Bom dia, a Bolsa de Chicago segue em baixa com pressão de colheita nos EUA e a volta das chuvas nas regiões produtoras do Brasil. O USDA divulga hoje às 13 horas (horário de Brasília) o relatório de estoques trimestrais dos EUA, com expectativa de crescimento dos estoques de soja e milho e encolhimento dos estoques de trigo.
A expectativa média dos traders para os estoques de soja em 1º de setembro está em 339 milhões de bushels, contra 197 milhões de 2016, segundo pesquisa da Bloomberg. Para o milho, a expectativa média está em 2,346 bilhões de bushels, contra 1,737 bi.bu de 2016. Para o trigo, a expectativa média está em 2,2 bi.bu, contra 2,527 bi.bu de 2016.
Fundos vendedores ontem estimados em: 5.500 contratos de óleo de soja; 4.000 contratos de soja; 4.000 contratos de milho; 4.000 contratos de trigo; 2.000 contratos de óleo de soja.
O plantio de soja no Paraná segue lento, com os agricultores esperando a chegada das chuvas. Até terça-feira, apenas 1,89% estava semeada, contra pouco mais de 10% da média dos anos anteriores, segundo a SEAB. Nesta safra, a área de soja deve crescer 3% frente ao ano anterior, para 5,45 milhões de hectares, área recorde. Já a produção deve ter redução de 2% em relação ao ano anterior, para 19,5 milhões de toneladas.
O plantio do milho também está bem atrasado frente aos anos anteriores, com apenas 16% semeado, contra mais de 40% dos anos anteriores. Se comparado a área semeada o atraso é bem maior já que nesta safra a área cultivada deve ter redução de mais de 30% em relação ao ano anterior, para 343,5 mil hectares.
Já a colheita do trigo segue acelerada com o tempo seco. Na última semana a colheita avançou 18,5 pontos percentuais, para 64,24% colhido, adiantado em relação aos anos anteriores.
O plantio de milho 2017/18 na Argentina atingiu 9,5% dos 5,4 milhões de hectares projetados para esta safra, segundo a Bolsa de Cereales.
O Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou a estimativa mundial de produção de grãos 2017/18 para 2,069 bilhões de toneladas, 20 milhões de toneladas acima da estimativa anterior, e deve ser a segunda maior produção da história.
A Louis Dreyfus Commodities vê melhores sinais à medida que os lucros aumentam. A LDC, uma das maiores empresas de comércio mundial de grãos, apontou que deve melhorar suas atividades de comércio de commodities, uma vez que registrou lucros mais altos no primeiro semestre frente a continuação de grandes estoques de culturas básicas. Junto com seus pares, a Louis Dreyfus vem revisando seus negócios, já que as margens de compra, venda e transporte de produtos agrícolas foram corroídas por grandes estoques e redução da volatilidade dos preços.
O dólar opera em baixa frente a outras moedas após dados fracos de inflação nos EUA.
O índice de preços de gastos com consumo dos EUA (PCE), o principal dado de inflação utilizada pelo Federal Reserve, subiu 0,2% em agosto ante julho e 1,4% na comparação anual, ficando abaixo das expectativas do mercado. O PCE núcleo, que exclui itens voláteis, subiu 0,1% na comparação mensal e 1,3% na comparação anual.
No Brasil, a moeda abriu com leve alta mas já opera em baixa acompanhando o mercado externo. O Banco Central não anunciou intervenções no mercado de câmbio no dia de hoje. Ontem o BC vendeu integralmente a oferta de 12 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de outubro. Com isso, a autoridade rolou apenas US$6 bilhões do total de US$9,975 bilhões que vence no mês que vem. Em novembro e dezembro não há vencimentos de swap, apenas em janeiro, com 9,137 bilhões de dólares. A taxa de desemprego no Brasil ficou em 12,6% no trimestre encerrado em agosto, abaixo dos 12,8% do trimestre anterior, segundo a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, ficando no menor nível desde janeiro, quando também estava em 12,6%.
As bolsas mundiais operam majoritariamente em alta, recuperando as perdas da semana, e ganhando força após dados fracos nos EUA.
Os futuros do petróleo operam em baixa realizando os ganhos do início da semana.
CLIMA
No Brasil, a área de baixa pressão sobre o Sul, associado à passagem de uma frente fria, intensifica as instabilidades atmosféricas em boa parte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste até a próxima semana.
Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.
Na Argentina, poucas chuvas nos próximos 7 dias. Os maiores volumes ficam entre a província de Buenos Aires e Entre Rios.
Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.
Precipitação Observada Argentina, 24 horas, em milímetros.
Nos EUA, após semana predominantemente estável, o tempo fica chuvoso na porção oeste do Meio-Oeste durante o fim de semana.
Previsão de precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.
As temperaturas ficam acima da média em todo o Meio-Oeste.
Precipitação observada EUA, 24 horas, em milímetros.
Precipitação observada EUA, 7 dias, em milímetros.