 0,2 ponto percentual na semana, o atraso anual é de 14,3 pontos percentuais.

A colheita de trigo 2020/21 na Argentina atingiu 19,8%, com avanço semanal de 4,3 pontos percentuais. Após as chuvas registadas esta semana, a colheita desacelerou em alguns setores do centro e noroeste do país, marcando um atraso anual de 0,4 ponto percentual.

O número de mortos em todo o mundo causados pelo novo coronavírus (COVID-19) subiu para 1.363.533 hoje, de 1.352.775 até ontem, com 57.076.577 casos confirmados. Desde ontem são pouco mais de 600.000 novos casos confirmados em todo o mundo. O número de recuperados da pneumonia causada pelo vírus chegou a 36.643.667 hoje, de 36.291.080 até ontem.

No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 5.983.089 hoje, de 5.947.403 até ontem, segundo o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 168.141, de 167.497 até ontem. O número de pacientes recuperados somam 5.407.498, de 5.389.863 até ontem.

O dólar opera próximo à estabilidade frente a outras moedas. A Pfizer e a BioNTech solicitarão hoje uma autorização de uso emergencial da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA para sua vacina contra o coronavírus. O processo da FDA deve levar algumas semanas, e uma reunião do comitê consultivo para revisar a vacina foi agendada provisoriamente para o início de dezembro. Alguns americanos podem receber a primeira dose da vacina em cerca de um mês.

No Brasil a moeda sobe após as baixas recentes. Ontem a moeda recuou 0,51%, a R$5,314. O Banco Central realizou hoje novo leilão de 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem de contratos com vencimento em abril e agosto de 2021. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem que o governo pode vender parte das reservas internacionais para reduzir a relação da dívida pública sobre o Produto Interno Bruto (PIB), que deve chegar a 96% até o fim do ano por conta da pandemia do coronavírus, contra 76% do ano anterior. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2020 de 2,3% para 3,5%, puxada pela alta dos alimentos, preços dos demais bens de consumo e dos serviços livres.

As bolsas globais operam majoritariamente em alta.

Os futuros do petróleo também sobem nesta sexta-feira com expectativa sobre vacina nos EUA.

As vendas no varejo do Reino Unido tiveram alta de 1,2% em outubro ante setembro, após alta de 1,4% em setembro, segundo o Escritório Nacional de Estatística (ONS). Na comparação anual as vendas tiveram alta de 5,8%.

No Brasil, tempo chuvoso no Centro-Norte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo predominantemente estável até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo chuvoso no Meio-Oeste durante o fim de semana.

Previsão de Precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Cães passaram a ser domesticados há 11 mil anos, aponta pesquisa

Pesquisa com diversos fósseis caninos de até 11 mil anos revelou que os animais passaram a ser domesticados antes mesmo da invenção da agricultura pelos seres humanos

Da Redação, editado por Daniel Junqueira, Olhar Digital

Os resultados de uma nova pesquisa genética que estudou a fundo o DNA de ancestrais caninos levantou novas hipóteses sobre a história humana, ainda em um período prévio ao desenvolvimento da agricultura.

O trabalho, conduzido por diversos pesquisadores multidisciplinares, sequenciou o DNA de diversos fósseis de cães, com idades datadas entre 11 mil e 100 anos. A localização de cada ossada estudada também é determinante para se entender como o desenvolvimento dos cães se deu em diferentes partes do mundo.

A primeira grande descoberta é que os cães se separaram em diferentes linhagens muito antes do seres humanos se tornarem sedentários, ou seja, realizarem a prática da agricultura e abandonarem, em sua grande maioria, o nomadismo. Isto significa que estes animais já estavam desenvolvendo aspectos de domesticação ainda enquanto os humanos eram caçadores-coletores. “No final da Idade do Gelo, antes que qualquer outro animal fosse domesticado, os cães já haviam se ramificado em linhagens separadas e se espalhado pelo mundo”, afirmou Anders Bergström, pós-doutor no Instituto Francis Crick e um dos autores do estudo.

A evolução dos cães teve sucesso ao longo dos últimos milhares de anos, ressalta Bergström: “Muitas dessas linhagens ainda estão representadas hoje, nos cães de hoje: podemos observar cães em um parque e ver o resultado desse processo que começou antes de qualquer ser humano começar a cultivar.”

A descoberta também levanta uma importante hipótese dentro das pesquisas sobre evolução: é muito provável que o ser humano teve influência neste processo, uma vez que a domesticação de diversos animais, e o consequente aparecimento de novas raças, é resultante de uma evolução artificial. “Talvez a seleção artificial já fosse forte, e poderia ser algo consciente que as pessoas estavam fazendo.”, afirma Laurent Frantz, professor de paleogenômica da Universidade Ludwig Maximilian.

Além de trazer ricos detalhes sobre o desenvolvimento dos animais que mais têm contato com os humanos em seu cotidiano moderno, a pesquisa reforça o potencial que a humanidade já possuía de influenciar seu meio ambiente, mesmo antes do desenvolvimento da agricultura e, consequentemente, das civilizações.

Fonte: Wired

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