Informativo de Mercado, Sexta-Feira – 30 de Outubro de 2020

Boa tarde, a Bolsa de Chicago segue em baixa nos principais ativos enquanto a soja recupera parte das baixas recentes após anúncio de novas vendas para exportação dos EUA.

O horário de verão acaba neste domingo (1) nos EUA, onde os relógios serão atrasados em 1 hora. Com isso, o horário de negociação na CBOT será das 22:00-10:45 no pregão noturno e das 11:30-16:20 no pregão regular, horário de Brasília. No Brasil o Ministério de Minas e Energia manteve a recomendação de não se adotar o horário de verão neste ano.

O USDA reportou hoje a venda de 121.500 toneladas de soja 2020/21 para destinos desconhecidos.

O USDA divulgou ontem o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA, com números dentro do esperado para a soja e acima do esperado para o milho. Na semana encerrada no dia 22 de outubro, as vendas de soja 2020/21 foram de 1,62 milhão de toneladas, contra 2,25 milhões da semana anterior e 887 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada as vendas de soja dos EUA somam 46,97 milhões de toneladas, contra 19,15 milhões do mesmo período da temporada anterior.

As vendas de milho 2020/21 dos EUA foram de 2,24 milhões de toneladas, contra 1,83 milhão da semana anterior e 549 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada 2020/21 as vendas de milho dos EUA somam 30,58 milhões, contra 11,41 milhões do mesmo período da temporada 2019/20.

A produção semanal de etanol de milho nos EUA subiu para 941 mil barris diários na semana encerrada no dia 23 de outubro, de 913 mil da semana anterior, segundo a Agência de Informação de Energia (EIA). Já os estoques caíram de 19,721 milhões para 19,601 milhões de barris, contra 21,099 milhões do mesmo período do ano passado.

O plantio de milho 2020/21 na Argentina atingiu 29,8%, contra 40,2% do mesmo período do ano passado, segundo a Bolsa de Cereales de Buenos Aires. Na semana o avanço foi de apenas 2,3 pontos percentuais.

A colheita de trigo 2020/21 na Argentina atingiu 6,1%, contra 3,5% do mesmo período da temporada anterior. Com produtividade média de apenas 820 kg/h nas primeiras áreas colhidas, a estimativa de produção está em 16,8 milhões de toneladas.

O número de mortos em todo o mundo causados pelo novo coronavírus (COVID-19) subiu para 1.183.861 hoje, de 1.176.726 até ontem, com 45.271.624 casos confirmados. Desde ontem são quase 600.000 novos casos confirmados em todo o mundo. O número de recuperados da pneumonia causada pelo vírus chegou a 30.380.635 hoje, de 30.125.419 até ontem.

No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 5.496.402 hoje, de 5.469.755 até ontem, segundo o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 159.033, de 158.468 até ontem. O número de pacientes recuperados somam 4.954.159, de 4.934.548 até ontem.

O dólar segue em alta frente a outras moedas com o mercado cauteloso antes das eleições presidenciais dos EUA na próxima semana e com o aumento nos casos do coronavírus pelo mundo.

No Brasil o dólar recua após chegar a R$5,80 na máxima do dia. Ontem a moeda subiu 0,11%, a R$5,7661. As contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$ 64,559 bilhões em setembro, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2001, segundo o Banco Central. No acumulado do ano as contas do setor público apresentaram déficit primário de R$ 635,926 bilhões, também o pior resultado já registrado. O taxa de desemprego no Brasil atingiu 14,4% no trimestre de junho a agosto, a mais alta da série histórica iniciada em 2012, crescendo 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre de março a maio e 2,6 p.p. frente ao trimestre junho a agosto de 2019 (11,8%), segundo o IBGE. A população desocupada (13,8 milhões de pessoas subiu 8,5% (mais 1,1 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior (12,7 milhões) e subiu 9,8% (1,2 milhão de pessoas a mais) em relação mesmo trimestre de 2019 (12,6 milhões). A taxa composta de subutilização (30,6%) foi recorde na série, crescendo 3,1 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (27,5%) e 6,2 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2019 (24,3%). A população subutilizada (33,3 milhões de pessoas) também foi recorde, subindo 9,7% (mais 3,0 milhões de pessoas) frente ao trimestre anterior e de 20,0% (mais 5,6 milhões de pessoas) contra o mesmo trimestre de 2019.

As bolsas globais voltam a recuar nesta sexta-feira, com as bolsas dos EUA registrando a pior semana desde março.

Os futuros do petróleo seguem em baixa com o coronavírus em foco.

A economia da zona do euro cresceu 12,7% no 3º trimestre, após retração de 11,8% no 2º trimestre, segundo a Eurostat. O resultado veio melhor do que o esperado, que era de alta de 9,4%.

No Brasil, tempo chuvoso em boa parte do país até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Brasil, 7 dias, em milímetros.

Na Argentina, tempo predominantemente estável até a próxima semana.

Previsão de Precipitação Argentina, 7 dias, em milímetros.

Nos EUA, tempo predominantemente estável durante o fim de semana.

Previsão de Precipitação EUA, 72 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Planeta do tamanho da Terra é descoberto vagando pela Via Láctea

Possível ‘planeta errante’ viaja pela Via Láctea sem orbitar estrela alguma; descoberta foi possível graças à técnica da ‘microlente gravitacional’

Davi Medeiros, editado por Daniel Junqueira, Olhar Digital

Uma equipe liderada por astrônomos da Universidade de Varsóvia, na Polônia, relatou nesta quinta-feira (29) uma descoberta empolgante: um pequeno corpo celeste vagando solitário pela Via Láctea. Trata-se de um possível ‘planeta errante’ de proporções parecidas com as da Terra, o menor desse gênero a ser capturado por um telescópio terrestre até hoje.

“Nossa descoberta demonstra que planetas errantes de massa reduzida podem ser detectados e caracterizados utilizando telescópios terrestres”, afirma Andrzej Udalski, coautor do artigo que descreve o candidato a exoplaneta, publicado no Astrophysical Journal Letters.

Por que a descoberta empolga?

Quando pensamos em planetas, é certo imaginar que eles estejam orbitando uma estrela central massiva, como a Terra faz com o Sol. Entretanto, isso não se aplica a todos os casos – os planetas errantes recebem este nome justamente por vagarem soltos na Via Láctea, isto é, sem orbitar estrela alguma.

O fato é que os cientistas costumam identificar exoplanetas por meio de uma técnica chamada “método de trânsito”. De forma bem simples, ela funciona da seguinte maneira: quando um corpo celeste passa em frente à sua estrela central, a fonte de luz oscila e fica mais fraca, já que um objeto escuro bloqueia parte da visão.

Naturalmente, essa técnica não tem nenhuma utilidade quando se trata de planetas errantes. Por isso, por mais que os cientistas estimem que eles sejam comuns no universo, é extremamente raro que se consiga identificá-los.

Microlente gravitacional

A equipe de Udalski, então, utilizou um método fundamentalmente oposto ao de trânsito para capturar o viajante. Em vez de observar a redução do brilho de uma estrela, eles se atentaram à sua amplificação, por meio de uma técnica chamada “microlente gravitacional”.

A grosso modo, quando um corpo celeste está suficientemente alinhado entre a perspectiva do observador e uma estrela, seu campo gravitacional pode atuar como uma “lente”, intensificando o brilho da estrela em questão.

“As chances de observar esses eventos são extremamente reduzidas porque três objetos [a fonte de luz, a lente e o observador] devem estar quase perfeitamente alinhados”, explica o autor principal do estudo, Przemek Mroz.

“Se observássemos apenas uma estrela fonte, teríamos de esperar quase um milhão de anos para ver o planeta agindo como microlente”.

Por isso, os pesquisadores acompanhavam o brilho de diversas estrelas ao mesmo tempo por meio de instrumentos do Observatório Las Campanas, no Chile. O candidato a exoplaneta foi batizado como OGLE-2016-BLG-1928, e seu evento de observação durou aproximadamente 42 minutos, um dos mais curtos já registrados com a técnica de microlente.

Os cálculos da equipe sugerem que a massa do corpo celeste está entre a de Marte e a da Terra, e que provavelmente ele vaga mais próximo do planeta vermelho que daqui.

Via: Space

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