Bom dia, a Bolsa de Chicago opera próximo à estabilidade com a cautela antes do relatório do USDA.

Fundos compradores ontem estimados em: 10.000 contratos de milho; 4.000 contratos de trigo; 500 contratos de farelo de soja. Fundos vendedores estimados em 4.000 contratos de soja e 3.500 contratos de óleo de soja.

A Conab divulgou na manhã de hoje o 7º levantamento de safra de grãos do Brasil. A produção total de grãos para a safra 2016/17 está estimada em 227,93 milhões de toneladas, crescimento de 22,1% em relação à safra 2015/16. A área cultivada com grãos estimada em 60,1 milhões de hectares, crescimento de 3% em relação à safra 2015/16. A estimativa de produção de soja foi elevada de 107,61 milhões para 110,16 milhões de toneladas. Destaque para a safra do Rio Grande do Sul, que teve a safra revisada de 16,37 milhões para 17,54 milhões de toneladas. As safras do MT e GO também tiveram revisões superiores à 500 mil toneladas. Para a safra total de milho, a estimativa foi elevada de 88,97 milhões para 91,47 milhões de toneladas, liderado pelos crescimentos nas produções do MT, GO, PR e MA.

O USDA divulga logo mais às 13 horas (horário de Brasília) o relatório de oferta e demanda de abril, trazendo volatilidade ao mercado. Normalmente o relatório de abril não traz grandes mudanças na safra norte-americana mas o mercado fica atento aos números da safra Sul-americana, principalmente do Brasil, com a expectativa da produção de soja passando de 108 milhões para 110 milhões de toneladas. A safra de soja da Argentina também deve ser elevada, passando de 55,5 milhões para 56 milhões de toneladas.

O plantio de milho nos EUA atingiu 3% até domingo, contra 4% do ano passado e 3% da média dos últimos anos.

O USDA divulgou ontem o relatório de embarques semanais de grãos dos EUA. O embarques de soja foram de 833 mil toneladas na semana encerrada no dia 4 de abril. Na temporada os embarques de soja somam 47,77 milhões de toneladas, contra 42,17 milhões da temporada passada. Os embarques semanais de milho foram de 1,17 milhão de toneladas, somando 34,5 milhões na temporada, contra 20,77 milhões da temporada anterior.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas. A presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, afirmou ontem em discurso que o BC planeja elevar as taxas de juros gradualmente, a fim de manter um crescimento saudável sem deixar a economia superaquecer. As apostas do mercado para próxima elevação dos juros no país está para a reunião de junho, com expectativa de 60% segundo pesquisa do CMEGroup.

No Brasil, a moeda abriu com leve baixa e agora vale R$3,1413, +0,15% (10h35). O Banco Central segue sem anunciar intervenções no mercado cambial. O Copom incia hoje a reunião de dois dias para a decisão da taxa básica de juros dos EUA. O Presidente Michel Temer se reúne hoje com líderes dos partidos da base aliada e integrantes da comissão da reforma da Previdência para falar sobre a flexibilização dos cinco pontos na reforma da Previdência. Ontem a moeda fechou com baixa de 0,35%, a R$3,1390.

As Bolsas Asiáticas fecharam majoritariamente em baixa com o aumento nas tenções geopolíticas entre EUA e Coreia do Norte. O restante das bolsas mundiais operam próximo à estabilidade.

No Brasil, o Ibovespa futuro abriu estável e agora opera nos 64.430, -0,26% (10h20). A agência de classificação Moody’s elevou ontem a nota de crédito da Petrobras de B2 para B1, mudando a perspectiva para estável. Ainda assim a estatal está a 4 degraus do grau de investimento. Ontem o Ibovespa subiu 0,09%, a 64.649 pontos.

Os futuros do petróleo operam com leve baixa após as altas recentes. Hoje o Instituto Americano de Petróleo (API) divulga o relatório de estoques dos EUA.

A produção industrial da zona do euro caiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, segundo dados da Eurostat. Analistas previam avanço de 0,2% na produção. Na comparação anual, a produção industrial do bloco cresceu 1,2% em fevereiro, abaixo da expectativa do mercado, que previam acréscimo de 2%.


CLIMA

 

No Brasil, uma frente fria avança e provoco chuvas em boa parte do país.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, chuvas no extremo sul da província de Buenos Aires.

Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.

As chuvas ficam abaixo da média para a semana em boa parte da região produtora de soja e milho da Argentina, permitindo andamento da colheita.

Precipitação Acumulada Argentina, 24 horas, em milímetros.

Nos EUA, chuvas da faixa entre o Texas e Maine no dia de hoje.

Previsão de precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.

Precipitação Acumulada EUA, 24 horas, em milímetros.


PRÊMIOS

 

Paranaguá

Golfo do México – EUA


MATÉRIA DO DIA

 

Torres submersas vão restaurar recifes de corais
Por Any Karolyne Galdino, Engenharia É

A constante luta contra o desaparecimento dos recifes de corais em breve poderá receber uma grande ajuda da arquitetura, isso porque há um projeto para a construção de imensas torres submersas.

Esses “arranha-céus” de vidro poderiam ser utilizados para cultivar fazendas artificiais de corais no oceano, além de poder transplantá-los em outros ambientes. Projetado pelos arquitetos Jethro Koi e Quah Zheng Wei, da Malásia, o projeto é chamado de “Aquarim Trinity” e visa a conservação e restauração dos recifes em áreas afetadas.

Ao redor do mundo, diversos recifes têm lutado para se adaptar ao aquecimento das águas e com as vastas estruturas vivas ao redor que prejudicam suas formações. O projeto, no entanto, possui uma abordagem semelhante à das paredes vivas – em que plantas são cultivadas em um substrato vertical. Contudo, no caso dos corais, esse crescimento seria feito através de uma estação de energia geotérmica e nas profundezas do oceano.

A ideia é que os canais de corais sejam recolhidos. Um submarino se encarregaria de dispersar as espécies em áreas afetadas, para que pudessem se desenvolver. Diferentes espécies de corais cresceriam ali e seriam movidas para cima e baixo da estrutura. Assim, quando estiverem em condições de se mudarem, os pesquisadores removeriam os exemplares da estrutura pelo topo, e os plantariam em um novo local.

“Esta nova tipologia arquitetônica é unicamente para restaurar os oceanos ao estado em que costumavam estar, e servirá como um aviso para a humanidade, lembrando sobre o estado moribundo dos esquecidos pulmões no oceano” escreveram os designers.

No entanto, ainda não está claro como a torre poderia funcionar na prática e como os corais receberiam os nutrientes, luz e calor necessários. Os sistemas de recifes são ecossistemas complexos que se apoiam e são dependentes de milhões de peixes e outras vidas marinhas. Enquanto aparentam serenidade, durante as noites são locais de intensas batalhas pela luta de recursos.

Ambientalistas e biólogos marinhos já relataram preocupações a respeito do aumento do branqueamento dos corais em habitats de todo o mundo – especialmente na Grande Barreira de Corais, na Austrália. Esse branqueamento os deixam susceptíveis a doenças e a morte.

Imagens: Caters New Agency


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