Bom dia, a Bolsa de Chicago opera mista, com soja e derivados em alta, milho e trigo em baixa.

Fundos vendedores ontem estimados em: 7.500 contratos de milho e 7.500 contratos de trigo. Fundos compradores ontem estimados em 2.000 contratos de soja.

A soja parece iniciar um movimento de correção após segurar próximo à região de suporte, com possibilidade de correção até os US$950-960 (ZSX17) nos próximos dias.

Ontem o milho set/17 segurou ontem próximo às mínimas do contrato, e também podemos ver uma correção até os US$3,65-3,75 nos próximos dias.

A produção semanal de etanol de milho nos EUA foi de 1,059 milhão de barris, ante 1,012 milhão da semana anterior e 1,029 milhão do mesmo período do ano passado. Os estoques subiram de 21,347 milhões para 21,828 milhões de barris, contra 20,425 milhões do mesmo período do ano passado.

O USDA divulgou na manhã de hoje o relatório de vendas semanais para exportação dos EUA. As vendas de soja 2016/17 foram de 453,2 mil toneladas, acima das expectativas do mercado. Na temporada, as vendas de soja somam 61,18 milhões de toneladas, contra 52,77 milhões do mesmo período do ano passado. As vendas 2017/18 foram de 899,4 mil toneladas, acumulando 7,93 milhões de toneladas. As vendas de milho foram de 62,4 mil toneladas, acumulando 56,47 milhões de toneladas, contra 49,8 milhões da temporada anterior. As vendas 2017/18 foram de 671,8 mil toneladas, acumulando 5,74 milhões de toneladas.

O dólar opera em alta frente a outras moedas após a queda de ontem. A ata do Fed da última reunião do FOMC mostrou que a inflação fraca e economia menos aquecida preocupam dirigentes. Após a ata, as expectativas para a elevação dos juros na reunião de dezembro esfriaram.

No Brasil, a moeda abriu com leve alta acompanhando o mercado externo e agora vale R$3,1600, +0,41% (11h10). O Banco Central segue sem anunciar intervenções no mercado de câmbio. Na reforma política, a Câmara aprovou na noite de ontem o requerimento de encerramento da discussão da PEC 77/03, que muda as regras do sistema político-eleitoral. Na terça-feira, o governo revisou as propostas para as metas fiscais de 2017 e 2018, para deficit de R$ 159 bilhões, ante R$ 139 bilhões e R$ 129 bilhões da meta anterior, respectivamente.

Prévia do PIB cresce mais do que o esperado. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, subiu 0,5% em junho ante maio, com ajuste, ante expectativa de alta de 0,2%. No 2º trimestre, o indicador subiu 0,25% ante o primeiro, após crescimento de 1,21% no 1º trimestre.

Taxa de desemprego no Brasil caiu de 13,7% para 13% no trimestre até junho. A taxa composta de subutilização caiu para 23,8%, o que corresponde a 26,3 milhões de trabalhadores desocupados e subocupados.

As bolsas mundiais operam majoritariamente em baixa hoje.

Os futuros do petróleo operam com leve alta após queda maior do que a esperada nos estoques de petróleo dos EUA. Os estoques de petróleo dos EUA tiveram queda de 8,945 milhões de barris na semana passada, para 466,492 milhões de barris, segundo o Departamento de Energia (DoE). A queda veio maior do que a esperada pelos analistas, de 3 milhões de barris. Os estoques de gasolina tiveram alta de 22 mil barris, para 231,125 milhões de barris, e os estoques de destilados também subiram 702 mil barris, para 148,387 milhões. Os estoques de petróleo em Cushing subiram 678 mil barris, para 57,047 milhões de barris.

A inflação da zona do euro se mantém em ritmo menor do que o projetado pelo BCE. O índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro subiu 1,3% na comparação anual de julho, mantendo o ritmo do mês anterior, segundo dados da Eurostat. Em relação a junho, o CPI da região caiu 0,5%. O núcleo do CPI do bloco, que exclui os preços de energia e de alimentos, registrou alta de 1,2% na comparação anual de julho.


CLIMA

 

No Brasil, instabilidades seguem atuando entre o Sul, Sudeste e o Centro-Oeste no dia de hoje, com possibilidade de chuvas a qualquer hora do dia.

Previsão de Precipitação Brasil, 24 horas, em milímetros.

Na Argentina, tempo predominantemente seco hoje.

Previsão de Precipitação Argentina, 24 horas, em milímetros.

Precipitação Observada Argentina, 24 horas, em milímetros.

Nos EUA, chuvas hoje na parte leste do Meio-Oeste com bons volumes de chuva do Kentucky ao Michigan. As temperaturas ficam dentro da normalidade.

Previsão de precipitação EUA, 24 horas, em polegadas.

Precipitação Observada EUA, 24 horas, em milímetros.

Precipitação Observada EUA, 7 dias, em milímetros.

Mapa de monitoramento da seca nos EUA mostra piora nas condições de umidade em parte do IA, IN e MI na última semana. Melhora na SD, ND e NE.


PRÊMIOS


MATÉRIA DO DIA

Conheça Bir Tawil, o pedaço de terra que não é de nenhum país
O território em forma de trapézio na fronteira entre Egito e Sudão não é reivindicado por nenhum dos países – e atrai excêntricos em busca do país próprio
Por Bruno Vaiano, Superinteressante

(WonderWhy/Flickr)

Você não gosta de criança mimada? Então passe longe da casa de Jeremiah Heaton, fazendeiro do pacato município de Abingdon, em Virgínia, nos EUA. Em 2014, o chefe de família prometeu à filha que ela seria uma princesa ao pé da letra – do tipo que herda um reino de seus pais. Para cumprir a promessa, conseguiu uma autorização do exército egípcio, cruzou o Saara em uma caravana de 14 horas e fincou uma bandeira no território de Bir Tawil, um pedaço de deserto de 2,060 km2 em forma de trapézio na fronteira do Egito com o Sudão.

Em princípio, não há nada que impeça Heaton de se declarar rei da maior caixa de areia do norte da África – cuja população total é um redondo zero. Nem Sudão nem Egito fazem questão de reivindicar o território de Bir Tawil para si próprios, o que torna essa anomalia geopolítica uma autêntica terra de ninguém.

A história curiosa começou em 1899, quando o Reino Unido ainda era a maior potência imperialista do mundo, e mandava em boa parte da África. Naquele ano, ficou decidido que a fronteira entre Egito – sob ocupação militar britânica – e Sudão – dominado pelo Egito e, por consequência, também pelos britânicos – seria uma linha reta equivalente, no mapa, ao paralelo 22 N.

Essa é a fronteira que o Egito considera correta até hoje.

A prática de fatiar territórios da África de acordo com os interesses europeus foi comum no século 19, e péssima para a vida de seus habitantes originais. Grupos étnicos orgânicos foram separados por linhas retas, e submetidos às línguas e à religião de seus colonizadores. Foi o que aconteceu ali: a tribo nômade Ababda, de raízes culturais egípcias, perdeu um pedaço de terra para o Sudão. E o povo Beja, mais próximo do Sudão, perdeu um longo triângulo de litoral para o Egito.

Em uma tentativa de restaurar essas antigas divisões, em 1902 o Reino Unido decidiu fazer uma pequena alteração na fronteira. Adequá-la à realidade local não tinha nada a ver com bondade católica ou direitos humanos – a verdade é que era mais fácil governar a região sem distúrbios quando cada povo estava do lado certo do mapa.

Essa nova fronteira aumentou o acesso do Sudão ao mar, e por causa disso é adotada pelo país até hoje.

O tempo passou, e após duas guerras mundiais e incontáveis convulsões políticas e guerras civis, os povos nativos já não ocupam a região da mesma maneira. Para completar a confusão, em 1956 o Sudão declarou independência – e automaticamente entrou na briga por espaço, que se intensificou na década de 1990, com a suspeita de que havia jazidas de petróleo às margens do Mar Vermelho.

Resultado? Ambos os países querem o grande (e valioso) triângulo à direita do mapa – onde os dois territórios se sobrepõem. Mas nenhum dos dois se interessa pelo pequeno trapézio no centro. Para o Egito, ele é do Sudão… E para o Sudão, é do Egito.

Quanto a Heaton, bem… Não deu em nada. A comunidade internacional não leva a sério excêntricos como ele – mesmo que sua pequena princesa tenha declarado que lutaria para melhorar a qualidade de vida das crianças africanas. O “Reino do Sudão do Norte”, portanto, continuará por muito tempo sendo só um monte de areia. E, é claro, mexendo com a imaginação de aventureiros de pretensões imperialistas.


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