Bom dia, a Bolsa de Chicago segue em alta após a Bolsa de Cereales da Argentina reduzir a estimativa de produção de soja e milho do país, mapas climáticos mostrarem praticamente nenhuma chuva para os próximos 14 dias e USDA decepcionar na estimativa de área para a safra 2018/19 de soja dos EUA.

O USDA estima área de 90 milhões de acres (36,42 milhões de hectares) tanto para a soja quanto para milho na safra 2018/19 dos EUA. A estimativa foi divulgada ontem no 94º Anual Agricultural Outlook Forum, que termina hoje em Arlington, estado da Virgínia, nos EUA. Se confirmado, a área das duas culturas devem sofrer redução de pouco mais de 100 mil acres em relação à safra anterior. O número decepcionou o mercado, que esperava que a área de soja ficasse em 90,7 milhões de acres, a maior área da história. A expectativa para a área de milho estava em 90,1 milhões de acres. A área de trigo deve crescer 500 mil acres em relação à safra anterior, para 46,5 milhões de acres.

A Bolsa de Cereales de Buenos Aires reduziu ontem a estimativa de produção tanto de soja quanto de milho do país. O clima seco e as temperaturas elevadas continuam prejudicando as lavouras. Para a soja, a estimativa de produção caiu 3 milhões de toneladas em relação à semana passada, para 47 milhões de toneladas. Com isso, a produção deve ficar 7 milhões de toneladas abaixo da primeira projeção e 10,5 milhões de toneladas abaixo da safra anterior. Para o milho, a estimativa de produção caiu 2 milhões de toneladas em relação ao relatório anterior e 4 milhões de toneladas abaixo da estimativa de setembro, para 37 milhões de toneladas.

A colheita de soja no Paraná avançou a 8,95%, segundo a SEAB, contra mais de 30% da média. A comercialização da safra 2017/18 atingiu 15%, contra 19% do mesmo período do ano passado. A comercialização da safra 2016/17 atingiu 92%. Mesmo com o crescimento de 4% na área de plantio, que deve totalizar 5,466 milhões de hectares, a produção total do estado deve ficar 3% menor do que no ano anterior, em 19,28 milhões de toneladas.

A colheita do milho 1ª safra no Paraná atingiu 5,55% dos 333 mil hectares estimados para esta safra, contra 14% da safra anterior e pouco mais de 20% da média dos últimos anos. A comercialização está em apenas 2%, contra 13% do mesmo período do ano passado. Com área 35% menor do que a semeada no ano anterior e queda de 6% na produtividade, a produção total está estimada em 2,97 milhões de toneladas, contra 4,93 milhões da safra anterior.

Com o atraso nas 1ªs safras, o plantio do milho 2ª safra está em apenas 15,71%, contra mais de 50% da média dos anos anteriores. A comercialização do milho 2ª safra está em 2%, em linha com o ano anterior. Já a comercialização do milho 2ª safra 2016/17 está em 72%, contra mais de 90% do mesmo período da safra anterior. A expectativa da SEAB é de que a produtividade do milho 2ª safra fique 4% maior do que a safra anterior, em 5,75 toneladas por hectare, com uma área 11% menor do que na safra anterior, em 2,15 milhões de hectares. Assim, a produção deve ficar 7% menor do que no ano anterior, em 12,35 milhões de hectares.

O dólar opera em alta frente a outras moedas, se afastando das mínimas de 3 anos. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA tiveram queda de 7.000 pedidos na semana encerrada no dia 17, para 222.000 pedidos, segundo o Departamento de trabalho dos EUA. A média móvel de 4 semanas teve queda de 2.250 pedidos, para 226.000.

No Brasil, a moeda abriu com leve baixa e agora vale R$3,2430, -0,20% (10h05). O Banco Central oferta hoje até 9.500 contratos de swap cambial tradicional para rolagem dos contratos com vencimento em março. A taxa de desemprego do Brasil caiu para 11,8% no último trimestre de 2017, queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, segundo a Pesquisa Pnad Contínua do IBGE. Cerca de 26,3 milhões de brasileiros estavam subutilizados. O índice de subutilização atingiu 23,6% da força de trabalho no quarto trimestre de 2017, uma queda em relação trimestre anterior, de 23,9%. A inflação medida pelo IPCA-15 segue abaixo dos 3%, derruba os juros futuros, e agora o mercado já começa a especular novo corte dos juros na reunião do Copom de março. O IPCA-15 subiu 0,39% em fevereiro, acumulando alta de 2,86% em 12 meses, segundo o IBGE. Com o resultado, os juros futuros com vencimento janeiro de 2021 recuam quase 0,5%, para 8,51.

As bolsas mundiais operam majoritariamente em alta nesta sexta-feira. No Brasil, o Ibovespa futuros já se aproxima dos 88.000 pontos. Ontem o Ibovespa fechou em alta pelo 7º pregão seguido, renovando a máxima histórica para 86.051 pontos, alta de 0,74%. Já é o 3º dia em qua a bolsa vem renovando máximas.

Os futuros do petróleo operam com leve alta após queda inesperada nos estoques de petróleo dos EUA. Ontem o Departamento de Energia dos EUA (DoE) informou que os estoques de petróleo bruto caíram 1,616 milhão de barris na semana passada, para 420,479 milhões de barris, enquanto a expectativa dos analistas estava em um aumento de 1,9 milhão de barris. Os estoques de gasolina subiram 261 mil barris enquanto os estoques de destilados caíram 2,422 milhões de barris. Os estoques de petróleo em Cushing, caíram 2,664 milhões de barris, para 30,003 milhões de barris.


CLIMA

 

No Brasil, tempo estável em todo o Sul ajuda no andamento da colheita e plantio do milho segunda safra. Tempo chuvoso no Centro-norte do país nos próximos dias atrapalham o andamento da colheita.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, situação crítica para as próximas 2 semanas, com praticamente nenhuma expectativa de chuva para as regiões produtoras de soja e milho, enquanto que normalmente estas regiões receberiam mais de 100mm de chuva.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.


Previsão de Precipitação Argentina, 7-14 dias, em milímetros.

O mapa de monitoramento da seca nos EUA mostra melhora nas condições de umidade do solo principalmente em Ilinois na última semana. Leve degradação nas condições de umidade na Dakota do Sul e Minnesota.


PRÊMIOS

 



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