Bom dia, a Bolsa de Chicago opera com leve baixa nos principais ativos.
Fundos vendedores ontem estimados em: 8.000 contratos de milho; 4.250 contratos de trigo; 1.500 contratos de farelo de soja. Fundos compradores em 2.000 contratos de óleo de soja.
A Agroconsult elevou a estimativa de produção de soja do Brasil para 111 milhões de toneladas, contra 107,8 milhões da estimativa do mês anterior. Caso as condições climáticas sigam favoráveis nos estados do Matopiba e Rio Grande do Sul a produção pode chegar a 114 milhões de toneladas.
Hong Kong suspendeu temporariamente a importação de carne brasileira na manhã de hoje. Outros países também anunciaram restrições à entrada da carne brasileira: a União Europeia pediu que o Brasil suspenda a exportação de empresas envolvidas; as carnes brasileiras estão retidas nos portos da China; o Chile suspendeu temporariamente a importação de carnes. Já a Coreia do Sul suspendeu a proibição temporária às vendas de carne de frango da BRF depois que o Brasil afirmou que os embarques para o país não continham produtos alterados.
O dólar opera em baixa frente a outras moedas. No Brasil a moeda abriu com leve baixa e agora vale R$3,0648, -0,26% (10h40). O Banco Central segue com a rolagem de 10.000 contratos de swap cambial tradicional na manhã de hoje. Ontem a moeda caiu 0,94%, a R$3,0717, a menor cotação desde 23 de fevereiro.
As Bolsas Asiáticas fecharam majoritariamente em alta hoje. A bolsa de Tóquio fechou em baixa na volta do feriado. As bolsas europeias e índices futuros dos EUA operam em alta.
A inflação ao consumidor no Reino Unido medido pelo Índice de Preços ao Consumidor atingiu em fevereiro o maior nível em quase três anos e meio. O CPI subiu 2,3% na comparação anual de fevereiro, registrando a maior alta desde setembro de 2013. Com isso, o CPI superou a meta de inflação de 2% do Banco da Inglaterra (BoE).
CLIMA
No Brasil, chuvas hoje no Centro-oeste e Matopiba.
Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.
Na Argentina, chuvas no noroeste do país.
Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.
Chuvas de mais de 100mm devem atrapalhar a colheita de grãos em pontos isolados da província de Córdoba nesta semana.
Precipitação Acumulada Argentina, 24 horas, em milímetros.
O plantio de milho nos EUA começa a ganhar força nos estados mais ao sul, que representam em torno de 5% da produção nacional. No Texas, o plantio atingiu 31% no domingo, contra 28% do ano anterior e 27% da média. Na Louisiana, o plantio atingiu 35%, contra 23% da média. No Mississippi, o plantio atingiu 4%, contra 6% da média. No Arkansas, o plantio atingiu 1%, contra 0% da média. As chuvas nos próximos dias deve atrapalhar o andamento do plantio. O USDA começa a divulgar os relatórios nacionais a partir de abril.
Previsão de precipitação EUA, 5 dias, em polegadas.
PRÊMIOS
Paranaguá
Golfo do México – EUA
MATÉRIA DO DIA
Isto é carne de frango de verdade. E nenhum animal morreu
Startup americana investe em proteína animal cultivada em laboratório
Por Vanessa Barbosa, Exame.com
Frango cultivado em laboratório da startup Memphis Meat (Memphis Meat/Reprodução)
São Paulo – Responda rápido: quando aquele filé de frango crocante chega estalando ao seu prato, você se pergunta de onde ele veio? Como foi produzido? Se foi criado em condições adequadas? Não espere uma resposta do coitado, porque….bom, a essa altura ele já está em outro plano. Mas, e se o animal não precisasse ser morto para você saciar seus desejos à mesa?
Isso já é possível, pelo menos tecnologicamente. E, não, não estamos falando de proteínas vegetais derivadas de soja, mas de carne de verdade. Nesta semana, a startup americana Memphis Meat anunciou o desenvolvimento dos primeiros filés de frango e de pato cultivados em laboratório.
Eles são produzidos a partir de amostras de células dos animais que, ao serem colocadas em uma solução com nutrientes químicos, crescem e se multiplicam formando o mesmo tecido do animal.
Quanto ao sabor, praticamente não há diferença em relação à carne de abatedouro, segundo os participantes da degustação promovida pela startup durante lançamento do produto nesta semana nos Estados Unidos.
O grande diferencial da carne de laboratório é a capacidade de atacar três problemas graves associados à produção convencional de proteína animal: a degradação do meio ambiente, a questão do bem-estar animal e as preocupações sanitárias e de saúde.
“A galinha e o pato estão na mesa de tantas culturas ao redor do mundo, mas a maneira como as aves convencionais são criadas acarreta grandes problemas para o meio ambiente, bem-estar animal e saúde humana. Nosso objetivo é produzir carne de uma forma melhor, para que seja deliciosa, acessível e sustentável, afirma Uma Valeti, co-fundadora e CEO da Memphis Meat em nota à imprensa.
O único empecilho entre o seu prato e o frango high tech é o custo, atualmente proibitivo. Segundo o jornal The Wall Street Journal, meio quilo de carne de frango de laboratório não sai por menos de US$ 9.000 [sim, 9 mil dólares]”, mas esse custo está caindo rapidamente a cada novo lote, disse ao site Gizmodo Steve Myrick, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da empresa.
A expectativa é de que, quando as carnes sem abate chegarem às lojas até 2021, o custo coincidirá com o da carne regular encontrada hoje nos mercados. E isso não é futurologia. O hambúrguer de laboratório apresentado ao mundo em 2013, pelo cientista Mark Post, da Universidade Maastricht, na Holanda, passou de 1 milhão de reais para pouco menos de 40 reais a unidade em dois anos.
“Qualquer consumidor que queira consumir [nossa] carne por razões éticas ou financeiras deverá ser capaz de fazê- lo e ter essa opção no mercado”, disse Schulze.
A plataforma tecnológica que a empresa está construindo para produzir carne sem sacrifício animal também permitirá que, no futuro, ela manipule a textura e o perfil nutricional de seus produtos, buscando agregar características mais saudáveis e nutritivas.
“Acreditamos realmente que este é um salto tecnológico significativo para a humanidade”, diz Valeti, “e uma oportunidade de negócio incrível para transformar uma gigantesca indústria global e contribuir para resolver alguns dos problemas de sustentabilidade mais urgentes do nosso tempo”.