Bom dia, a Bolsa de Chicago opera próximo à estabilidade nesta sexta-feira. Na próxima quinta-feira (9), o USDA divulga o relatório de oferta e demanda de Março e a Conab divulga o 6º levantamento da safra de grãos 2016/17. Na sexta-feira (10), o Departamento do Trabalho dos EUA divulga o relatório mais importante de empregos do país, o payroll, que deve ajudar na decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) na elevação ou não da taxa básica de juros dos EUA.

Fundos vendedores ontem estimados em: 7.000 contratos de soja; 6.000 contratos de milho; 3.000 contratos de farelo de soja; 3.000 contratos de óleo de soja; 2.500 contratos de trigo.

O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação. As vendas de soja e trigo ficaram dentro do esperado e as de milho pouco abaixo do esperado. As vendas de soja somaram 427.700 toneladas para 2016/17, atingindo mais de 94% da meta do USDA para a temporada. As vendas de milho somaram 692.400 toneladas para 2016/17 e 20.600 toneladas para 2017/18. As vendas de trigo foram de 353.200 toneladas para 2016/17 e de 98.800 toneladas para 2017/18. Farelo de soja: Vendas de 139.500 MT para 2016/17. Óleo de soja: Vendas de 28.700 MT para 2016/17.

A Informa Economics elevou a estimativa de produção de soja do Brasil para 108 milhões de toneladas nesta temporada, ante estimativa anterior de 106,5 milhões. A estimativa do milho também foi elevada, passando de 89 milhões para 91 milhões de toneladas. Para a safra da Argentina, a consultoria não fez alterações nas estimativas, ficando em 55 milhões de toneladas para a soja e 35,2 milhões para o milho.

A colheita de soja no Rio Grande do Sul atingiu 6%, contra 10% da safra anterior e 1% da média, segundo a Emater/RS. A colheita de milho atingiu 50%, contra 10% da safra anterior e 40% da média.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas após a forte alta de ontem. O mercado aumentou as expectativas para uma elevação dos juros nos EUA já na próxima reunião do Fomc, que ocorre nos próximos dias 14 e 15. Segundo pesquisa do CMEGroup, as expectativas para a elevação dos juros passaram de 66,4% da manhã de ontem para 77,5% na noite de ontem.

Agenda de indicadores cheia no dia de hoje: PMI Composto Markit EUA (Fev); PMI de Serviços EUA (Fev); PMI ISM Não-Manufatura EUA. Teremos também discursos de membros do Fomc durante o dia, e da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, às 15 horas (horário de Brasília).

No Brasil a moeda abriu em leve alta e agora vale R$3,1305, -0,54% (10h20). Ontem a moeda fechou com alta de 1,88%, a R$3,1513, o maior nível desde 27 de janeiro. Mesmo com a volatilidade dos últimos dias, o Banco Central segue sem intervir no mercado.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira. As bolsas europeias e índices futuros dos EUA operam em queda. No Brasil, o Ibovespa futuros abriu estável e agora opera nos 67.010 pontos, +0,64% (10h20).

Os futuros do petróleo operam com leve alta após queda de mais de 2% na sessão de ontem.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA caiu 19 mil na semana encerrada em 25 de fevereiro, para 223 mil, após ajustes sazonais, segundo o Departamento do Trabalho. O resultado veio melhor que a previsão de analistas. O dado da semana anterior foi revisado de 244 mil para 242 mil. A média móvel nas últimas quatro semanas caiu 6,250 mil, para 234,250 mil, o menor nível desde março de 1973.

A inflação ao consumidor da zona do euro medido pelo índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 2% na comparação anual de fevereiro, ganhando força em relação ao aumento de 1,8% observado em janeiro, segundo dados preliminares divulgados hoje pela Eurostat. Com o resultado, a inflação ultrapassa a meta do BCE.


CLIMA

 

No Brasil, as chuvas voltam a atingir a região Sul nos próximos dias. Chuvas isoladas para o Centro-norte.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

No Centro-sul as chuvas ficam acima da média para o período.

Previsão de Desvio de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, poucas chuvas para os próximos dias.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos próximos dias, as chuvas na Argentina devem ficar abaixo da média para o período.

Previsão de Desvio de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Precipitação Acumulada Argentina, 24 horas, em milímetros.


PRÊMIOS

 

Paranaguá

Golfo do México – EUA


MATÉRIA DO DIA

 

‘porta do inferno’: a gigantesca cratera que continua crescendo e revela como a Terra era há 200 mil anos
de BBC Brasil


Alexander Gabyshev – Image caption Localizada na floresta boreal da Sibéria, enorme cratera cresce, em média, 10 metros por ano e serve de alerta contra o desmatamento e o aquecimento global

Um buraco de 1 quilômetro de extensão e 85 metros de profundidade não para de crescer em uma remota região da Rússia e é chamado de “porta para o inferno” por pessoas que vivem na região, que preferem evitá-lo.

Mas cientistas asseguram que se trata de uma cratera única, um registro detalhado de 200 mil anos de história da Terra.

Batagaika, a gigantesca cratera, emerge de forma dramática na floresta boreal da Sibéria à medida que o permafrost – tipo de solo que está sempre congelado – derrete como efeito do aquecimento global.

A cratera tem crescido na média de 10 metros por ano. Mas em anos mais quentes, esse aumento chegou a 30 metros, conforme indicou estudo do Instituto Alfred Wegener em Potsdam, na Alemanha. A instituição vem monitorando o buraco há uma década.

Camadas expostas com o degelo do permafrost indicam como eram clima, fauna e flora há 200 mil anos

A cratera representa uma rara oportunidade de observar, ao mesmo tempo, o passado, o presente e o futuro.

As camadas de sedimento expostas revelam como era o clima na região há 200 mil anos. Resquícios de árvores, pólen e animais indicam que, no passado, a área foi uma densa floresta.

Esse registro geológico pode ajudar a compreender como será, no futuro, a adaptação da região ao aquecimento global. E, ao mesmo tempo, o crescimento acelerado da cratera é um indicador imediato do impacto cada vez maior das mudanças climáticas no degelo do permafrost.
Desmatamento

A cratera apareceu na década de 60, de acordo com Julian Murton, professor da Universidade de Sussex, na Inglaterra.

O rápido desmatamento na região deixou o terreno sem a proteção das sombras das árvores nos meses de verão. Assim, os raios de sol aqueceram o solo e aceleraram o processo de degelo, uma vez que era a vegetação que mantinha o solo resfriado.

“Esta combinação de menos sombra e transpiração levou a um aquecimento da superfície”, explica Murton em entrevista à BBC.

Com o derretimento do permafrost, é possível que venham a surgir mais crateras como também lagos e bacias hidrográficas.

Para o professor, “à medida que o gelo derrete em novas profundidades, podemos ver o surgimento de paisagens novas”.


Julian Murton Image caption Ao emergir, cratera revelou siknais de densa floresta que existiu no local há centenas de milhares de anos

Reconstituição histórica

Cientistas ainda trabalham na análise de sedimentos e tentam decifrar a cronologia exata da cratera.

“Queremos saber se as mudanças climáticas durante a última Era do Gelo esteve caracterizada por uma grande variabilidade, com períodos intercalados de aquecimento e esfriamento”, diz Murton.

A taxa de crescimento da cratera é um indicador direto do crescente impacto das alterações climáticas no permafrost

Isso é importante porque a história climática de grande parte da Sibéria ainda pode ser considerada um mistério. Ao reconstruir alterações ambientais do passado, cientistas esperam conseguir prever mudanças similares no futuro.

Há 125 mil anos, por exemplo, houve um período interglacial, com temperaturas vários graus acima das registradas atualmente.

“Entender como era o ecossistema pode nos ajudar a entender como a região se adaptará ao atual aquecimento do clima”, afirma o professor Julian Murton.
‘O aquecimento acelera o aquecimento’

A cratera Batagaika pode oferecer lições cruciais, em especial sobre os mecanismos que aceleram o aquecimento em áreas de permafrost.

À medida que o degelo avança, mais e mais carbono é exposto a micróbios. Estes micro-organismos consomem carbono e produzem dióxido de carbono e metano – gases causadores do efeito estufa.

À medida que o permafrost degela, gases como dióxido de carbono e metano são liberados e aceleram o aquecimento global

O metano é capaz de acumular 72 vezes mais calor que o dióxido de carbono num período de 20 anos.

Além disso, os gases liberados pelos micróbios na atmosfera aceleram ainda mais o aquecimento.

“É o que chamamos de ‘feedback positivo'”, explica Frank Gunther, do Instituto Alfred Wegener. “O aquecimento acelera o aquecimento e, no futuro, poderemos ver mais estruturas como a cratera de Batagaika”, completa o pesquisador.

Segundo o pesquisador, não há nenhuma obra de engenharia que possa conter o desenvolvimento dessas crateras.


Esse é apenas um resumo de várias informações que recebemos, oferecemos oportunidades estratégicas particulares a cada necessidade de empresas ou operadores de mercado. Fiquem à vontade para requisitar opiniões estratégicas em posições ou mesmo sobre o processo de abertura de contas em Chicago.
Negociar futuros e opções envolve riscos substanciais e não é adequado para todos os investidores. O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. A Tradincom não distribui relatórios de pesquisa, empregam analistas, ou mantêm um departamento de pesquisa, tal como definido no Regulamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) 1.71, e portanto, este material não deve ser interpretado como uma solicitação para entrar em uma transação de derivativos.
Esse material é somente como base de informações e deve ser considerado como um comentário de mercado, meramente uma observação do cenário econômico, politico e de notícias atuais e históricas. Não há nenhuma intenção de solicitação de compra ou venda de ativos de commodities, mas somente uma visão geral de possíveis estratégias de mercado. Não sendo responsável por qualquer resultado de decisões de trading, mas sendo apenas mais uma fonte de informações para aqueles que acreditam na fonte de informações.

Compartilhe nas redes sociais

Seja o primeiro à comentar.

Enviar comentário