Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nesta sexta-feira. A partir de hoje até a próxima sexta-feira (3), a China comemora o Ano Novo Lunar, período em que o maior comprador de soja do mundo deve ficar fora de mercado.
A soja recua pela 7ª sessão consecutiva após as fortes altas com as chuvas na Argentina e relatório do USDA do dia 12.
Fundos vendedores ontem estimados em: 4.000 contratos de soja; 7.000 contratos de milho; 4.500 contratos de óleo de soja. Fundos compradores em 1.000 contratos de trigo.
Na Argentina, o tempo seco e quente ajudou a secar algumas regiões com excesso hídrico. Segundo a Bolsa de Cereales da Argentina, dos 770.000 hectares afetados, 400.000 hectares se dão como perdidos e outros 370.000. A estimativa da bolsa está em uma produção de 53,5 milhões de toneladas para esta safra. Segundo o ministro da Agricultura da Argentina, ao todo, 1,27 milhão de hectares foram afetados com as chuvas.
O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA. As vendas de soja 2016/17 foram de 539,35 mil toneladas, dentro das expectativas do mercado. As vendas de milho 2016/17 foram de 1,37 milhão de toneladas, acima das expectativas de 700k-1kk. As vendas de óleo de soja, farelo de soja e trigo ficaram acima das expectativas.
O dólar opera em baixa frente a outras moedas. Os mercados seguem apreensivos com tensão sobre os futuros acordos comercias dos EUA. Após Trump publicar no Twitter, “Se o México não está disposto a pagar pelo muro tão necessário, então seria melhor cancelar a próxima reunião”, o presidente do México Enrique Peña Nieto cancelou a visita aos EUA publicando no Twitter, “Esta manhã informamos à Casa Branca que eu não vou assistir à reunião marcada para a próxima terça-feira com o presidente dos Estados Unidos”. Ontem o governo Trump anunciou sobretaxa de 20% para importações de produtos vindos do México a fim de bancar a construção do muro entre os países. Em entrevista à Fox News na noite de ontem, Trump comparou o muro com o México ao de Israel e Palestina.
Atenções voltadas hoje para divulgação do PIB dos EUA, às 11h30 (horário de Brasília). Será divulgado a primeira estimativa do PIB do 4º trimestre, com expectativa de crescimento de 2,1%. No 3º trimestre o crescimento foi de 3,5%.
No Brasil, a moeda abriu estável e agora vale R$3,1686, -0,22% (11h). O Banco Central segue intervindo no mercado de câmbio, com o leilão de até 15 mil contratos de swap cambial, com valor de venda de US$ 750 milhões para dois vencimentos. Ontem a moeda fechou com leve alta de 0,28%, a R$3,1805. A operação da Polícia Federal no dia de ontem ficou no radar dos investidores. A Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, tinha entre os principais alvos o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, acusado de pagar mais de R$ 50 milhões em propina ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, que já está preso. Segundo advogados o empresário está no exterior a negócios e deve se entregar quando retornar ao país. Ontem o nome do empresário entrou para a lista de foragidos da Interpol.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta hoje. As bolsas chinesas não operaram hoje devido ao feriado. As bolsas europeias e índices futuros dos EUA e Brasil operam em alta.
No Brasil, o Ibovespa futuro abriu estável e agora opera nos 66.460, -0,18% (11h). Ontem a bolsa fechou acima dos 66 mil pontos pela primeira vez desde 2012. O Ibovespa subiu 0,53%, aos 66.190 pontos.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA subiram 22 mil na semana encerrada em 21, para 259 mil, após ajustes sazonais, segundo o Departamento do Trabalho. O resultado veio acima da previsão de analistas, que estimavam 246 mil. O dado da semana anterior foi revisado de 234 mil para 237 mil pedidos. A média móvel nas últimas quatro semanas caiu 2 mil, para 256,500 mil.
As vendas de moradias novas nos EUA recuaram 10,4% em dezembro ante novembro, para a taxa sazonalmente ajustada de 536 mil unidades, segundo o Departamento de Comércio. Os analistas previam queda bem menor, de 1,5%, com vendas de 583 mil moradias no período. O dado de novembro foi revisado para a taxa sazonalmente ajustada de 592 mil unidades para 598 mil.
Clima
No Brasil, chuvas da região amazônica à SP nos próximos 7 dias.
Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.
As chuvas ficam abaixo da média nos próximos dias em parte do Sul e Matopiba.
Previsão de Desvio de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.
Na Argentina, chuvas voltam a atingir parte da região produtora das províncias de Córdoba, Santa Fé e Buenos Aires nos próximos dias.
Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.
Prêmios
Paranaguá
Golfo do México – EUA
Matéria do Dia
Você sabe quem é aquela moça que aparece nas notas do real?
Por Maria Luciana Rincon Y Tamanini, MegaCurioso
Você já percebeu que, nas cédulas em circulação no Brasil, além dos diversos animais que estampam a face reversa — como a arara nos bilhetes de R$ 10 e o mico-leão-dourado nos de R$ 20 —, também existe uma moça que aparece em todas as notas de real? A figura se parece à escultura de uma mulher, toda séria e sem olhos, ilustrando o lado anverso de todas as cédulas. Mas, afinal, quem é essa moça?
De acordo com o Banco Central do Brasil, trata-se de uma efígie simbólica, ou seja, uma ilustração que representa a República. No nosso país, ela foi interpretada sob a forma de uma escultura, e a imagem original que serviu de inspiração para essa representação foi o quadro “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, no qual a Liberdade é apresentada na forma de uma mulher. Confira o quadro abaixo:

“A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Assim, geralmente a imagem da República é representada por uma mulher vestindo o barrete da liberdade, uma espécie de touca — normalmente vermelha — que os republicanos franceses adotaram como uniforme durante a tomada da Bastilha.
A moça das notas e a… maçonaria?

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
No entanto, a mulher que aparece no quadro de Delacroix, além de representar a Liberdade e ser a personificação da República Francesa, também é conhecida como Marianne, um dos símbolos da maçonaria. De acordo com o pessoal do blog No Esquadro, os maçons tiveram uma participação fundamental durante a Revolução Francesa, tanto que o principal lema desse acontecimento, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, é compartilhado pela organização.
Segundo a publicação, durante a revolução a liberdade era o primeiro princípio a ser conquistado, já que sem ela seria impossível alcançar a igualdade ou a fraternidade. Sendo assim, os franceses decidiram adotar a figura de uma mulher para representar esse princípio, e acredita-se que o nome tenha surgido a partir da contração de outros dois nomes bem comuns entre as mulheres francesas da época, Marie e Anne.
Senhora da Liberdade
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Hoje, os bustos da “Senhora da Liberdade”, contendo o lema da revolução, podem ser encontrados em praticamente todos os edifícios públicos da França, além de terem sido adotados como representação gráfica da República em todo o Ocidente.
Além disso, os bustos também são objetos obrigatórios em todos os templos maçônicos franceses, e é bastante comum que eles contem com outros símbolos utilizados pela maçonaria, como o esquadro e o compasso, o triângulo com o “olho que tudo vê” e a estrela de cinco pontas, por exemplo.
Marianne e a Estátua da Liberdade

Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Por falar em simbolismo, a Estátua da Liberdade — localizada em Nova York —, como você deve saber, foi um presente da França aos EUA em comemoração ao centenário da assinatura da Declaração da Independência. A estátua foi produzida pelo escultor francês (e maçom) Frédréric Auguste Bartholdi e, de acordo com o blog, trata-se de uma versão maçônica de Marianne.
Mas voltando ao assunto das cédulas, se você observar a nota de US$ 1 com um pouco mais de cuidado, vai encontrar na face reversa o famoso “olho que tudo vê”, mais um famoso símbolo da maçonaria que todos os dias passa pelas mãos de milhões de pessoas, assim como a moça das notas de real.