Informativo de Mercado, Terça-Feira – 22 de Setembro de 2020

Boa tarde, a Bolsa de Chicago opera entre ganhos e perdas com o mercado dividido entre a forte demanda e as preocupações sobre o aumento nos casos do coronavírus.

O USDA reportou hoje a venda de 266.000 toneladas de soja e 140.000 toneladas de milho 2020/21 para a China, 264.000 toneladas e 320.000 toneladas de milho 2020/21 para destinos desconhecidos.

A colheita de soja 2020/21 dos EUA atingiu 6%, contra 2% do mesmo período de 2019 e 6% da média dos últimos 5 anos, segundo o USDA. As lavouras permaneceram com 63% em boas condições, contra 54% do mesmo período do ano passado.

A colheita de milho 2020/21 dos EUA atingiu 8%, contra 6% de 2019 e 10% da média. As condições das lavouras tiveram melhora de 1 ponto percentual durante a última semana, para 61% boas/excelentes, contra 57% do mesmo período de 2019.

Os embarques semanais de soja dos EUA foram de 1,31 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 17 de setembro, contra 1,63 milhão da semana anterior e 926 mil do mesmo período do ano passado, segundo o USDA. Na temporada os embarques de soja somam 3,57 milhões de toneladas, contra 2,17 milhões do mesmo período da temporada anterior. Os embarques de milho foram de 755 mil toneladas, contra 939 mil da semana anterior e 235 mil do mesmo período do ano passado. Na temporada 2020/21 os embarques de milho dos EUA somam 1,97 milhão de toneladas, contra 1,13 milhão do mesmo período do ano passado.

O número de mortos em todo o mundo causados pelo novo coronavírus (COVID-19) subiu para 965.742 hoje, de 961.459 até ontem, com 31.365.633 casos confirmados. Desde ontem são 250.000 novos casos confirmados em todo o mundo. O número de recuperados da pneumonia causada pelo vírus chegou a 21.282.646 hoje, de 21.531.728 até ontem.

No Brasil, o número de casos de COVID-19 subiu para 4.560.083 hoje, de 4.554.629 até ontem, segundo o consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. O número de mortos chegou a 137.350, de 136.895 até ontem. O número de pacientes recuperados somam 3.887.199, de 3.851.227 até ontem.

O dólar segue em alta frente a outras moedas. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse hoje em testemunho ao Congresso que “o Fed continua comprometido em usar as ferramentas para fazer o que puder, pelo tempo que for necessário, para garantir que a recuperação econômica seja a mais forte possível e para limitar os danos duradouros à economia. A atividade econômica aumentou a partir do nível deprimido do segundo trimestre, quando grande parte da economia foi fechada para conter a propagação do vírus. Muitos indicadores econômicos mostram uma melhora acentuada. Tanto o emprego quanto a atividade econômica geral, no entanto, permanecem bem abaixo de seus níveis pré-pandêmicos, e o caminho à frente continua altamente incerto”.

No Brasil o dólar segue em alta. Ontem a moeda subiu 0,38%, a R$5,3989. O Banco Central divulgou na manhã de hoje a ata da última reunião do Copom, quando manteve inalterada a meta da Selic em 2%. O BC fez as seguintes observações: Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentes sugerem uma recuperação parcial, com padrão similar à que ocorre em outras economias, onde os setores mais diretamente afetados pelo distanciamento social permanecem deprimidos. A recomposição da renda e os demais programas do governo vêm permitindo que a economia brasileira se recupere relativamente mais rápido que a dos demais países emergentes. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais; A inflação ao consumidor deve se elevar no curto prazo. Contribuem para esse movimento a alta temporária nos preços dos alimentos e a normalização parcial do preço de alguns serviços em um contexto de recuperação dos índices de mobilidade e do nível de atividade; De forma a prover o estímulo monetário considerado adequado para o cumprimento da meta para a inflação, mas mantendo a cautela necessária por razões prudenciais, o Copom considera apropriado manter uma “prescrição futura” (isto é, um “forward guidance”) como um instrumento de política monetária adicional. Nesse sentido, e apesar de uma assimetria em seu balanço de riscos, o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária, que atualmente inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022. Essa intenção é condicional à manutenção do atual regime fiscal e à ancoragem das expectativas de inflação de longo prazo.”

As bolsas globais operam majoritariamente em baixa com as preocupações sobre o COVID-19. O Primeiro-Ministro do Reino Unido Boris Johnson anunciou hoje novas medidas para reduzir os casos do coronavírus e evitar um novo lockdown. Em uma mudança marcante de tom, Johnson pediu às pessoas para trabalharem em casa mais uma vez, se possível. Ele alertou que as novas medidas, que incluem o fechamento antecipado de pubs e restaurantes, podem durar até seis meses. Escolas e universidades permanecerão abertas, no entanto, assim como as empresas que operam de forma compatível com a Covid.

Os futuros do petróleo sobem recuperando parte das baixas de ontem com os temores sobre novo lockdown.

No Brasil, tempo chuvoso do Sudeste ao Norte amanhã.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, tempo estável amanhã.

Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.

Nos EUA, tempo predominantemente estável no Meio-Oeste amanhã.

Previsão de Precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.

Prêmios *referente ao dia anterior

Paranaguá

Golfo do México – EUA

Airbus apresenta conceito de três aviões movidos a hidrogênio

Empresa espera colocar ao menos uma aeronave comercial com impacto zero sobre nosso clima em operação até 2035

Rafael Rigues, Olhar Digital

A Airbus apresentou nesta segunda-feira (21) três conceitos de aeronaves de passageiros movidas a hidrogênio. Elas são parte da iniciativa ZEROe, que visa construir a primeira aeronave comercial com impacto zero sobre nosso clima.

Segundo a empresa, os conceitos representam diferentes abordagens rumo a este objetivo, explorando vários caminhos tecnológicos e configurações aerodinâmicas para ajudara empresa a “liderar o caminho para a decarbonização da indústria da aviação”.

A Airbus acredita que o hidrogênio tem “potencial excepcional” como um combustível de aviação limpo, e que ele provavelmente será a solução para que a indústria aeroespacial, e outras, atinjam suas metas de redução do impacto sobre o clima.

Ao contrário dos combustíveis fósseis, o hidrogênio é extremamente abundante (pode ser produzido até mesmo a partir da água) e sua queima não produz gases que contribuem para o efeito estufa, como o dióxido de carbono. O único produto resultante é vapor d’água.

Do três conceitos apresentados, dois são bastante conservadores. O primeiro se parece com os tradicionais aviões a jato (“turbofan”), mas com uma turbina modificada para funcionar com hidrogênio. A aeronave teria capacidade de vôo transcontinental, carregando de 120 a 200 passageiros.

O segundo conceito é um “turboprop”, avião a hélice, também movido a hidrogênio e projetado para rotas regionais, com autonomia de 1000 milhas náuticas (cerca de 1.800 km).

Mas é o terceiro design o mais interessante: uma “asa voadora”, como no bombardeiro B2 Spirit da Força Aérea dos EUA, onde as asas e a fuselagem se tornam uma peça só, num design com muito espaço interno e que oferece múltiplas possibilidades para organização da cabine e armazenamento de combustível. A capacidade seria de 200 passageiros, com autonomia similar à do turbofan.

“Estes conceitos irão nos ajudar a explorar e amadurecer o design e o layout da primeira aeronave comercial com emissões zero, que pretendemos colocar em serviço até 2035”, disse Guillaume Faury, CEO da Airbus.

“A transição para o hidrogênio como fonte primária de energia para estes aviões conceituais irá exigir uma ação determinada de todo o ecossistema de aviação. Junto com suporte do governo e nossos parceiros industriais podemos aceitar este desafio de levar a energia renovável e o hidrogênio para o próximo nível, produzindo um futuro sustentável para a indústria da aviação”, afirmou.

TRADINCOM CONSULTORIA EM NEGÓCIOS AGROPECUÁRIOS LTDA.®

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