Bom dia, a Bolsa de Chicago opera em baixa nos principais ativos.
O USDA divulga o relatório de oferta e demanda de março nesta quinta-feira, com expectativa de elevação na produção de soja do Brasil de 104 milhões para 106 milhões de toneladas, elevação na produção de milho de 86,5 milhões para 87,5 milhões de toneladas. Na safra da Argentina, expectativa de manutenção na produção de soja em 55,5 milhões e milho em 36,5 milhões de toneladas. Os estoques finais de soja e milho dos EUA devem ficar inalterados.
A AgRural elevou a estimativa de produção de soja brasileira para 107 milhões de toneladas, contra 105,4 milhões da estimativa anterior e 105,56 milhões da última estimativa da Conab. A Conab divulga o 6º levantamento da safra de grãos na quinta-feira.
A colheita de soja no Brasil atingiu 47% até a última quinta-feira, contra 36% da semana anterior e 41% da mesma época do ano passado, segundo a AgRural. O plantio do milho segunda safra no Centro-sul do país atingiu 75%, contra 57% da semana anterior e 68% do ano passado.
Fundos vendedores ontem estimados em: 7.000 contratos de milho; 2.000 contratos de trigo; 2.000 contratos de óleo de soja; 1.500 contratos de farelo de soja; 1.000 contratos de soja.
O USDA divulgou ontem o relatório de embarques semanais de grãos dos EUA. Os embarques de soja foram de 922 mil toneladas, contra 706 mil da semana anterior e 1,09 milhão do mesmo período do ano passado. Na temporada, os embarques de soja dos EUA somam 44,3 milhões de toneladas, contra 39,7 milhões do mesmo período do ano passado. Os embarques de milho foram de 1,44 milhão de toneladas, contra 1,47 milhão da semana anterior e 972 mil do ano anterior. Na temporada, os embarques de milho somam 27,4 milhões de toneladas, contra 15,7 milhões da temporada anterior.
Uma forma de gripe aviária altamente patogênica, a H7, foi detectada em uma granja de criação de frango com 73.500 aves em Lincoln County, no sul do estado do Tennessee nos EUA, segundo o Serviço de Inspeção da Saúde de Animais e Plantas do USDA. As aves foram abatidas e o lugar foi colocado em quarentena para evitar que a doença se espalhe. Após a descoberta, a Coreia do Sul proibiu a importação de aves dos EUA.
O dólar opera em alta frente a outras moedas. As expectativas para a elevação dos juros voltaram a subir ontem e agora ultrapassa os 84% para a reunião que ocorre na próxima semana.
No Brasil a moeda abriu estável e agora vale R$3,1212, -0,20% (9h55). O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que o BC pode voltar a reduzir o estoques de swaps cambiais caso necessário. O BC já reduziu os estoques de US$108 bilhões para US$22 bilhões. A autoridade ainda não interveio no mercado de câmbio neste mês. Ontem a moeda subiu 0,38%, a R$3,127.
A economia brasileira encolheu 3,6% em 2016, após retração de 3,8% em 2015, segundo o IBGE. No último trimestre de 2016 a economia recuou 0,9%. Esta é a pior recessão desde 1930.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta hoje. As bolsas europeias operam próximo à estabilidade e índices futuros dos EUA e Brasil operam com leve baixa.
Os futuros do petróleo operam com leve alta. O mercado segue de lado à espera de novidades para movimentar o mercado. Relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) mostrou que a demanda mundial deve crescer 1,2 milhão de barris até 2022.
O PIB da zona do euro cresceu 0,4% no quarto trimestre de 2016 ante o terceiro e registrou expansão anual de 1,7%, segundo a Eurostat. No ano de 2016, o PIB da zona do euro registrou avanço de 1,7%.
CLIMA
No Brasil, tempo predominantemente seco hoje no Sul e Matopiba. Chuvas no Centro-Oeste.
Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.
Na Argentina, tempo seco hoje nas principais regiões produtoras de soja e milho.
Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.
Precipitação Acumulada Argentina, 24 horas, em milímetros.
PRÊMIOS
Paranaguá
Golfo do México – EUA
MATÉRIA DO DIA
As duas leis que ajudam o Japão a ser um dos países mais ‘magros’ do mundo
BBC Brasil
O governo japonês investiu em leis para garantir saúde e baixos níveis de gordura – deu certo
A lista dos 50 países com menores índices de obesidade do mundo está cheia de nações que lutam contra a pobreza, a fome, a falta de segurança – ou tudo isso ao mesmo tempo. Mas no 38º lugar, entre Mali e Zimbábue, um país se difere do resto.
Com apenas 3,7% de obesidade entre a população adulta, o Japão é, de longe, a nação desenvolvida com taxas mais baixas.
Se o país for comparado a outros membros do G8 (grupo de nações com as economias mais industrializadas do planeta), as diferenças são gritantes: Alemanha, França e Itália têm entre 21% e 22% de obesos na população, Reino Unido tem aproximadamente 26% e os Estados Unidos, quase no outro extremo, registram 33,6%.
Para efeito de comparação, o Brasil tem 17,1% de obesos entre a população.
BBC Mundo, serviço da BBC em espanhol, conversou com Katrin Engelhardt, especialista em nutrição da OMS (Organização Mundial da Saúde), sobre o sucesso japonês em manter níveis baixos de obesidade e sobrepeso em todas as idades da população.
Por trás dos bons resultados, destaca Engelhardt, há um governo comprometido com políticas para manter o sobrepeso sob controle, investindo muito em programas de nutrição e educação para a saúde.
Todas essas medidas fazem parte de uma campanha nacional chamada “Saúde Japão 21”.
Para começar, entenda duas leis específicas que ajudam a garantir a boa saúde no país e a frear a obesidade:
Lei Shuku Iku, para a educação das crianças
No país do sumô, crianças são estimuladas a comer bem desde a escola
“Essa lei tem um nome bem profundo”, explica Engelhardt. Shuku faz referência à comida, à dieta e ao ato de comer, enquanto Iku se refere à educação intelectual, moral e física.
O objetivo dessa regra é aumentar a informação dos estudantes sobre a cadeia alimentar, a procedência e a produção dos alimentos, além de exigir educação sobre nutrição desde os primeiros anos de escola até o nível secundário.
Vigente desde 2005, a Lei Shuku Iku determina processos como cardápios saudáveis nas escolas e contratação de nutricionistas profissionais que também tenham formação como professores para dar aulas específicas sobre alimentação.
Além disso, a lei prega a promoção de uma cultura social ao redor da comida. O que isso significa: as crianças são estimuladas a preparar e compartir alimentos nos colégios.
Na hora das refeições, as salas de aula são transformadas em uma espécie de restaurante. As crianças ajudam a pôr a mesa, servem umas às outras e comem todas juntas.
A ideia é transmitir a mensagem de que “comer é um ato social”, diz Engelhardt.
Além disso, segundo a especialista, não há quiosques ou máquinas de comida dentro das escolas, o que faz com que os alunos dificilmente consigam encontrar lanches que não sejam saudáveis, com batatas fritas ou bebidas açucaradas.
Em muitas culturas asiáticas, a alimentação é considerada ‘algo quase medicinal’
Lei Metabo, para controlar o peso em adultos
Outra legislação que a especialista destaca para explicar o êxito japonês é a Lei Metabo (de metabolismo), que estimula adultos entre 40 e 75 anos a fazerem uma medição anual da circunferência abdominal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma circunferência de mais de 94 cm para homens e mais de 80 cm para mulheres traz mais risco de complicações metabólicas, como doenças cardiovasculares.
Essas medições são feitas pela administração pública e também por empresas.
“Os empregadores têm um dia anual claramente identificado, quando todo o pessoal precisa medir a circunferência da barriga”, afirma a especialista da OMS.
Se as medidas não forem saudáveis, as empresas estimulam os empregados a participarem de sessões de apoio e a fazerem mais exercícios.
O objetivo da lei é estimular os adultos a serem mais conscientes sobre a importância de um peso saudável e da prática de atividades físicas.
A lei prevê ainda o seguinte:
– As companhias estimulam que trabalhadores façam exercícios durante seus horários livres. Algumas inclusive têm ginásios ou quadras de badminton para que os empregados possam se exercitar facilmente na hora do almoço ou depois do trabalho;
– Os funcionários são estimulados a chegar ao trabalho caminhando ou de bicicleta, e o governo promove segurança nas ciclovias para estimular o exercício.
Comida tradicional e porções pequenas
Porções pequenas também podem colaborar para manter peso
Mas além das leis específicas, há peculiaridades culturais que ajudam aos japoneses a se manterem no peso.
Como em outras sociedades asiáticas como a Coreia do Sul, que também tem um índice de obesidade bem baixo (4,6%), no Japão se dá muita importância à comida tradicional.
“A ênfase está na comida recém-preparada e produzida localmente”, destaca Katrin Engelhardt.
Os japoneses têm muito orgulho dos pequenos terrenos e das hortas urbanas onde produzem alimentos na forma natural.
“Em algumas culturas asiáticas, a comida sempre foi vista como algo quase medicinal”, diz a especialista. Além disso, ela destaca um fator cultural que também impacta: eles historicamente preferem porções pequenas.
“Nos eventos familiares japoneses, na cozinha tradicional, são servidos muitos pratos em porções pequenas, cheias de vegetais e comida muito fresca”, explica Engelhardt.
Enquanto isso, por exemplo, em algumas ilhas do Pacífico que têm índices de obesidade mais altos do mundo, como Tonga, Palau, Nauru, Niue e Ilhas Cook (mais de 40%), as porções são gigantescas, combinadas com índices de atividade física extremamente baixos.
Os países da América Latina com índices mais baixos de obesidade
1. Haiti: 6,7%
2. Honduras: 12,3%
3. Bolívia: 12,4%
4. Nicarágua: 12,6%
5. Guatemala: 13,4%
Os países da América Latina com índices mais altos de obesidade
1. Argentina: 26,7%
2. Chile: 24,8%
3. México: 23,7%
4. Uruguai: 23,5%
5. Venezuela: 21,9%