Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos, acompanhando a queda das commodities no dia de hoje. Clima favorável ao andamento da safra nos EUA pressionam as cotações.

O NOPA (Associação Nacional de Processamento de Oleaginosas) divulga hoje o relatório de esmagamento de soja de julho dos EUA, com expectativa de processamento de 143 milhões de bushels, contra 138 milhões de junho e 145,2 milhões de julho de 2016. Expectativa para os estoques de óleo em 1,6 bilhão de libras-peso, contra 1,74 bi de julho de 2016.

Fundos vendedores ontem estimados em: 3.500 contratos de soja; 3.500 contratos de óleo de soja; 1.000 contratos de farelo de soja. Fundos compradores estimados em: 8.000 contratos de milho e 2.000 contratos de trigo.

Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 570 mil toneladas, contra 686,77 mil da semana anterior e 777,12 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada, os embarques de soja somam 55,65 milhões de toneladas, contra 48,6 milhões do mesmo período de 2016. Os embarques de milho foram de 756,9 milhões de toneladas, contra 979 mil da semana anterior e 1,172 milhão de 2016. Na temporada, os embarques de milho somam 54,56 milhões de toneladas, contra 42,87 milhões do mesmo período de 2016.

As exportações de soja do Brasil em 2017 já superam o total embarcado em 2016. Até a segunda semana de agosto, o Brasil exportou 53,37 milhões de toneladas, ante 51,58 milhões de janeiro a dezembro de 2016.

As condições das lavouras de soja nos EUA tiveram piora de 1 ponto percentual na última semana, para 59% bom/excelente, contra 72% do mesmo período do ano passado. Piora nas condições do Iowa, Ilinois e Michigan pesaram na conta. O florescimento atingiu 94%, contra 93% da média dos últimos 5 anos. A formação de vagens atingiu 79%, contra 75% da média.

Já as condições das lavouras de milho tiveram melhora de 2 pontos percentuais, para 62% bom/excelente, contra 74% de 2016. Melhora nas condições do Ilinois, Indiana, Nebraska e Dakotas puxaram a alta. A fase de grão farináceo atingiu 61%, contra 62% da média, e a fase de grão farináceo duro atingiu 16%, contra 20% da média.

O dólar opera em alta frente a outras moedas. Ontem o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, afirmou que não seria irracional esperar um anúncio de como o Fed planeja reduzir o balanço patrimonial de US$4,5 trilhões na reunião de setembro, acrescentando ainda que ele seria a favor de outra elevação dos juros caso a economia se mantenha firme.

No Brasil, a moeda abriu estável e agora vale R$3,1990, -0,02% (10h20). Ontem o governo adiou mais uma vez o anúncio da nova meta de deficit primário, definida em torno de 159 bilhões de reais para 2017 e 2018. Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, reúnem-se na manhã hoje com líderes da base para discussão a situação fiscal. As metas de deficit primário deste ano e de 2018 estão atualmente em R$139 bilhões e R$129 bilhões, respectivamente. Ontem a moeda subiu 0,88%, a R$3,202, maior valor de fechamento em mais de 1 mês.

As bolsas mundiais operam majoritariamente em alta nesta terça-feira. No Brasil, o Ibovespa recuperou o patamar dos 68.000 pontos.

Os futuros do petróleo seguem em baixa após dados fracos da economia chinesa no dia de ontem. Ontem as cotações recuaram mais de 2,5% no WTI e Brent. Os futuros do aço e minério de ferro caem pela 3ª sessão consecutiva.

A inflação do Reino Unido medido pelo índice de preços ao consumidor (CPI) subiu 2,6% em julho ante igual mês do ano passado, repetindo a variação observada em junho, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). Na comparação mensal, o CPI do Reino Unido caiu 0,1% em julho.


CLIMA

 

No Brasil, instabilidades provocadas pela passagem da frente fria deixa o tempo chuvoso entre o Sul, Sudeste e Centro-oeste hoje.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, tempo predominantemente seco hoje.

Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.

Precipitação Observada Argentina, 24 horas, em milímetros.

Nos EUA, chuvas de até 65 mm hoje entre a Dakota do Sul e Nebraska. No restante do Meio-Oeste, chuvas isoladas de baixo volume.

Previsão de precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.

As temperaturas não ultrapassam os 30º C no Meio-oeste. Já no Sul as temperaturas passam dos 35º C.


PRÊMIOS


MATÉRIA DO DIA

A cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, está pintando as suas ruas de branco para ajudar a baixar as temperaturas no verão
De O Sul – Rede Pampa de Comunicação


A pintura asfáltica contribui para reduzir o calor em até 7°C. (Foto: Reprodução)

Uma camada de pintura branco-cinzento sobre as ruas, contra o aquecimento global. Essa tecnologia, levada bem a sério pelos ecologistas, está sendo submetida a teste em Los Angeles, no Estado norte-americano da Califórnia. A cidade, onde as temperaturas podem ultrapassar a marca de 40°C durante o verão, é uma das primeiras megalópoles do mundo a testar o chamado cool pavement (“pavimento fresco”, no idioma inglês), pintando algumas de suas ruas com um revestimento especial com essa configuração.

A iniciativa tem por base a informação de que o pavimento de asfalto negro comum absorve entre 80% e 95% da luz solar, enquanto que a versão clara a reflete, abaixando significativamente a temperatura do solo.

“O calor aqui, sobre a superfície negra… é de 42°C ou mesmo 43°C neste momento, e sobre a superfície já seca do outro lado, apesar de ter apenas uma camada de branco e ainda precisar de uma segunda demão, é de 36°C”, comparou Jeff Luzar, vice-presidente da Guartop, a companhia que fornece o revestimento, durante uma demonstração à imprensa. “Isso dá uma diferença de temperatura de até 7°C”.

O diretor-adjunto do departamento de manutenção de estradas de Los Angeles, Greg Spotts, assegura que Los Angeles é a primeira cidade da Costa Oeste dos Estados Unidos a colocar à prova esse “pavimento fresco” sobre uma rua pública. Antes, a pintura especial havia sido utilizada apenas em estacionamentos. “Esperamos que outras cidades se inspirem no exemplo e que os fabricantes se animem a desenvolver novos produtos”, declarou.

“Promessa real”

Agora, a prefeitura de Los Angeles deve observar as reações dos habitantes a essas incomuns ruas brancas, assim como a rapidez com que ficam sujas pela passagem dos carros e os restos de óleo e combustível. O professor de engenharia civil George Ban-Weiss, da Universidade do Sul da Califórnia, considera que o cool pavement é uma promessa real na luta contra o aquecimento global nas cidades onde o asfalto e a concentração de pessoas e veículos criam um efeito conhecido como “ilha de calor” (heat island).

“O pavimento que reflete o calor do sol é uma das estratégias, assim como os tetos refratários ou o plantio de árvores, que as cidades podem aplicar para reduzir as temperaturas urbanas”, estimou o especialista. Alan Barreca, professor de ciências ambientais na instituição, ressalta que “já existe uma tecnologia eficiente para nos proteger das ondas de calor, que são os sistemas de climatização, mas nem todos têm os meios para contar com um dispositivo assim em casa, enquanto que no caso da cobertura fresca todo mundo usufrui do benefício”.

Além disso, uma menor dependência dos sistemas de climatização significa menos emissões de gases de efeito-estufa e de consumo de energia. De acordo com o especialista, essa tecnologia que custa só 40 mildólares por milha (1,6 km) e tem o potencial de proteger “muita gente, por um baixo custo em áreas urbanas com alta densidade demográfica” como Los Angeles, mais que nos subúrbios norte-americanos menos densamente povoados.


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