Informativo de Mercado, Terça-Feira – 12 de Maio de 2020

Boa tarde, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos antes do relatório do USDA.

O USDA divulga logo mais, às 13 horas (horário de Brasília), o relatório de oferta e demanda agrícola global (WASDE), com os primeiros números da safra 2020/21. Para a safra 2020/21, expectativa dos estoques de soja dos EUA em 430 milhões de bushels, do milho em 3,389 bilhões de bushels e do trigo em 814 milhões de bushels. Nos estoques finais 2019/20 dos EUA, expectativa de 488 milhões de bushels para soja, 2,224 bilhões para o milho e 969 milhões para o trigo.

O USDA reportou hoje a venda de 136.000 toneladas de soja 2019/20 para a China.

O Ministério das Finanças da China anunciou hoje que isentará 79 produtos importados dos EUA de tarifas alfandegárias adicionais por um ano, a partir de 19 de maio. A lista isenta tarifas sobre minérios de metais de terras raras, minério de ouro, minério de prata e concentrados, além de outros.

Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 496 mil toneladas na semana encerrada no dia 7 de maio, contra 381 mil toneladas da semana anterior, segundo o USDA. Na temporada os embarques de soja dos EUA somam 34,36 milhões de toneladas, contra 32,69 milhões do mesmo período da temporada anterior. Os embarques de milho foram de 1,33 milhão de toneladas, contra 1,35 milhão da semana anterior. Na temporada os embarques de milho somam 25,01 milhões de toneladas, contra 36,63 milhões do mesmo período do ano passado.

A Conab divulgou na manhã de hoje o 8^o Levantamento da Safra de Grãos 2019/20 do Brasil, com estimativa de menor produção de soja e maior produção de milho. Com área total estimada em 65,5 milhões de hectares, a estimativa de produção total de grãos é de 250,9 milhões de toneladas, 3,6% ou 8,8 milhões de toneladas superior ao colhido na safra anterior. Na soja, a estimativa de produção foi reduzida a 120,33 milhões de toneladas, de 122,06 milhões da estimativa anterior, influenciada principalmente pelas condições climáticas desfavoráveis no Rio Grande do Sul.

A Conab elevou a estimativa de produção de milho total do Brasil a 102,34 milhões de toneladas, de 101,87 milhões da estimativa anterior, com leve redução na produção do milho 1^a safra e leve aumento na produção do milho 2^a safra.

O plantio de soja 2020/21 nos EUA atingiu 38%, contra 8% do mesmo período do ano passado e 23% da média dos últimos 5 anos, segundo o USDA. A emergência atingiu 7%, contra 1% de 2019 e 4% da média.

O plantio de milho 2020/21 nos EUA atingiu 67%, contra 28% de 2019 e 56% da média. A emergência atingiu 24%, contra 9% de 2019 e 22% da média.

O número de mortos causados pelo novo coronavírus (COVID-19) subiu para 287.158 hoje, de 283.478 até ontem, com 4.210.074 casos confirmados em 187 países e territórios. Desde ontem são quase 75.000 novos casos confirmados em todo o mundo. O número de recuperados da pneumonia causada pelo vírus chegou a 1.470.598 hoje, de 1.422.984 até ontem.

No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 170.021 hoje, de 163.593 até ontem, segundo as secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 11.701, de 11.211 até ontem. O número de pacientes recuperados somam 69.232, de 64.957 até ontem.

O dólar opera em baixa frente a outras moedas. A inflação ao consumidor dos EUA medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) caíram 0,8% em abril, com ajuste sazonal, o maior declínio mensal desde dezembro de 2008, segundo o Departamento de Estatísticas Trabalhistas dos EUA. Um declínio de 20,6% no índice de gasolina foi o maior contribuinte para a queda mensal no índice.

No Brasil a moeda opera abaixo dos R$5,80. Ontem a moeda subiu 1,33%, a R$5,8192. O número de pedidos de seguro-desemprego no Brasil subiram 39,4% em abril ante março, para 747.484 pedidos, segundo a Secretaria de Trabalho. Em relação à abril de 2019 o crescimento foi de 22,1%. Em nota, a Secretaria de Trabalho estimou que até 250 mil pedidos ainda devem ser feitos nos meses seguintes por não poderem ter sido feitos de forma presencial nos meses de março e abril. O setor de serviços do Brasil teve recuo de 6,9% em março ante fevereiro, registrando o pior resultado da série iniciada em 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os impactos observados foram sentidos especialmente no último terço do mês de março, quando começaram as medidas de isolamento social devido à Covid-19. Em fevereiro, o índice havia recuado 1,0% frente ao mês anterior.

O Banco Central divulgou na manhã a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), destacando que “a pandemia da Covid-19 está provocando uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos. Nesse contexto, apesar da provisão adicional de estímulos fiscal e monetário pelas principais economias, e de alguma moderação na volatilidade dos ativos financeiros, o ambiente para as economias emergentes segue desafiador, com saída de capitais significativamente superior à de episódios anteriores”. O BC prevê “queda forte do PIB na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre deste ano”. “Para a próxima reunião, condicional ao cenário fiscal e à conjuntura econômica, o Comitê considera um último ajuste, não maior do que o atual, para complementar o grau de estímulo necessário como reação às consequências econômicas da pandemia da Covid-19. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e ressalta que novas informações sobre os efeitos da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos.”

As bolsas globais operam majoritariamente em alta.

No Brasil o Ibovespa retoma os 80 mil pontos.

Os futuros do petróleo sobem após a Arábia Saudita dizer que reduzirá a produção da commoditie em mais 1 milhão de barris por dia em junho, reduzindo a produção total em quase 40% em relação à abril, para 7,5 milhões de barris diários.

No Brasil, tempo chuvoso entre o Sul e Centro-Oeste amanhã.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, tempo predominantemente estável amanhã.

Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.

Nos EUA, tempo chuvoso no Meio-Oeste amanhã.

Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Gasolina feita sem petróleo pode dar vida extra a motores a combustão

Guilherme Preta, editado por Fabiana Rolfini, Olhar Digital

Opção pode ser alternativa para carros elétricos no futuro

O futuro dos automóveis parece estar intimamente ligado a motores elétricos. Diversos países, principalmente na Europa, já anunciaram que, em um futuro breve, não serão mais permitidos carros movidos a combustíveis fósseis. Pensando nisso, diversas montadoras e empresas trabalham em combustíveis de origem limpa. Dessa forma, os motores a combustão podem ter sua vida útil estendida.

No Brasil, já possuímos o etanol. Feito de cana-de-açúcar, ainda possui a vantagem de, por meio da fotossíntese, transformar o CO2 emitido em oxigênio. A Alemanha, por outro lado, trabalha em combustíveis sintéticos produzidos através da água e do dióxido de carbono presente na atmosfera.

Tais produtos sintéticos parecem ser as principais alternativas. Isso porque, assim como o etanol, também possuem a vantagem de neutralizar o carbono que surge com a queima, já que utilziam o CO2. Além disso, os e-fuel, como são conhecidos, podem ser transformados em gasolina e diesel, não exigindo quaisquer alterações nos atuais motores veiculares.

Desafios

Para que esses combustíveis sejam usados de forma mais ampla, ainda existem dois obstáculos a serem superados. O primeiro deles é o preço. Sua extração ainda é muito cara quando comparada aos combustíveis fósseis.

Outro entrave é a grande quantidade de energia necessária para a realização da hidrólise, processo que retira o hidrogênio da água, e também precisaria ser de uma origem limpa, como solar, eólica ou de usinas hidrelétricas. Há ainda a possibilidade desafiadora de extrair o hidrogênio do gás natural, como a Alemanha pretende fazer.

Via: Uol

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