Bom dia, a Bolsa de Chicago opera próximo à estabilidade nesta sexta-feira.
A soja nov/17 opera na paralela inferior do canal de alta, com possibilidade de correção na próxima semana. Já os fatores fundamentais como o andamento da colheita nos EUA e melhora no clima no Brasil podem continuar pressionando as cotações.
Fundos vendedores ontem estimados em: 6.000 contratos de soja; 4.000 contratos de milho; 3.000 contratos de farelo de soja; 3.000 contratos de trigo.
O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA. As vendas de soja 2017/18 foram de 2,13 milhões de toneladas, acima das expectativas do mercado, contra 1,27 milhão da semana anterior e 1,97 milhão do mesmo período do ano passado. Na temporada, as vendas de soja somam 28,4 milhões de toneladas, contra 33,6 milhões do mesmo período do ano passado.
As vendas de milho 2017/18 foram de 1,29 milhão de toneladas, também acima das expectativas do mercado, contra 1,25 milhão da semana anterior e 800 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada, as vendas de milho somam 16,22 milhões de toneladas, contra 23,28 milhões do mesmo período do ano passado.
O plantio de milho na Argentina atingiu 32,8% dos 5,4 milhões de hectares estimados para esta safra, contra 26,9% do mesmo período do ano passado, segundo a Bolsa de Cereales. O plantio de soja na Argentina teve início na última semana e alcançou 1,8% dos 18,1 milhões de hectares estimados para esta safra, uma queda de 5,7% na área em relação ao ano anterior.
O dólar opera em alta frente a outras moedas com a influência de diversos fatores. Ontem a agenda de reforma tributária de Donald Trump deu outro passo importante em direção à aprovação e, como resultado, os analistas acreditam que a perspectiva de um dólar mais forte em relação ao final de 2017 agora é possível. Ontem a Câmara dos Deputados aprovou a versão do Senado do orçamento de 2018, embora com uma estreita maioria. O orçamento inclui provisões que permitirão que o deficit federal dos EUA se expanda em até US$ 1,5 trilhão, facilitando cortes de impostos não financiados, antes de uma lei de reforma que deverá ser divulgada nos próximos dias. Outro importante fator é a escolha do próximo presidente do Federal Reserve por Trump nos próximos dias. Nos últimos dias Trump sinalizou que a escolha estava principalmente entre Jerome Powell e John Taylor, embora Yellen esteja entre a possível escolhida após afirmar em entrevista que a considera “espetacular”. Ontem alguns republicanos da Câmara enviaram uma carta ao presidente para que não mantenha Janet Yellen como presidente do Fed, dizendo que uma nova liderança é necessária para impulsionar a economia.
Outro fator que influenciou a alta do dólar frente a outras moedas foi o anúncio do BCE (Banco Central Europeu) sobre redução do programa de compra de títulos dos atuais €60 bilhões para €30 bilhões a partir de janeiro de 2018. Com isso, o euro caiu para o menor valor desde julho.
No Brasil, a moeda abriu com leve alta e agora vale R$3,2930, +0,28% (10h25). Além de todos os fatores externos, as apostas para o fim do ciclo de cortes da Selic aumentara após o Copom dar continuidade à política de afrouxamento monetário e reduzir a taxa básica de juros da economia de 8,25% para 7,5% ao ano na quarta-feira, com o comunicado retirando o termo “encerramento gradual do ciclo”. Parte do mercado acredita que o BC deve encerrar o ciclo de cortes em dezembro, quando deve reduzir a Selic para 7%, enquanto outros acreditam em um corte até 6,5% para fevereiro de 2018. Após a vitória de Temer na Câmara, agora o mercado monitora as chances da aprovação da reforma da previdência. Com uma base aliada mais fraca, o governo deve focar em dois pontos principais para conseguir a aprovação: idade mínima e fim dos privilégios dos que ganham mais.
As bolsas mundiais operam majoritariamente em alta.
Os futuros do petróleo operam em baixa nesta sexta-feira, devolvendo parte dos lucros da sessão de ontem.
CLIMA
No Brasil, o sistema de baixa pressão sobre o Paraguai segue atuando, provocando instabilidades em parte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste nos próximos dias, com possibilidade de temporais.
Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.
Na Argentina, o tempo fica chuvoso em boa parte das regiões produtoras até a próxima semana.
Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.
Precipitação Observada Argentina, 24 horas, em milímetros.
Nos EUA, o tempo fica chuvoso em parte do Meio-Oeste durante o fim de semana, atrapalhando o andamento da colheita.
Previsão de precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.
As temperaturas ficam abaixo da média em boa parte da região.
Precipitação observada EUA, 24 horas, em milímetros.
Precipitação observada EUA, 7 dias, em milímetros.
PRÊMIOS
